Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 629

A noite estava profunda e a neve caía sem parar.

Em uma fonte termal, um par perfeito era embaçado pela densa névoa que envolvia suas silhuetas.

...

Sem perceber, o final de ano se aproximava, e os diversos grupos começavam a entrar no período de férias do Carnaval.

O Grupo de Construção Southern Star alugou um andar inteiro do salão de festas para realizar sua celebração de fim de ano, convidando todos os seus parceiros.

Patrícia, com um vestido elegante e seu rosto exótico, os cabelos longos e lisos caindo sobre seus ombros, chamava a atenção por onde passava.

Ela optou por se sentar discretamente em um canto, tentando se manter o mais reservada possível.

Não estava acostumada a se vestir assim, mas o RH exigiu que todos usassem trajes formais, para não comprometer a imagem da empresa.

Patrícia sentia-se resignada, mas também um pouco frustrada com essas formalidades corporativas insignificantes.

"Desenhista Soares, quanto tempo, permita-me brindar com você."

Um antigo parceiro se aproximou, segurando uma taça de vinho para um brinde.

Tendo trabalhado juntos em projetos e diante da entusiasmo do outro, Patrícia não conseguiu recusar, retribuindo o sorriso e o brinde.

Esse gesto acabou atraindo mais pessoas, que vieram cumprimentá-la e propor brindes.

Até mesmo Ângela ficou surpresa.

"Patrícia, não beba demais, não é bom para o estômago."

Patrícia colocou a taça de lado, suspirando internamente. "Nestas ocasiões, é tudo uma questão de networking, não tem como recusar."

"Eu vejo que Natália nunca bebeu assim."

"Bem, ela tem um bom marido para apoiá-la, nós temos que nos virar sozinhas."

Ângela fez uma careta. "Se você quisesse se casar, não faltariam homens interessados, só por causa dessa sua beleza. Até o Sr. Azevedo do Grupo HK ficou de boca aberta."

Patrícia rapidamente cobriu a boca de Ângela. "Shh, fale baixo, o que você está dizendo?"

"Eu não estou inventando nada."

Mal acabou de falar, outro executivo se aproximou.

"Desenhista Soares, como você veio parar neste canto? Vamos brindar, espero trabalhar juntos no próximo ano."

"Claro, Sr. Castro, desejo ao Sr. Castro um ano de muita prosperidade!"

Patrícia sorriu, erguendo sua taça ao se levantar.

Quando estava prestes a beber, uma mão pálida se intrometeu, segurando sua taça de vinho.

"Sr. Castro, todos sabemos de sua fama, não seja duro com a moça. Eu bebo por ela."

Patrícia olhou para cima e viu um homem com uma aparência elegante.

Vestido em um terno preto feito sob medida, com um físico esbelto e um penteado impecável, ele mostrava um ar mais sério do que seu usual desleixo.

Ele bebeu o vinho da taça de Patrícia em um só gole.

Sr. Castro, astuto como sempre, percebeu imediatamente que havia algo mais entre eles.

Ele mudou de assunto com um sorriso. "Que vento trouxe o Sr. Costa até aqui? Raramente vemos você por estas bandas."

Gabriel respondeu com um sorriso descompromissado. "Por acaso, o Grupo Paz está tendo sua celebração de fim de ano no andar de cima, e eu decidi dar uma volta por aqui."

"Ah, esta deve ser a sua primeira vez participando de uma celebração assim, nunca vi o Sr. Costa tão formal antes."

Gabriel deu de ombros. "Não tive escolha, meu parceiro levou a esposa para viajar e me deixou lidando com um monte de problemas."

"Sempre soube que o Sr. Alves era devotado à sua esposa, mas não imaginava que fosse verdade."

Após trocarem mais algumas palavras cordiais, Sr. Castro se afastou com discernimento.

Enquanto apresentações variadas aconteciam no palco, Patrícia observava Gabriel.

"Como você veio parar aqui?"

"Você não ouviu o que eu disse?" Gabriel levantou uma sobrancelha. "Vim dar uma olhada, ver como são as celebrações de fim de ano das outras empresas."

Ao ouvir isso, sua mãe ficou em silêncio, sentindo-se culpada e também com o coração pesado.

Quando ela se divorciou e se casou novamente, trazendo Patrícia para a nova família, o padrasto nunca mostrou afeição por ela.

Quando era criança, Patrícia não tinha escolha a não ser viver cuidadosamente nessa casa, mas depois que cresceu e foi estudar fora, raramente voltava.

Para uma mulher, muitas vezes a mãe de Patrícia se sentia impotente.

"Pati, você..."

"Tudo bem, tudo bem, eu visitarei quando tiver um tempo, vou desligar agora."

Patrícia desligou o telefone e olhou para o céu, respirando fundo.

Afinal, o que há de tão especial no Réveillon?

Não importa onde se esteja.

Suas bochechas estavam quentes e sua garganta seca, os vinhos desta noite não eram de baixo teor alcoólico, e agora ela sentia o efeito do álcool.

Patrícia guardou o celular e começou a andar de volta, um pouco instável em seus saltos altos.

Ela torceu o pé de repente, quase caindo.

Um braço forte a segurou, e uma voz familiar e educada soou em seu ouvido.

"Você está bem? Bebeu demais?"

Patrícia levantou a cabeça, vendo o rosto sorridente do homem.

"Sr. Azevedo, muito obrigada."

Hugo ainda mantinha seu sorriso. "Por que está aqui sozinha? O jantar de gala está terminando, quer que eu te leve para casa?"

Patrícia balançou a cabeça, querendo recusar.

No segundo seguinte, seu braço foi puxado por outra mão, e ela se viu pressionada contra um peito firme.

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