Os olhos sombrios de Nadia se ergueram vagarosamente, e, ao reconhecer quem se aproximava, seu corpo tenso relaxou um pouco.
No entanto, o coração disparava cada vez mais forte, como se... como se ela estivesse prestes a morrer... Água... ela precisava de água... Apenas a água fria e gelada poderia aliviá-la...
No segundo seguinte, seu corpo flácido foi envolvido em um abraço firme e protetor.
Nadia sentiu-se confortavelmente arrepiada, desejando ainda mais. Sua mente explodiu em realização, compreendendo que havia sido drogada.
"Olavo... eu preciso... de um banho... de água fria..." - ela disse desesperadamente, agarrando-se à manga de Olavo, com suas palavras saindo em fragmentos.
Olavo entendeu imediatamente o que ela queria dizer. Um banho frio contínuo poderia ajudar a diminuir os efeitos, mas... Ele estendeu a mão para enxugar o suor fino em sua testa e rearranjou a franja já úmida atrás de sua orelha.
"Isso é muito prejudicial ao corpo."
Nadia apertou a própria coxa com força, tentando desesperadamente manter-se lúcida. Balançando a cabeça, ela respondeu com firmeza: "Não importa... Eu não... tenho medo..."
Ela não se preocupava com os danos físicos, só queria se livrar daquele tormento o mais rápido possível. A droga parecia estar consumindo-a por dentro, e em meio à confusão crescente, ela se lembrou de que precisava pegar o avião cedo na manhã seguinte…
Em um momento de desespero, com o calor interno subindo novamente e a sensação de que explodiria a qualquer momento, Nadia lutou para se libertar dos braços de Olavo, tentando rastejar em direção ao banheiro.
Mas antes que pudesse chegar, Olavo entrou no banheiro e retornou rapidamente, colocando uma toalha fria em sua testa, perguntando com preocupação: "Está se sentindo melhor?"
Nadia assentiu, com um sorriso tênue aparecendo em seus lábios.
Olavo suspirou aliviado ao perceber que o método parecia surtir efeito.
Ele permaneceu imóvel por alguns segundos, reprimindo o turbilhão de emoções e o desejo que parecia queimar em seu peito e abdômen. Mas logo, a raiva tomou conta dele: Maldição! Isso não está funcionando! Que droga diabólica é essa?!
No curto intervalo de sua distração, Nadia havia empurrado as cobertas para longe, movendo-se com surpreendente rapidez.
Suas pernas agora estavam entrelaçadas ao redor da cintura dele, enquanto seus corpos recém-saídos do chuveiro, nus e molhados, se pressionavam firmemente um contra o outro.
Olavo passou seus braços longos ao redor da delicada cintura dela, e então ambos caíram profundamente nas cobertas macias.
Seus lábios frios beijaram suavemente os lábios macios de Nadia, descendo pelo seu delicado pescoço, pequena clavícula, e mais abaixo... murmurando entre os beijos: "Nadia, não há outra maneira... Não me odeie por isso..."
A noite foi excepcionalmente longa e exaustiva. Nadia se lembrou vagamente das sensações intensas que experimentou: de ter tremido de frio, depois de sentir um calor como fogo, e por último, de ter sido banhada com água morna, torturada entre o gelo e o fogo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Encontros do Destino Após Longo Adeus
Estou adorando muito bom a história posta mais por favor...