Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 145

Sinclair

Assim que Hugo entra na sala, eu empurro Ella para trás de mim, com um rosnado feroz nos lábios. Meu lobo está em alerta máximo desde que reivindicou sua companheira recentemente, seus instintos possessivos estão fora de controle e mais fortes do que nunca. Ela é minha. Ele pensa com raiva, Ele nem deveria ser permitido olhar para ela. Eu nem consigo processar as palavras do meu beta, porque estou muito ocupado protegendo Ella - apesar de saber que meu velho amigo não representa nenhuma ameaça. Ainda assim, não há como argumentar com um lobo protetor, e tudo que o meu sabe é que outro macho está perto da minha preciosa e fértil companheira.

Ella, encrenqueira como sempre, se enrosca de volta no meu colo, colocando-se entre mim e o alvo da minha ira. Ela puxa meus olhos brilhantes para os dela, suas pequenas mãos enquadrando meu rosto. Eu olho com desdém para a criatura insolente, não muito satisfeito por ela estar me impedindo de atacar o intruso, mas Ella olha de volta com calma inabalável. Pare de ser ridículo. Sua voz suave soa na minha cabeça. É apenas o Hugo, e eu não tenho olhos para mais ninguém além de você.

Não são seus olhos que me preocupam. Meu lobo responde de mau humor. Ele seria um tolo se não quisesse você e ele não pode tê-la. Eu abaixo minha boca para a marca fresca e vermelha dela, respirando o seu cheiro e mordiscando delicadamente sua pele macia. Minha, minha, minha. Um arrepio perceptível percorre a espinha de Ella, e meu lobo infla o peito com orgulho masculino. Companheira travessa, eu ronrono, me vangloriando quando ela estremece novamente e o cheiro de seu desejo chega até mim. Seu corpo pode estar exausto, mas seu lobo é tão insaciável quanto o meu. Me desafiando, fingindo ser toda poderosa e razoável quando você anseia pela minha dominação tanto quanto eu preciso exercê-la. Vamos lá, deixe-me mordê-lo só um pouquinho - uma mordida de advertência, para que ele lembre a quem você pertence.

Você é impossível. A voz divertida de Ella me acusa, me tentando a colocá-la sobre o meu joelho e lembrá-la de quem está no comando. Se eu quiser atacar meu Beta, quem ela pensa que é para me impedir? Ela não percebe o quão especial ela é, o quão valiosa? Além disso, ele disse que há um problema. Precisamos ouvi-lo - e se o Príncipe estiver se preparando para outro ataque? Ele deve estar furioso por termos frustrado o plano dele.

Este pensamento traz a razão de volta, subjugando meu lobo e focando minha atenção novamente em Hugo, que tem observado nossa troca silenciosa com compreensão, mas também com paciência rapidamente diminuindo. "O que é?" Eu exijo, abraçando Ella um pouco mais perto.

"Acabamos de receber um relatório de que o Current está prestes a publicar uma matéria sobre o passado de Ella." Hugo anuncia, referindo-se a um dos poucos jornais em Moon Valley que se alinha politicamente com o Príncipe. "Aparentemente, o Príncipe enviou seus espiões para a alcateia das sombras para investigar o passado dela... e eles descobriram que mentimos sobre sua identidade. Eles não sabem que ela é humana, mas sabem que não fomos honestos."

"O quê?" Eu sibilo, horrorizado e arrasado pelo medo e culpa que sinto irradiando de Ella. Instintivamente, começo a ronronar, mas quando olho para minha companheira, ela está congelada no lugar, seus belos olhos dourados arregalados de horror. "Como isso aconteceu?"

"Eu não sei." Hugo suspira, "Se eu tivesse que adivinhar, diria que isso é mais um dos esquemas de Lydia - por causa da hora, se nada mais."

Solto uma série de palavrões ferozes, interrompendo meu ronronar e assustando Ella. Meu lobo geme de arrependimento e eu coloco minha mão em sua barriga redonda, verificando nosso filhote. Sinto um pequeno pulsar de inquietação e imediatamente retomo meus ronronares, não falando novamente até que mãe e filho tenham relaxado. "Eu deveria ter matado aquela vadia quando tive a chance." Eu continuo um momento depois, "Qual é o objetivo do Current?"

Hugo parece relutante em falar, mas eventualmente ele diz: "que você tem conduzido uma campanha de moralidade e o tempo todo tem mentido para as pessoas e para o conselho dos Alfas. Eles estão sugerindo que todo o seu relacionamento é uma fraude e que Ella é uma barriga de aluguel paga - eles querem saber se você tem algum comentário."

"Acho que Hugo está certo." Ella interrompe, com a voz rouca. "Podemos transformar isso a nosso favor desde que divulguemos a notícia primeiro."

Sei que eles estão corretos. O problema é que tenho um terrível pressentimento de que esse escândalo pode ser minha ruína. De muitas maneiras, os repórteres do Current estão dizendo a verdade. Tenho conduzido uma campanha com base na honestidade e na virtude, e tenho mentido para todos no interesse de vencer. Importa que meus motivos fossem nobres? Que meu único interesse em ser rei é manter um tirano longe do trono? Que eu nunca pedi por esse dever, mas não vou fugir da responsabilidade que vem com meu poder?

Meu estômago está embrulhado, mas aceno lentamente, sabendo que este é o único caminho a seguir, mesmo que leve a um beco sem saída. "Marque uma coletiva de imprensa." Instruo Hugo. "Vamos dizer que estamos anunciando a reivindicação de Ella, que seu lobo estava adormecido, mas com a ajuda dos anciãos da alcateia, conseguimos despertá-lo. Se perguntarem sobre seu passado, admitiremos que não temos respostas e que estamos apenas felizes por finalmente nos encontrarmos e estarmos recebendo um filho. E se nos acusarem de jogar política, diremos que eu acreditava que Ella se tornaria um alvo ainda maior se as pessoas soubessem o quão vulnerável ela era."

"E o Príncipe?" Hugo pergunta, ciente da conversa que tive com meu pai antes de irmos resgatar Ella. "Você quer expor publicamente as más ações dele - distrair a imprensa afirmando que ele já estava tentando matar Ella e o bebê, que a única razão pela qual você arriscou despertar o lobo dela enquanto ela estava grávida foi porque ele a sequestrou?"

Pela primeira vez em muito tempo, não me importo mais em seguir o caminho correto. O Príncipe tem escapado de seus crimes por tempo demais, e é hora de as pessoas saberem disso. "Que se dane." Rosno, apertando o doce pacote em meus braços. "Vamos fazer isso."