Olavo segurava o celular enquanto caminhava, digitando rapidamente: "Então disputa por mim."
A resposta do outro lado foi quase imediata: "Você tem pernas. Não seja ridículo, volte logo."
Seu olhar se escureceu de imediato, tornando-se frio e carregado de preocupação, enquanto desligava a tela do celular.
A inquietação crescia dentro dele: será que aquela pessoa realmente viria atrás dele?
Nadia, completamente alheia ao que acontecia, notou a súbita mudança de humor de Olavo e não conseguiu se conter: "O que aconteceu?"
Ao perceber a camisa fina que ele usava, seu rosto se corou, e um arrependimento sutil passou a tomar conta dela.
"Olavo, talvez eu devesse te devolver o casaco, está bastante frio."
Olavo parou abruptamente, erguendo uma sobrancelha para ela: "Você me conhece?"
A lembrança do acidente no salão de dança surgiu em sua mente, e ele logo entendeu que Nadia não era tão ingênua quanto parecia.
Com um olhar gelado e desdenhoso, Olavo apressou o passo. Nadia, sem saber para onde ele estava indo, teve que apressar-se para acompanhá-lo.
Na fria noite, a respiração de Nadia formava nuvens brancas no ar: "Claro que eu te conheço, você é... o galã da universidade…"
Ela sentiu um leve rubor nas bochechas, desconfortável ao pronunciar aquelas palavras, como se... estivesse flertando com ele.
Olavo não disse uma palavra. Dentro de si, ele já a via como mais uma das manipuladoras, marcada com o estigma do desprezo.
Chegaram finalmente ao portão da universidade, onde, em frente, estava um hotel de luxo. Nadia já havia visto diversos colegas entrando e saindo daquele lugar.
Olavo ficou parado, olhando em silêncio para o hotel, e o coração de Nadia disparou. Embora fosse lenta para perceber as coisas, ela finalmente entendeu o real significado das regras mencionadas no baile.
Ele não poderia estar falando sério, poderia?
Não, não, eles tinham acabado de se conhecer, como poderiam ir tão longe assim?
"Olavo, isso... não é uma boa ideia, melhor voltarmos."
Nadia estendeu a mão na direção da manga dele, mas Olavo, com a expressão fechada, simplesmente se afastou sem um som sequer.
Ele tirou o celular da bolsa novamente, desapontado por não haver novas mensagens.
Olavo segurou sua mão e disse: "Leve com você, me devolva outro dia."
Ao ouvir que teria outra chance de vê-lo, Nadia não conseguiu esconder a alegria que a invadiu, deixando de lado o frio: "Tudo bem."
Não haviam dado muitos passos quando Olavo a chamou de volta. Os olhos de Nadia brilharam ao olhar para ele.
Olhos brilhantes...
Olavo pensou, instantaneamente, na primeira descrição clichê que lhe veio à mente.
Era raro ele ver olhos tão brilhantes ao seu redor, e naquele momento, Nadia passou a ser vista sob uma nova perspectiva.
Embora sua aparência fosse simples e seu corpo esguio sem grandes atrativos, sua pele era suave e seus olhos brilhavam com uma pureza genuína.
Ela não correspondia ao tipo que ele normalmente admirava, mas havia algo sutil e encantador nela, uma beleza discreta que ele não podia ignorar.
"Qual é o seu número? Vou salvar o seu contato."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Encontros do Destino Após Longo Adeus
Estou adorando muito bom a história posta mais por favor...