Ao ouvir essas palavras, os olhos de Patrícia aqueceram-se.
Ela inconscientemente olhou para o próprio ventre, que ainda não mostrava nenhuma protuberância, não revelando que ali se gestava uma nova vida.
Ela baixou o olhar, sem pronunciar palavra.
Talvez fosse demasiado egoísta.
Talvez por ainda não ter visto o rosto da criança, ela não sentia aquele intenso halo de amor materno.
Sentia-se apenas confusa, perdida, sob grande pressão.
Assim, a sua escolha parecia particularmente cruel.
Depois de trocar mais algumas palavras com Leonor, ela apressou-se em ir cuidar do filho, desligando o telefone relutantemente.
Patrícia desligou o celular e suspirou profundamente.
Seu humor tornou-se ainda mais complexo.
No carro.
Gabriel dirigia, enquanto Octávio sentava-se no passageiro, dirigindo-se calmamente ao cemitério da família Costa.
Octávio, seguindo as ordens de Elsa, sondava o filho de maneira indireta.
"O que está acontecendo entre você e a moça?"
Gabriel silenciou por um momento, antes de dizer: "Pai, não planejo me casar, não pergunte mais."
Octávio olhou para ele profundamente e disse: "É mesmo?"
Gabriel, mantendo o controle do volante, explicou brevemente.
"Ela não se sente segura, e eu não tenho interesse em outras pessoas, estamos bem assim."
Octávio lançou-lhe vários olhares antes de, finalmente, não contradizê-lo, demonstrando compreensão.
"Essa é sua decisão unilateral, sua mãe e eu não temos objeções, mas você também deve respeitar a escolha da moça, não insista demais, causando-lhe transtornos."
Gabriel questionou: "Quando você estava cortejando minha mãe, agiu tão civilizadamente?"
Octávio afirmou com orgulho: "Claro."
"Como ouvi dizer que uma vez vocês foram impedidos e você escalou a janela da casa do meu avô no meio da noite?"
Octávio tossiu levemente, com uma desculpa pronta: "Bobagem, eu estava estudando a estrutura de estabilidade da casa."
Gabriel riu: "Ah..."
Envergonhado, Octávio mudou de assunto, tornando-se sério novamente.
"De qualquer forma, controle seu temperamento, não me faça perder a paciência."
Ele conhecia bem o filho.
Apesar de ele e Elsa serem professores e terem criado o filho sob uma educação liberal.
Gabriel não era exatamente obediente, pelo contrário, era bastante travesso.
Desde pequeno, ele era o líder das crianças da região, liderando-as em diversas travessuras, causando inúmeras dores de cabeça.
O homem alto e esguio parecia uma sombra na noite, imóvel.
"O que você está fazendo aqui?" Patrícia assustou-se.
Gabriel olhou para ela: "Acabei de chegar, estava com saudades."
Mas não queria incomodar.
Patrícia: "…"
Ele tinha uma forma encantadora de falar.
Gabriel pegou o copo térmico de suas mãos, desceu para encher de água morna, nem fria nem quente, e entregou a ela.
"Obrigado, descanse cedo."
Patrícia pegou o copo, pronta para voltar ao quarto, mas ele segurou seu braço, quente e reconfortante.
Ela recuou instintivamente um passo, apoiando o dedo indicador no peito dele.
"Se comporte, nada de toques indesejados."
Seus planos tendo sido antecipados por ela, Gabriel sentiu-se um tanto injustiçado.
"Não posso nem te abraçar?"
"Não."
"Você está assim tão avessa a mim agora?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Desejo Ardente: Viciado Nela
Não vai ter novos capítulos??...
Gostei da narrativa, a fala sobre sentimentos, escolhas, relacionamentos, etc. Pecou pelos erros de português, mas ok. Fiquei decepcionada no final, gostaria que o livro tivesse um fim, tudo ficou muito no ar. Poderia ter uma continuação, seria perfeito....
Uma pena não atualizar logo, pois o livro é muito bom....
Esse livro é muito bom. É uma pena essa demora para atualizar......
Cadê as atualizações??...
Amando a história de Natália e Fabiano...
Livro muito bom...
Mas capitulo...
Mais capítulos, por favor....
Cadê o resto do livro?...