Desejo Pecaminoso romance Capítulo 2

Capítulo 02

Adele Miller?

Acordei com uma dor de cabeça terrível, nunca mais aceito bebidas de estranhos em festas. Agora estou arrumando as minhas malas, pois hoje mesmo irei para a casa dos meus avós. Estou animadíssima, lá sempre passo os meus melhores dias de férias. Helena disse que logo chegará para se despedir.

— Adele, vamos! Helena já está aqui — Minha mãe informa entrando no quarto.

— Já estou descendo — comento.

Termino de fechar a minha bolsa e saio do quarto. Quando estou pronta para descer às escadas, lembro de pedir um casaco para mamãe. Está fazendo bastante frio onde meus avós moram. A porta do seu quarto está entreaberta, então ouço ela falar ao celular.

— Como havia lhe dito antes, recebi uma proposta de emprego. Por esse motivo estou pedindo a sua ajuda. Esse novo emprego precisará muito do meu desempenho. Quando Adele voltar, conversaremos.

Com quem será que ela está falando? Tenho curiosidade, mas não tenho coragem de questioná-la, pois sei que não terei respostas. Então dou uma batida na porta e acabo sendo direta.

— Hum, vim pedir o seu casaco emprestado. — Minha mãe vira assustada.

— Sim, claro! Vamos já estamos atrasadas para o seu voo.

Ela me entrega o casaco e saímos. Helena já estava farta de esperar, mas não ligo para as suas reclamações, já estou acostumada. Durante o caminho até o aeroporto, conversamos coisas aleatórias. Helena disse que ontem dançou até criar calos nos pés. Essa garota não tem jeito. Quando enfim chegamos, mamãe me ajuda com as malas.

— Meu amor, você está ciente de que são apenas duas semanas, certo? — mamãe diz uma das malas.

— Sim, eu sei, mamãe. Entretanto, gosto de levar um pouco de tudo.

Depois de esperar uma hora, o meu voo é anunciado.

— Vou sentir a sua falta — Helena resmunga, fazendo drama.

— Helena, serão apenas duas semanas. Não se preocupe ligarei para você todos os dias. Dou um abraço apertado e me viro para fazer o mesmo com mamãe.

— Também vou sentir a sua falta mãe.

— Ela retribui o abraço e diz: — Eu também sentirei a sua, Adele. Quando você voltar de viagem, teremos uma longa conversa.

Apenas concordo. Não sei do que se trata a tal conversa, todavia, tenho quase certeza que tem a ver com a ligação de hoje. Depois de nos despedir, entro no avião e tento dormir um pouco, já que a viagem será um pouco cansativa.

Quando finalmente chego, a primeira coisa que avisto é o meu avô, esperando-me no portão de embarque. Vou correndo em sua direção dando-lhe um abraço bem apertado, cheio de saudade acumulada. Amo os meus avós, para mim são os melhores.

— Minha menininha, você está tão diferente. Está se transformando em uma linda mulher — elogia me dando beijo na bochecha.

— Obrigada, vovô! Estava com muita saudade.

— Nos também, minha querida. Agora vamos que sua avó está nos esperando para o jantar.

Durante todo o trajeto conversamos amenidades sobre o longo período que passamos longe um do outro. Chegando à casa, vovó já estava nos esperando na porta. Fui correndo para os seus braços aconchegantes. Minha avó é uma mulher maravilhosa, que sempre vê o lado bom das pessoas e acabei adquirindo essa grande qualidade também. Depois de muitos beijos, vovó me levou para o meu quarto. Assim que ela me deixa sozinha, desfaço as malas e tomo um banho. Assim que termino de organizar tudo, sigo em direção ao andar inferior.

— Vamos jantar, querida, a sopa está uma delícia — vovó nos chama.

— Amo a sua sopa, vovó — comento feliz por estar aqui.

— Tenho certeza que sim.

— Fico feliz, mãe. Mas não estou entendendo o porquê tanto suspense.

— Essa nova empresa para qual começarei a trabalhar, é uma das melhores em Nova Iorque. Terá alguns dias que precisarei viajar, sendo assim você não poderá ficar sozinha. Para mim isso não faz diferença, ela nunca está em casa.

— Sim, mamãe, mas não vejo problema algum em ficar sozinha. Já sou bem grandinha, sei me cuidar.

— Não, Adele, você não vai ficar sozinha nessa casa. Serão meses longe de você. —

Como se ela realmente se importasse

— Hum! Então me diga onde ficarei? — pergunto aborrecida.

— Você ficará na casa do seu pai, Adele — informa, esfregando suas mãos em suas coxas.

— Não precisa gritar! E outra ele não é um desconhecido. Apenas não gosto de relembrar o passado — reitera olhando para o lado, como se estivesse lembrando de algo.

— Agora ele não é um desconhecido, hein? Quantas vezes perguntei sobre ele e recebi um grande “NÃO” bem na minha cara? — contesto exasperada.

— Pois bem, agora você poderá perguntar o quanto quiser, tenho certeza que ele irá responder todas as suas perguntas. Não adianta você fazer esse espetáculo, que daqui a três dias, você irá para Boston.

Revoltada, levanto da sua cama, saio do seu quarto e sigo em direção ao meu novamente. As lágrimas escorrem pelo meu rosto, choro por não ter escolhas próprias. Depois de tanto choro, fecho os meus olhos e acabo adormecendo.

***

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