Ella
Lágrimas enchem meus olhos quando saio da memória, a droga intoxicante ainda girando em meus sentidos. Esqueço que não estou sozinha no quarto, tentando entender a conversa que acabei de lembrar. Minha mente parece que vai se despedaçar com o peso de tantas revelações surpreendentes. Conheci a Deusa e, embora fosse jovem demais para entender as coisas que ela me explicou, para perceber que eu era a criança da história, agora certamente sou velha o suficiente. Eu tenho uma família. Penso atordoada, o próprio poder da Deusa corre em minhas veias.
Quando o silêncio pesado se quebra, lembro que tenho uma plateia.
— Caramba. — Gabriel diz, espantado.
Aquilo... Aquilo foi... — Roger gagueja, olhando ao redor para os outros homens.
Não consigo acreditar — Henry conclui, parecendo solene, mas reverente, enquanto acaricia minha testa.
Aquilo... Aquilo foi real ou um sonho? — Pergunto nervosamente, virando meus olhos arregalados para meu sogro. Parecia real, mas anos de esperanças frustradas me ensinaram a nunca confiar em coisas assim.
Não, Ella. — Leon responde rigidamente, como se de repente não soubesse como me dirigir. — Aquilo foi muito real.
Aperto meus olhos fechados e lágrimas salgadas escorrem por minhas bochechas.
— Eles me queriam.— Murmuro maravilhada. — Meus pais me queriam.
Claro que queriam. — Henry diz carinhosamente, enxugando algumas de minhas lágrimas. — Como poderiam não querer?
Meu cunhado nos observa como se estivéssemos loucos.
— Hum... É só isso que chamou sua atenção porque...
Cala a boca, Roger. — Gabriel o interrompe com um rosnado baixo.
Desculpe, mas parece que ela está escondendo o principal.— Roger responde mal-humorado, cruzando os braços no peito. — Quer dizer, acabamos de descobrir segredos sobre todo o universo maldito e...
E Ella acabou de descobrir que não foi abandonada intencionalmente por seus pais— Leon o interrompe desta vez. — Deixe ela ter esse momento antes de começarmos a investigar o resto.
Vocês estão todos muito calmos com isso. — Roger observa de mau humor. — Mas tudo bem! Eu sou o louco e insensível.
Henry se vira para encarar seu filho mais velho.
— Por que você não se torna útil e liga para o seu irmão?
Olhando com raiva, Roger faz o que lhe foi pedido, e um minuto depois um tablet é colocado em minha mão. O rosto bonito de Dominic preenche a tela, e sou apresentada à alegria de ver meu companheiro enquanto estou sob o efeito da droga.
— Olá, problema. — ele me cumprimenta com um sorriso amplo, embora preocupado. — Como você está se sentindo?
Conheci a Deusa. — Relato sonhadora, passando meu olhar pelos contornos ásperos de suas maçãs do rosto e mandíbula. Eles estão ainda mais definidos sob o efeito da droga, e seus olhos esmeralda ainda mais impressionantes. — Você é tão bonito que quero lamber seu rosto.
Sinclair ri, as linhas de preocupação em sua testa se suavizando. — Bem, o mesmo para você. — Ele responde calorosamente, — Do que se trata essa história da Deusa?
Oh, ela era mais bonita do que você. — Admito relutantemente, lembrando da mulher encantadora com seus cabelos de luz das estrelas e olhos cósmicos. — Mas não tão aconchegante... Quero dizer, os abraços dela eram bons, mas os seus são muito melhores — Paro por um momento, distraída com pensamentos de estar nos braços do meu companheiro. Leva um momento para meus pensamentos voltarem ao assunto. — Mas vocês lobos estavam errados. — Canto, prolongando a palavra. — Ela nem é a Deusa da lua, mas de toda a luz e ela tem um parceiro. Embora honestamente ele pareça um pouco desanimador.
Bem, isso é fascinante. — Sinclair me diz, no tom de quem fala com uma criança bêbada. Então ele limpa a garganta, — Pai?
