Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 705

Joaquim caminhava rapidamente, sem perceber que alguém o seguia.

Havia muitos seguranças na entrada do hospital, e era necessário o reconhecimento facial para entrada, parecendo muito mais rigoroso do que antes.

Patrícia seguia atrás dele, virando à esquerda e à direita, atravessando o longo saguão do ambulatório até vê-lo entrar no elevador.

Esperou até que a figura de Joaquim desaparecesse dentro do elevador, então ela correu para alcançá-lo, esperou um pouco e viu no visor que o elevador havia parado no vigésimo andar.

Patrícia virou-se para pegar o elevador ao lado, pressionando o botão do vigésimo andar.

O elevador não deu sinal de vida.

Ela apertou o botão mais duas vezes, sem sucesso.

Uma enfermeira próxima, vendo seu esforço, falou: “Senhorita, por favor, a qual departamento você deseja ir? O acesso acima do vigésimo andar é restrito neste prédio.”

Patrícia voltou a si e apressadamente disse: “Desculpe, eu me enganei.”

Ela memorizou o prédio e saiu diretamente.

Acesso restrito... Parece que Joaquim usou um cartão de acesso para subir.

Enquanto Patrícia ponderava, ela decidiu descer primeiro. Assim que saiu do saguão do hospital, o telefone de Bruno tocou.

“Srta. Soares, onde você está? Acabei de voltar de passear com o cachorro e estive tocando a sua campainha por um bom tempo. Você não está em casa?”

Patrícia respondeu: “Sim.”

Bruno perguntou cautelosamente: “Onde você está?”

Com uma voz serena, Patrícia disse: “Não me senti bem, vim ao hospital.”

“Ah?”

Vitor ficou ainda mais alerta, e sua voz se encheu de preocupação.

“Em qual hospital você está? Está tudo bem com você? Vou aí te buscar agora mesmo.”

“Não precisa, é só um mal-estar menor, já estou indo embora. Se você não tem nada para fazer, pode passear mais um pouco com Branco. Ele gosta da linguiça assada vendida no supermercado perto do nosso prédio. Compre uma para ele, depois eu te transfiro o dinheiro.”

Bruno “...”

Ele estava seriamente suspeitando de que não tinha sido convocado para ser motorista, mas sim para passear com o cachorro.

Patrícia desligou o telefone, olhou para cima para o alto edifício do Hospital Paz, respirou fundo e começou a caminhar de volta.

Parece que não conseguiria seguir Joaquim hoje, teria que encontrar outra oportunidade.

Ela tirou o celular para chamar um táxi enquanto caminhava para fora, e ao passar pelo estacionamento lateral, notou um grupo de carros pretos entre os quais um carro esporte branco se destacava. O modelo era muito familiar.

Movida por um impulso, Patrícia foi verificar.

Quando viu aquela placa familiar, seu coração afundou completamente.

Aquele número de placa ostentoso era, sem dúvida, de Gabriel.

Havia uma camada de poeira sobre o carro, indicando que não tinha sido usado por algum tempo, mas por que seu carro estaria estacionado no Hospital Paz há tanto tempo?

Mesmo que estivesse em viagem de negócios, o carro não deveria estar na garagem do Grupo Paz?

Patrícia ficou parada lá, perdida em pensamentos, sentindo-se cada vez mais pesada.

Ela pegou um táxi de volta para o condomínio, onde Bruno estava esperando com o cachorro, segurando meia linguiça assada.

“Srta. Soares, você está bem? Há algo incomodando? Precisa que eu faça algo?”

“Não é necessário.”

Ela abriu o armário de sapatos, pegou um chinelo masculino e o colocou na boca do cachorro.

Branco, satisfeito, levou o chinelo para sua cama e começou a mastigá-lo.

Patrícia tinha acabado de se sentar no sofá quando o toque do celular soou, e ela viu o nome de Gabriel pulsando na tela.

Ele estava ligando.

Ela mordeu o lábio inferior e atendeu.

A voz do outro lado soou, mais rouca do que no dia anterior.

"Você recebeu o café da manhã? Comeu direitinho?"

Patrícia olhou para a pilha de café da manhã na mesa, que já havia esfriado.

Ela não respondeu, em vez disso, perguntou: "E você, ainda está fazendo hora extra hoje?"

Gabriel suspirou, "Ah, sim, trabalhando até tarde... estou com muitas saudades."

Sua voz era rouca, embora tentasse soar animado, diferente do habitual, ela podia perceber as sutis diferenças.

"Pati, eu tive um sonho que você me deixava, fiquei tão triste que meu coração quase parou."

Patrícia segurava o telefone, com um nó na garganta por alguns segundos.

Então, de repente, ela perguntou.

"Gabriel, onde é sua viagem de negócios?"

"Se você está tão preocupado que eu possa te deixar, que tal se eu for te encontrar agora?"

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Desejo Ardente: Viciado Nela