Eu respirava ofegante, paralisada ali.
Alonzo não se movia nem falava, mas seu olhar estava fixo em mim.
Mais precisamente, ele estava me encarando.
Ficamos assim, olhando um para o outro, sem dar um passo à frente nem um passo atrás.
Até mesmo, eu podia sentir que tanto o meu coração quanto o dele estavam acelerando...
Até que a voz da vizinha, falando do lado de fora, nos trouxe de volta à realidade: "Essa moça escolheu um bom namorado, olha só como ele deixou a escadaria limpinha."
Foi então que recobrei os sentidos, empurrei Alonzo e fugi rapidamente, voltando para a sala de estar.
Mas, por um momento, eu não soube o que fazer, apenas me senti confusa e atordoada.
Alonzo disse quebrando o constrangimento de forma natural: "Essa é a casa antiga dos seus pais?"
Eu fiquei surpresa, me perguntando como ele sabia, quando o vi se aproximar da parede onde estavam penduradas as fotos: "Sua aparência quase não mudou desde que você era criança."
Na parede, estavam pendurados meus diplomas e uma foto de família, onde eu ficava no centro e estava protegida pelos meus pais, que exibiam sorrisos gentis.
Mas agora, olhando para seus sorrisos, sentia um aperto no coração.
"Você sempre tirou boas notas na escola." - Alonzo comentou, olhando para os meus certificados de honra.
"Também estou excelente agora." - Disse sem falsa modéstia.
Alonzo olhou para mim: "Com certeza."
Ele hesitou por um momento antes de acrescentar: "Em todos os aspectos."
Seu olhar me fez desviar o olhar, tão direto era tanto em seus olhos quanto em suas palavras.
Embora não estivesse frio, a água era gelada, eu estava prestes a avisá-lo quando ele já estava se enxugando com a toalha.
Quando levantou a cabeça, viu meu reflexo parada atrás dele no espelho.
Naquele instante, senti-me novamente constrangida, como se tivesse sido pega espiando.
Não sabia quantas vezes já me senti desorientada e nervosa na sua presença.
Era como se eu fosse uma garota inexperiente.
Embora Lúcio e eu estivéssemos falando em casamento, esse tipo de doçura entre amantes parecia inexistente para nós.
"Você não se incomoda com a água fria?" - Perguntei, olhando para ele através do espelho.
"Eu sempre lavo o rosto e o cabelo com água fria, me acostumei quando estava no exército." - Disse ele, me fazendo sentir tanto admiração quanto compaixão.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido
Bom dia estou gostando muito da história,mas demora a ver os próximos capítulos estamos curiosas,por favor libere 🙏...
estou gostando dessa história, entretanto acho meio enrolado os laços deles, por exemplo o laço dela com lúcio e ele ficou quase 200 caps para entender oque ela disse umas 20 vezes. mas a escrita te prende e é bom de ler...
Por favor a continuação 😭...
Gente cadê a continuação do livro, por favor liberem mais capitulos...