Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 522

Natália não esperava que ele voltasse novamente.

Ela o olhou, com uma leve ironia "Sr. Alves, ainda tem o hábito de escutar atrás das portas?"

Fabiano inclinou a cabeça, com uma expressão difícil de decifrar no rosto "Você ainda não me respondeu, quer namorar com Valério?"

Ele perguntou novamente.

Como se precisasse ouvir a resposta de Natália a todo custo.

Natália encarou seu olhar escuro, e de repente, sentiu-se divertida. Ela caminhou em direção à porta, falando enquanto andava.

"Ainda não decidi, quando decidir te aviso."

Fabiano a segurou pelo pulso "Vai pensar por quanto tempo?"

"Difícil dizer." Natália olhou para ele, seus olhos se estreitando em um sorriso "Sr. Alves, estou com fome, vamos comer."

Fabiano suspirou profundamente, voltando a si dentre o ciúme evidente.

Ele queria dizer algo, mas se conteve.

"Deixa pra lá, vamos comer."

O café da manhã estava farto, com opções de culinária tanto brasileira quanto internacional, uma mesa cheia.

Natália sentou-se à mesa, comendo alegremente.

Só que Fabiano parecia estranhamente indisposto pela manhã.

Giselle perguntou "Tio, está de mau humor?"

Fabiano confirmou "Sim."

"Por que?"

"Estão me passando a perna." Fabiano falou sem muita vontade.

"O que significa passar a perna?"

Giselle balançou a cabeça, confusa.

Fabiano passou geleia no pão e entregou a ela "Come seu pão de queijo."

...

Após o café, Vitor chegou em seu carro novo ao pé do edifício Bairro Magnético.

Ao ver Natália, cumprimentou-a respeitosamente "Srta. Ferreira, seu carro foi rebocado por mim, pode usar este carro novo do Sr. Alves, comprado no mesmo dia que o seu, está novinho."

Natália balançou a cabeça "Não é necessário, vou comprar um novo depois."

Vitor, sem conseguir entregar o presente, falou sem jeito.

"Que tal irmos de carro até a empresa?"

"Não precisa." Natália lançou um olhar a Fabiano, dizendo, "O inimigo ainda não foi derrotado, não podemos ser tão ostensivos, né? Melhor o Sr. Alves manter um perfil baixo."

Vitor "..."

Ele entendeu o que significa dar um tiro no próprio pé.

"Como estão os movimentos recentes do Severino?" Fabiano de repente perguntou.

Vitor sabia que ele perguntaria isso.

Respondeu: "O plano de liquidação ainda não terminou, a atitude não é clara, até agora ele não aceitou ser investigado, mas todos estão como formigas em panela quente, ninguém está confortável."

Neste momento, Severino não ousa agir precipitadamente.

O sucesso ou falha depende de um único pensamento.

O mais importante é esperar pelo momento certo, ponderando as duas situações.

Sem o momento certo, mesmo com muitas provas, não é possível tirar Severino daquela posição.

Fabiano baixou os cílios, dizendo seriamente: "Continue esperando pela oportunidade."

"Sim."

"Além disso, peça para Bruno prestar atenção no trabalho recente de Valério."

"Valério?" Vitor ficou um pouco confuso, "Valério tem alguma relação com o nosso plano?"

"Não, é só que quero dar um jeito nele."

Vitor ficou perplexo.

Fabiano estreitou levemente os olhos, com uma voz profunda.

"Antes eu via que ele era jovem, sentia pena de agir, mas nesses últimos anos ele cresceu, ganhou asas, agora pode ser disciplinado."