Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 684

Valério não conseguia mais falar.

Ele olhou para Sónia, a pele da moça estava pálida, com pouca cor, mas seus olhos brilhavam de forma surpreendente.

O sol batia na janela, separado por uma fina cortina.

O quarto do hospital não era iluminado.

Mas ela parecia brilhar.

Ele respirou fundo, rapidamente desviando o olhar dela.

"Não tenho nada a dizer, que sua própria sobrinha se explique, o que eu tenho a ver com isso!"

Ao terminar de falar, Valério não olhou mais para Sónia, virou-se e saiu apressadamente.

Sua silhueta esguia e alta desapareceu do quarto do hospital, levando consigo parte da animação do ambiente.

Sónia o viu partir, sua voz carregava um tom de tristeza. "Tio, eu estou acabada..."

"Você não vai morrer."

Fabiano soltou essas palavras, sua voz suavizando um pouco.

"Fique bem, espere Bruno chegar."

Ele segurava o relatório médico ao sair, parando na porta, virou-se e repetiu.

"Sónia, você não vai morrer."

Os olhos de Sónia se encheram de lágrimas, caindo sobre o cobertor.

...

Fabiano saiu do hospital, Vitor o esperava no carro.

Ele abriu a porta e entrou, jogando o relatório ao lado, pressionando a testa com os dedos.

"Informe ao departamento de pesquisa que precisamos acelerar o desenvolvimento do medicamento imunológico."

Vitor entendeu o recado e acenou com a cabeça imediatamente.

"Certo, entendido."

Ele acelerou o carro e começou a relatar "Ah, e temos um encontro importante de projeto essa semana, você precisa ir à Austrália para participar, o chefe de lá está muito interessado e fez questão de te ver, Sr. Alves."

Fabiano sabia do projeto, era realmente importante para o desenvolvimento da Grupo Paz este ano.

É mais fácil conquistar do que manter.

Ele não tinha total liberdade.

Fabiano assentiu "Está bem, organize como de costume."

"Certo, então comprarei as passagens à tarde."

"Compre apenas uma," Fabiano falou, "fique aqui, não precisa ir, organize seu casamento."

Ao ouvir isso, Vitor não pôde conter sua felicidade.

Sua voz até ganhou um tom mais animado "Obrigado, Sr. Alves, você é demais."

No segundo seguinte, a resposta de Fabiano veio.

"E cuide bem da Natália por mim."

Vitor "…"

Ele sabia, como Fabiano poderia ser tão generoso.

Era tudo por causa de sua esposa!

Fabiano continuou "Você pode delegar algumas responsabilidades da empresa, deixe a tarefa de desenvolvimento do medicamento e o funcionamento normal da empresa para o Gabriel, peça para ele ficar de olho e se dedicar mais."

A tarefa foi passada para o Gabriel, e Vitor ficou feliz novamente.

"Entendido."

Natália fez hora extra à noite.

Ao voltar para casa, viu movimento na cozinha e vários pratos sobre a mesa, exalando um aroma delicioso.

Ela se sentiu aquecida por dentro, trocou de sapatos e entrou.

"Chegou? Vá lavar as mãos para jantarmos."

Fabiano saiu da cozinha, secando as mãos cuidadosamente antes de servi-la.

"Ah, espera aí!"

Gabriel de repente se lembrou de algo e o interrompeu. "Aqueles volumes únicos de Medicina Tradicional que você tem no seu escritório, me empresta mais alguns, quero estudar."

Fabiano respondeu: "Uma não é suficiente para você?"

"As complicações que uma gestante pode enfrentar são muitas, e os métodos de cuidado pessoal são ainda mais variados. Como um só livro seria suficiente para tudo que preciso aprender?" Gabriel argumentou com convicção. "Não confio nos médicos daqui fora, é mais importante ter o conhecimento nas próprias mãos."

Desde que teve esposa e filho, seu ar de importância só aumentou.

Fabiano esboçou um sorriso, dizendo de forma enigmática: "Quer os livros? Vamos ver como você se sai essa semana."

Gabriel ficou sem palavras. Esse comportamento era típico.

A chamada foi encerrada.

Ele guardou o celular, pegou a espátula e saiu da cozinha, jogando o ovo frito que tinha preparado no prato do cachorro.

"Vem aqui, cachorro, prova isso pra ver se o papai acertou no sabor!"

Branco, cheio de expectativa, cheirou e imediatamente baixou o rabo, virando-se para ir embora.

Nem sequer lambeu.

Um claro sinal de desgosto.

Gabriel desanimou. "Não pode ser, falhei de novo?"

Resignado, pegou o celular e pediu comida com habilidade.

Depois, jogou a espátula na cozinha e foi para a sala, apoiando-se no ombro de Patrícia com um suspiro.

"Deixa pra lá, vamos continuar com o delivery esta noite, amanhã tento de novo."

Patrícia, acariciando a cabeça de Branco, zombou dele sem piedade. "Dr. Costa, se não está dando certo, talvez deva desistir. Você definitivamente não leva jeito para a cozinha."

Gabriel não aceitava aquilo facilmente.

"Não pode ser, em que eu sou pior que o Fabiano?"

"..."

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