Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 697

A noite se aprofundava.

À noite, após o banho, Patrícia trocou-se para seu pijama e deitou-se na cama, olhando para o teto escuro. Pela primeira vez, a figura de Gabriel não estava ao seu lado.

Nos dias anteriores, ele era insistente como um polvo ao redor dela antes de dormir.

Ele sempre pedia mais um beijo de boa noite.

Hoje, na sua ausência, ela se sentiu desacostumada.

A solidão pode ser apreciada sozinha, mas os hábitos são difíceis de mudar.

Patrícia suspirou profundamente, fechou os olhos e forçou-se a dormir.

...

Por outro lado, Joaquim chegou ao hospital.

Ele segurava um monte de exames nas mãos, parando na porta do quarto de Gabriel com uma expressão muito sombria.

Aquele líquido era um agente bioquímico desconhecido.

Extremamente irritante.

O hospital levou um dia inteiro apenas para isolar seus diversos componentes.

O mais crítico era... carcinogênico.

Os olhos de Gabriel já haviam sido afetados, mesmo após inúmeras lavagens, ele ainda foi contaminado.

Em meio à quietude da madrugada, o cheiro de desinfetante permeava o ar.

A luz fria e branca iluminava o quarto vazio, criando uma atmosfera fria e desconhecida.

Gabriel jazia na cama com os olhos cobertos por gaze, mas reconheceu facilmente os passos de Joaquim.

"Joaquim."

Ele chamou.

Joaquim voltou a si e apressou-se em se aproximar. "Sr. Costa, ainda não dormiu?"

Gabriel perguntou: "Conseguiu levar ela para casa?"

Ele se referia a Patrícia. Joaquim assentiu, dizendo: "Levei para casa, a Srta. Soares está bem, ficou tranquila ao saber da sua viagem."

Gabriel ficou em silêncio por um momento.

Alcançou seu celular no criado-mudo e o passou para Joaquim.

"Veja se tem alguma ligação dela."

Joaquim pegou o celular, digitou a senha que Gabriel lhe disse, olhou por um momento e depois balançou a cabeça.

"Não tem."

"Que horas são?" Ele perguntou novamente.

"Sr. Costa, já são onze horas."

Parece que ela já foi dormir, não haverá mais telefonemas ou mensagens esta noite.

Joaquim ao lado aconselhou: "Sr. Costa, melhor você dormir também. O médico disse que você não pode ficar acordado até tarde, precisa descansar mais para manter a saúde."

Após terminar, ele acrescentou: "Os assuntos da empresa já foram resolvidos, e todos os envolvidos foram detidos. Agora com Vitor de volta ao comando, ele cuidará de tudo. Você pode descansar tranquilamente."

"Que bom." Ele disse. "Pelo menos não quebrei minha promessa de proteger o legado para o Fabiano."

Joaquim sentia um nó no peito.

Embora ele parecesse calmo, até mesmo resignado e otimista, Joaquim ainda podia sentir o desamparo e a amargura em seu âmago.

Apenas alguns dias atrás, ele estava cheio de vigor na empresa, mostrando orgulhosamente o papel de parede de sua esposa no celular, gabando-se.

Ele parecia tão orgulhoso e irritantemente adorável.

"Já está tarde, você deveria ir."

Gabriel começou a expulsar as pessoas.

Joaquim cumprimentou e então fechou a porta atrás de si, saindo apressadamente do quarto do hospital.

O silêncio voltou a reinar no quarto, profundo e absoluto, ao ponto de se ouvir o cair de uma agulha.

Gabriel jazia sozinho na cama, diante dele havia apenas escuridão, não conseguia ver nada.

Levantou a mão, tocou os olhos e depois sentiu o próprio pulso.

O ritmo era regular, firme e forte.

Era um sinal de que ele ainda estava vivo.

Ele esticou a mão em direção ao criado-mudo, tocou o celular frio e acendeu a tela, que exibia uma selfie clara.

Ele não podia ver.

Gabriel permaneceu em silêncio, segurando o celular sem se mover, mergulhado na escuridão.

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