Sim, ela ainda está bem chapada. — Henry murmura, e emito um resmungo indignado. — Aqui, querida, ouça isso enquanto explico para o Dominic. — Meu telefone está pronto e esperando ao meu lado, com a gravação dos ronronares de Sinclair pronta caso eu precise ser acalmada durante a sessão. Ele aperta o play, e o som ganha vida em meu ouvido, enviando ondas de calor aconchegante pelo meu corpo.
Ao longe, consigo ouvir Henry contando toda a história para Sinclair, mas me vejo cochilando cada vez mais perto do sono, flutuando nas ondas da droga e dos ronronares do meu companheiro. Ouço os sons distantes de sua discussão surpresa, sobre o Deus da escuridão, a história desconhecida em que lobos e humanos viviam abertamente juntos, e meu papel nessa guerra. São muitos detalhes para focar de uma vez, e a conversa flutua erraticamente. Só consigo suspirar e me aconchegar mais profundamente nas almofadas do sofá.
Posso ter um cobertor? — Pergunto depois de um tempo, minhas palavras suaves e arrastadas. — E talvez um cupcake?
Um peso quente e pesado se acomoda sobre meus ombros, e me enfio na coberta.
Estou tão feliz por você, querida. — Me inclino para beijá-lo, e Sinclair me segura firme, contente em explorar minha boca com sua língua talentosa e cobrir meu corpo com seus dedos experientes. No entanto, antes de nossos lábios se conectarem, sinto que ele está afastando alguma emoção desagradável, como se a deixasse de lado até mais tarde. Só o deixo me mimar por um momento antes de me afastar.
— O que é?
Nada. — Ele mente— Me deixe apenas te amar por um tempo. — Ele me beija novamente, deliciosamente, e meus quadris se movem reflexivamente contra sua rigidez, mas escapo de sua armadilha intoxicante.
Não. — Insisto teimosamente. — Me conte.
Ele resmunga, movendo a boca para sua marca e mordiscando o ponto sensível.
— Você não quer aproveitar isso por um tempo? Vamos lá, vamos deixar a realidade para depois que as drogas passarem.
Se você não me contar agora, vou imaginar coisas ainda piores em minha mente. — declaro com firmeza.
Sinclair suspira e deixa a cabeça cair de volta contra o colchão.
— Tudo bem, preciso te contar algo sobre sua família.
Congelo, meus instintos ficando em alerta máximo.
— Você sabe quem são eles? Meus pais? — pergunto, sem saber como tal coisa seria possível com base nas informações limitadas que a Deusa compartilhou.
Querida, o casal que a Deusa descreveu em sua memória, um poderoso Rei Alpha de uma linhagem antiga, com uma esposa de coração terno que não podia ter filhos... Por volta do tempo em que você nasceu... Há apenas um casal no mundo que se encaixa nessa descrição. — Sinclair explica gentilmente.
Meu coração para completamente de bater.
— Quem?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Dom Alfa e a sua substituta humana
É so isso chega no capitulo 330 e acaba???? Sem dar o fim. Deixou a desejar...
Só quero uma série baseada nesse livro simplesmente apaixonada...
Tão estúpido ela querer jogar a culpa nele de um erro que ela cometeu 2x, ele omitiu uma informação pra proteger ela. Mas ela foi contra algo que ele pediu para proteção dela, e ela ainda tem a cada de pau de agir como a certa de tudo e que nunca se colocaria em perigo se soubesse a verdade. Esse tipo de mocinha me dá uma preguiça 🦥. Além do mais parece que ela esquece que desde o começo os termos eram que ela nem direito ao bebê tivesse, e que foi ela que induziu a esse acordo que agora ela coloca tudo como culpa dele....
Obg e continuem atualizando por favor s2...
Bom dia livro Dom Alfa são 500 páginas vc vão atualizar ainda...
e o restante dos capítulos? Sei que são ao todo 500...