Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 714

Justamente nesse momento, Joaquim entrou empurrando o jantar.

O quarto tinha um pequeno restaurante, completamente equipado e muito conveniente.

Patrícia o ajudou a caminhar até o restaurante e, em seguida, juntamente com Joaquim, serviram os pratos, todos escolhidos a dedo, pratos preferidos para uma grávida.

Parecia que ele havia se preparado com antecedência.

Patrícia puxou uma cadeira para sentar-se e, gentilmente, falou com Joaquim.

"Você não quer comer algo?"

"Não, não, tenho meus planos, não quero incomodar o momento a dois com o Sr. Costa, aproveitem a refeição, já estou de saída."

Joaquim, percebendo a situação, prontamente se retirou.

Em questão de segundos, ele já havia saído do quarto e, atenciosamente, fechou a porta atrás de si.

"Vamos comer, deve ser tudo de que você gosta."

Gabriel sorriu, pegou a sua tigela e começou a comer com habilidade, como se já estivesse acostumado.

Mesmo sem poder ver, seus movimentos eram precisos e eficientes.

Ele, porém, comia apenas o arroz, raramente pegava algum acompanhamento.

Patrícia imaginava o porquê.

Ele não podia ver, tinha dificuldade em determinar a posição dos alimentos e suas mãos não eram firmes, então ele optava por não comer.

Durante o último meio mês, ele havia vivido dessa forma, com uma postura orgulhosa e reclusa.

Patrícia pegou os hashis, encheu sua tigela de acompanhamentos e cuidadosamente escolheu a parte mais suculenta da barriga do peixe, retirando todas as espinhas antes de colocá-las na tigela dele.

Ele gostava de peixe.

Antigamente, a cada dois ou três dias, ele fazia questão de pedir um peixe e adorava limpar a barriga do peixe de espinhas para ela, dizendo que era a parte mais saborosa.

Gabriel, ao provar o peixe, hesitou por um momento, parecendo um pouco tenso.

"Tudo bem, não está gostoso?"

Patrícia notou sua reação e instintivamente olhou para dentro da sua tigela: "Não tirei todas as espinhas?"

"Você tirou todas."

Gabriel sorriu para ela, seus olhos brilhando de remorso, sua voz soando mais grave.

Nunca imaginou que Patrícia poderia afirmá-lo assim, nem em seus sonhos mais ousados.

Mas agora, essas palavras estavam em seus ouvidos.

Cada palavra, cristalina.

Ela queria se casar com ele, queria apoio mútuo, mesmo que ele estivesse frágil, mesmo que ele não pudesse ver.

"Quanto à sua condição..." a voz de Patrícia tornou-se ainda mais firme, "nós somos adultos agora, capazes de enfrentar riscos inesperados e adversidades. Agora que o inesperado aconteceu, devemos aceitá-lo, esforçar-nos positivamente, pelo menos... devemos viver."

Gabriel foi profundamente tocado por suas palavras.

Parecia que, pela metade do mês passado, todas as nuvens escuras e preocupações que espreitavam em seu coração começaram a se dissipar, deixando apenas o forte suporte de suas palavras, cercando-o firmemente.

Forte, ainda assim, gentil.

Gabriel segurou sua tigela, seus dedos pressionando firmemente até ficarem brancos, incerto sobre o que sentir.

Ele tinha medo dela fugir, medo dela deixá-lo.

Mas agora... ele temia que ela não fugisse.

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