Duas pessoas sussurravam baixinho, trocando palavras uma após a outra.
Do ponto de vista de Patrícia, ela podia ver a felicidade transbordando nos olhares deles.
Era como se, após uma longa espera, finalmente vissem a luz da lua clarear entre as nuvens.
De repente, apareceu mais um pedaço de carne na sua tigela, e Patrícia, instintivamente, desviou o olhar, encontrando Gabriel com um sorriso nos lábios.
"Não fique olhando para eles, você também tem o seu."
Patrícia queria dizer algo, mas, no final, fechou a boca e continuou comendo em silêncio.
Depois de algumas rodadas de bebida, Gabriel retirou uma pequena caixa de presente e a lançou para Fabiano.
"Para você, irmão, feliz aniversário. Mais um ano de vida."
Fabiano pegou a caixa, lançando um olhar sem palavras para Gabriel.
Quanto mais velho se fica, menos se quer ouvir a palavra "velho".
Ele respondeu friamente com um "Obrigado, e desejo que você também encontre alguém e tenha filhos em breve."
Gabriel "…"
Ele suspeitava que Fabiano estava sendo irônico, mas não tinha como provar.
Involuntariamente, olhou para Patrícia, que parecia querer se esconder dentro da sua própria tigela.
"Desculpa, Sr. Alves, eu não sabia que hoje era o seu aniversário, não preparei nenhum presente," disse Patrícia, um tanto envergonhada.
Fabiano, com um olhar sereno, balançou a caixa de presente em sua mão, com uma voz fria.
"Não tem problema, um presente já é suficiente."
Patrícia baixou ainda mais a cabeça.
Ela suspeitava que Fabiano fazia isso de propósito, sempre tocando nos pontos sensíveis.
A refeição transcorreu de forma alegre e sem problemas.
Depois da refeição, como Gabriel havia bebido, não podia dirigir, então naturalmente ocupou o lugar do passageiro no carro de Patrícia.
Ela não teve escolha senão ser a motorista.
A situação do outro lado era similar.
Natália sentou-se no banco do motorista, afivelou o cinto de segurança e ligou o motor.
Eles não estavam longe da Casa Antiga de Alves. Hoje era o aniversário de Fabiano, eles tinham almoçado na mansão e se reuniram com Gabriel à noite antes de voltar para a casa.
E quanto a Vitor? Ele desejava que seu chefe tivesse mais aniversários, assim ele poderia ter mais dias de folga.
De volta à mansão, o salão estava vazio, já era hora de todos descansarem.
Fabiano havia bebido demais essa noite, estava um pouco fora de si.
Natália foi à cozinha preparar uma sopa para curar a ressaca, e ele a seguiu, colando-se a ela por trás, com a mão grande em sua cintura, deslizando até seu abdômen.
"Há tanto tempo assim, e ainda não há sinal."
Natália, constrangida, respondeu: "Só se passaram alguns dias, provavelmente ainda não dá para perceber."
"É verdade," Fabiano apertou um pouco mais, com a voz rouca, "talvez eu não tenha me esforçado o suficiente."
"…" Natália deu um sorriso amarelo, "Sr. Alves, não seja modesto, você já se esforçou bastante."
"É mesmo?"
"Sim!" Natália afirmou categoricamente.
De repente, um suave toque na porta soou.
"Tok, tok, tok —"
Ao ouvirem, os dois se viraram, e Sónia colocou sua cabeça para dentro, sorrindo timidamente, "Tiozinho, fazendo charme?"
Fabiano colocou a mão no ombro de Natália, olhando para ela, "Você precisa de algo?"
Sónia tirou de trás duas caixas, uma preta e uma branca, "Isso é para você, feliz aniversário!"
Ela apontou para a caixa branca, "E esta é para a minha tia."
Fabiano pegou os presentes, com a voz um pouco mais suave, "Obrigado."
A menina estava crescendo, já sabia até dar presentes para a tia.
Natália, tímida, também não se atreveu a fazer muito barulho.
Até que chegaram ao quarto, e ela foi firmemente pressionada na cama pelo homem.
"Espere." Natália de repente o deteve.
"O que foi?"
"Eu ainda tenho algo a fazer."
Natália o empurrou, desceu da cama, e tirou uma caixa grande do armário, colocando-a na cama.
Esta caixa era muito grande, maior que a soma das caixas de Gabriel e Sónia.
Natália sentou-se de pernas cruzadas na cama, sorrindo para ele, "Presente de aniversário, querido!"
Fabiano levantou uma sobrancelha, estendendo a mão para abrir a caixa, onde várias coisas estavam arrumadas de forma ordenada.
Gravatas, cintos, um terno feito à mão.
E também um relógio masculino, de uma marca bastante cara.
Enquanto outros dão um presente, ela deu vários.
Natália retirou os itens um por um, com um sorriso nos olhos, "Gosta? De agora em diante, vou combinar seus itens diários."
"Gosto." A expressão de Fabiano suavizou, com uma voz rouca, "Você gastou muito, Sra. Alves."
"De nada."
Fabiano estendeu a mão para pegar uma gravata, mas Natália foi mais rápida, guardando-a de volta na caixa, olhando-o com cautela.
"Gravatas são apenas para usar, nada mais."
Fabiano mudou o gesto, pegou o relógio e o abriu, colocando-o no pulso com habilidade.
No segundo seguinte, ele a derrubou.
"Então, por favor, Sra. Alves, faça a contagem regressiva para mim."
Seu rosto bonito se inclinou, "Antes do tempo, não peça para parar."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Desejo Ardente: Viciado Nela
Não vai ter novos capítulos??...
Gostei da narrativa, a fala sobre sentimentos, escolhas, relacionamentos, etc. Pecou pelos erros de português, mas ok. Fiquei decepcionada no final, gostaria que o livro tivesse um fim, tudo ficou muito no ar. Poderia ter uma continuação, seria perfeito....
Uma pena não atualizar logo, pois o livro é muito bom....
Esse livro é muito bom. É uma pena essa demora para atualizar......
Cadê as atualizações??...
Amando a história de Natália e Fabiano...
Livro muito bom...
Mas capitulo...
Mais capítulos, por favor....
Cadê o resto do livro?...