Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 632

A porta foi aberta, e Elsa imediatamente notou a pessoa dentro da sala.

Uau!

Que garota linda!

Olhos grandes, pálpebras duplas, nariz alto, um rosto que caberia na palma da mão, com traços finamente esculpidos.

Isso é beleza demais, parece uma celebridade.

Elsa ficou paralisada no lugar.

Patrícia permaneceu imóvel, atônita, ainda vestindo o moletom cinza de Gabriel.

As roupas dele eram tão largas nela que a faziam parecer ainda mais frágil, como uma boneca irreal.

"Ah... Boa tarde, tia."

Patrícia cumprimentou, desejando poder se enterrar no chão.

Ela tentou explicar, "Na verdade, eu..."

"Não precisa dizer, eu entendo tudo!" Elsa da Universidade Norte gesticulou, dispensando a necessidade de palavras.

"Essa criança, tão reservada, vocês estão morando juntos e ele nem me disse, me deixou sem preparo algum hoje, realmente, muito irresponsável."

Elsa estava extremamente feliz, temendo assustar Patrícia, "Aliás, há quanto tempo vocês estão juntos? Meu pequeno Gabriel não te maltratou, né?"

Patrícia ficou congelada no lugar, sem saber o que responder.

Ela olhou instintivamente para Gabriel, seus olhos cheios de súplicas.

Nunca tinha se encontrado com os pais de alguém antes, muito menos enfrentado uma situação tão embaraçosa!

E lá estava ele, aproveitando o espetáculo!

Gabriel, encostado no batente da porta, tossiu levemente, "Mãe, não íamos voltar para casa? Vamos ou não?"

Elsa retorquiu, "Voltar o quê? Você simplesmente segue em silêncio para casa e deixa sua namorada aqui sozinha, abandonada. Isso é coisa que se faça?"

Patrícia tentou se explicar instintivamente, "Eu não sou..."

"Não diga mais nada, você vai passar o Ano Novo conosco. Esse desajeitado do Gabriel quase te deixou de lado, mas nossa família não age assim, eu absolutamente te dou as boas-vindas!"

Patrícia protestou, "Não precisa, tia, eu tenho planos para o Ano Novo."

Antes que ela pudesse terminar, Elsa já a estava puxando entusiasticamente para fora, deixando Gabriel com a visão de suas costas.

"Gabriel, leve o cachorro."

"..."

Dez minutos depois, Patrícia sentava-se no banco de trás do carro, sem expressão, abraçando Branco.

Gabriel dirigia, e Elsa, sorridente, ocupava o assento do passageiro.

Elsa falava sem parar, com entusiasmo, durante todo o trajeto para Patrícia.

Mas era óbvio o propósito.

Tudo era para elogiar seu filho.

"Estou tão feliz em vê-los juntos. Nosso Gabriel pode ser mais velho, mas tem um bom temperamento. Como diz o ditado, com a idade vem a ternura, ele é bem ajustado, Pati, você não pode desprezá-lo."

Patrícia forçou um sorriso, "Hehe."

Bom temperamento?

A idade traz ternura?

Se não fosse por ele a ter dominado tão cruelmente na noite anterior, ela quase teria acreditado.

Gabriel, dirigindo com uma mão no volante, sorriu ao ouvir isso, parecendo estar de bom humor.

A família Costa morava um pouco longe do apartamento de Gabriel, em um bairro diferente, e levaram duas horas para chegar ao destino.

Seu olhar passou várias vezes entre Gabriel e Patrícia, sorrindo com os olhos semi-cerrados.

“É você, Pati, bem-vinda à casa.”

Patrícia já tinha encontrado com ela, a bela irmã de Gabriel.

Ela cumprimentou de forma educada, porém constrangida: “Oi, irmã, sinto muito incomodar vocês.”

“Que incomodo o quê, você me ajudou muito este ano.”

Noémia suspirou aliviada e bateu no ombro de Gabriel: “Divirtam-se, vou sair para comprar algumas coisas.”

Os Costas eram bem desprendidos, iam e vinham sem cerimônia, deixando apenas Gabriel e Patrícia no quintal.

Patrícia ficou parada no mesmo lugar, atônita por meio minuto, até finalmente aceitar que ela realmente tinha chegado à casa dele.

“O que está esperando? Vamos entrar.”

Gabriel deu um leve empurrão em seu ombro, com um tom de voz suavemente divertido: “Ficou boba?”

Patrícia olhou para a pequena mansão à frente, respirou fundo, sentindo que precisava esclarecer uma coisa.

O mal-entendido estava ficando cada vez maior.

Ela puxou Gabriel de lado e falou baixinho: “Você precisa explicar para a sua família que não somos um casal, para não terem uma ideia errada...”

“Que tipo de relação?”

Patrícia o encarou, constrangida: “Eu não sou sua namorada! Mas agora todos eles acham que sim, eu tento explicar e eles não me escutam, você não acha que isso vai trazer problemas?”

Gabriel assentiu e a levou para dentro da casa: “Tudo bem, entendi.”

Ele entrou na casa, atravessou a sala de estar até encontrar Elsa, e foi direto ao ponto.

“Mãe, deixe-me explicar, ela não é minha namorada...”

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