O rosto de Virgílio estava pálido como papel.
Ele olhou para baixo, para os andares inferiores. Embora não fosse alto, parecia um abismo, fazendo-o sentir vertigens.
Já havia muitas pessoas reunidas lá embaixo, gritando para que ele voltasse.
Mas ele poderia voltar?
"Se você está pensando em pular, deveria pelo menos subir mais dois andares. Do sexto andar, você não morrerá."
A voz de Natália soou por trás dele, calma e clara.
"Embora o sexto andar não seja baixo, a taxa de mortalidade não é de cem por cento. No momento da queda, você apenas convulsionará, lutará, espirrará sangue e talvez se torne um zumbi vivo. É isso que você quer?"
Virgílio ficou paralisado, olhando para ela incrédulo.
"O que você quer dizer com isso?"
Natália olhou para ele abertamente. "Você não subiu até o último andar, parou justo no sexto, hesitando aqui, esperando o telefone tocar repetidamente. Não é que você não quer morrer?"
"Sr. Virgílio, isso não é fácil de suportar, certo?"
Virgílio se sentiu atingido por suas palavras, seu rosto ficou vermelho de vergonha.
Sim, ele não queria morrer.
Quem em sã consciência gostaria de morrer?
Mas ele não tinha escolha.
"É tarde demais, é tarde demais." Lágrimas de medo começaram a escorrer de seus olhos, Virgílio parecia desesperado.
"Se eu não pular, minha família realmente morrerá."
Ele fechou os olhos, abriu os braços, prestes a pular.
"Se você quer viver, ouça-me!"
No último momento, um lampejo de inspiração surgiu na mente de Natália, que de repente o chamou, falando rapidamente.
"A cinco metros à sua esquerda no chão, há uma pilha de areia. Se pular lá, talvez possa salvar sua vida."
Virgílio abriu os olhos, olhando para Natália surpreso.
"Você quer me salvar?"
"Eu só não quero que este projeto tenha uma baixa, e não quero que vocês incriminem Fabiano sem motivo. Se Severino realmente quer que você pule, por que não fazer um teatro e ganhar algum tempo para sua vida?"
Natália falou friamente, "Não temos muito tempo, lembre-se de mirar bem."
Ela sabia que, uma vez que Virgílio estava ali, ele não tinha outra escolha senão pular.
Com seu ponto fraco nas mãos deles, ele não tinha escolha.
Então, por que não enganar a todos?
Contanto que ele pulasse, vivo ou morto, sua família ainda estaria segura.
Virgílio hesitou.
Nesse momento, o toque do celular soou novamente, urgente, como uma melodia fatal.
Ele tremeu, atendendo instintivamente, e ouviu soluços do outro lado.
"Soluçando... pai, me salve..."
Não havia mais tempo.
Virgílio segurou o telefone, mordeu o lábio e, num momento crítico, caminhou cinco metros para a esquerda, abriu os braços e saltou.
Boom—
Um barulho surdo ecoou abaixo.
Provocando um alvoroço.
O colchão de ar tinha acabado de ser preparado.
Metade do corpo dele caiu no colchão de ar e depois escorregou para a pilha de areia, escurecendo antes de desmaiar.
Fabiano acabou de chegar ao local e testemunhou a cena.
Seu rosto ficou sombrio, com Natália dominando seus pensamentos.
No meio da multidão confusa, Fabiano agarrou Ângela e perguntou sombriamente, "Onde está Natália?"
Ângela, completamente assustada, apontou para cima.
"Deve estar ainda no sexto andar."
"Natália..."
"Você está me machucando!"
Natália, irritada, sacudiu a mão dele.
Ela tinha um grande feito para compartilhar, pensando em dividir a alegria com ele.
Mas, no momento em que se encontraram, foi recebida com uma saraivada de críticas.
Quem aguentaria?
Perdendo o bom humor, não quis mais lidar com Fabiano, virou as costas e caminhou rapidamente para fora.
Fabiano finalmente se acalmou, respirou fundo e gritou por ela
"Espera."
Natália não esperou.
Desapareceu sem olhar para trás no sexto andar.
Quando Fabiano a seguiu lá para baixo, Vitor já tinha resolvido as coisas e veio ao encontro de Natália, todo animado, fazendo sinal de positivo.
"Srta. Ferreira, você foi incrível, digna de ser a chefe do Grupo Paz."
"Não fui não, não mereço."
Natália deixou escapar secamente, pegou Ângela, entrou no carro, fechou a porta, ligou o motor.
E foi embora, obstinadamente.
Vitor ficou parado, olhando para o seu chefe.
"Sr. Alves, o que aconteceu entre vocês dois, brigaram de novo?"
Fabiano "......"
Ele ficou em silêncio, e Vitor adivinhou quase com certeza.
Vendo o Land Rover branco desaparecer na entrada, Vitor não pôde deixar de perguntar
"Vai ter outra guerra fria, não vai? Você não vai tentar fazer as pazes?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Desejo Ardente: Viciado Nela
Não vai ter novos capítulos??...
Gostei da narrativa, a fala sobre sentimentos, escolhas, relacionamentos, etc. Pecou pelos erros de português, mas ok. Fiquei decepcionada no final, gostaria que o livro tivesse um fim, tudo ficou muito no ar. Poderia ter uma continuação, seria perfeito....
Uma pena não atualizar logo, pois o livro é muito bom....
Esse livro é muito bom. É uma pena essa demora para atualizar......
Cadê as atualizações??...
Amando a história de Natália e Fabiano...
Livro muito bom...
Mas capitulo...
Mais capítulos, por favor....
Cadê o resto do livro?...