Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 725

Essa foi a reação mais instintiva de uma mãe.

Nos seus olhos, não importava quão precioso fosse o objeto, ela o entregaria de bom grado ao seu filho.

O nariz de Patrícia ficou ácido, e ela baixou a cabeça para olhar sua própria barriga, enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas novamente.

Fabiano falou: “Eu cuidarei de tudo, a senhora e o tio não precisam se preocupar. Se ele pode viver, com certeza voltará a ver a luz do dia. Eu prometo devolver a vocês um Gabriel saudável.”

As lágrimas de Elsa caíram novamente.

Com olhos cheios de impotência e dor, ela disse: “Sim, sim, você tem que salvá-lo, ele precisa sobreviver.”

Uma atmosfera de tristeza se espalhava pelo corredor.

Octávio ajustou seus óculos e enxugou uma lágrima antes de virar-se e colocar um braço ao redor dos ombros de Elsa.

“A pressão é grande agora, não devemos incomodá-lo. Deixe-o ir cuidar do que precisa, você também não dormiu a noite inteira, precisa descansar.”

Elsa balançou a cabeça, recusando-se a sair.

“Não posso descansar, preciso ficar aqui; meu filho está lá dentro, lutando pela vida.”

Ela enxugou as lágrimas e segurou a mão de Patrícia que estava ao seu lado.

“Pati, fique tranquila, você está esperando um filho do Gabriel, e eu não vou te abandonar. Mesmo que ele esteja incapaz agora, eu cuidarei de você em seu lugar.”

Um lampejo de tristeza passou pelos olhos de Patrícia enquanto ela apertava de volta a mão de Elsa.

“Tia, por favor, não se esforce demais. Eu sei me cuidar.”

“Desculpa.” Ela abaixou os olhos, “Foi minha culpa, eu não deveria ter brigado com ele, muito menos agredi-lo.”

Ela se sentia muito culpada.

A palma da sua mão doía sutilmente.

Talvez Gabriel a tivesse mimado demais antes, ou talvez ele fosse muito bom em esconder, ela sempre esquecia quão sério era seu estado de saúde.

Fabiano interveio: “Não é sua culpa.”

Ele olhou de relance para a UTI, com uma expressão sombria.

“Três dias atrás, ele já estava gravemente doente, aguentou a dor para fazer um testamento. Hoje, ele insistiu em vê-la, mas ainda assim precisará voltar à UTI.”

O aperto nos dedos de Patrícia se intensificou, e sua voz tremia incontrolavelmente.

“Ele está... tão doente assim?”

Fabiano respirou fundo antes de olhar novamente para as pessoas à sua frente.

“Dra. Souza é uma médica excepcional, herdeira do Grupo Medicina Tradicional, com grande renome na Cidade de Mar. Com ela, as chances de sucesso sobem para 80%. Gabriel certamente vai sobreviver.”

Agora, até em um estado de coma, não esqueceu de deixar sua fortuna para ela.

Ele disse: “Você gosta tanto de dinheiro, vou deixar todo o meu para você, pode ser?”

Ele disse: “Se gostar, o apartamento ao lado é seu.”

Ele disse: “Gosta tanto de BMW, vou comprar várias para você se divertir dirigindo.”

Os pertences dele nunca foram enviados, e desta vez também não seria diferente.

Patrícia fixou-se nos documentos por um longo tempo, depois virou a cabeça, recusando-se a pegá-los.

"Eu e ele ainda não nos casamos, não temos certidão de casamento, não há efeito legal de herança, não tenho direito a herdar seus bens."

"Eu não aceito."

Nesse momento, a porta da sala de cirurgia se abriu, e uma enfermeira apressou-se para fora, pegou o que precisava e rapidamente voltou.

"O paciente está com a consciência fraca, demorando a acordar, precisa de choque elétrico..."

Patrícia apertou os punhos, apontando para a sala de cirurgia: "Vá dizer a ele que eu não vou abortar. Se ele morrer, eu vou seguir em frente sozinha com o filho, e nunca me casarei."

"Em feriados e celebrações, como o Dia de Finados, eu vou levar o filho ao túmulo dele, viveremos como uma dupla de órfãos sem ninguém para cuidar de nós."

"Se ele morrer, tudo o que ele temia, tudo o que ele não conseguia deixar para trás, vai se concretizar em mim."

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