Com a mesma expressão rígida no rosto, estava Lúcio, parado à porta.
Desde que terminamos, parecia que cada encontro nosso foi uma cena carregada de tensão.
Naquele momento, eu brincava e ria com Alonzo, enquanto Lorena o acompanhava.
Essa era a tal "separação" que ele jurava ter feito com Lorena.
A boca dos homens era realmente uma fonte de mentiras.
Perdi o foco por um instante, mas logo desviei o olhar, evitando olhar para ele novamente.
Havia pessoa que, quanto mais se olhava, mais se fazia mal.
Era o ditado: "O que os olhos não veem, o coração não sente".
Alonzo, como se não tivesse visto nada, segurou minha mão, mas não tentou pegar meu celular. Em vez disso, disse: "Podia tirar as fotos mais bonitas outro dia se você realmente queria."
Essas palavras me deixaram pensativa.
E ainda havia entre nós uma atmosfera de cumplicidade, como a de um casal tranquilo e à vontade.
Lúcio deu dois passos largos em minha direção: "Clarice, venha comigo lá fora."
Ele falou com um tom de comando, uma atitude digna de alguém que se considerava superior.
E ainda por cima estava acompanhado de Lorena, agindo sem consideração por ela.
Nem olhei para ele, apenas respondi: "Estou ocupada."
E eu realmente estava, pois estava acompanhando Alonzo tomando soro.
No segundo seguinte, Lúcio estendeu a mão, tentando me forçar a ir com ele, mas antes que pudesse me tocar, a mão de Alonzo o interceptou, bloqueando-o.
A tensão entre eles era palpável.
Nenhum dos dois disse uma palavra, apenas permaneceram em um impasse silencioso.
Mas continuar assim não era solução, principalmente porque Alonzo estava recebendo soro. Apesar de ele ser capaz de se defender e derrotar Lúcio facilmente, se entrassem em confronto, o tratamento seria em vão.
Sabia que eu não podia intervir, pois eu era a causa da discórdia entre eles, e qualquer tentativa minha de intervir só pioraria a situação.
Observando Lorena com uma expressão tão amarga quanto se tivesse engolido uma mosca, eu exclamei: "Não vai levá-lo daqui?"
Lorena não se mexeu, então eu a encarei friamente.
No entanto, ele acabou controlando sua raiva por causa de Lorena, deixando-se ser levado embora mansamente.
Lúcio era o segundo filho da família Pereira, sempre mimado e acostumado a ter suas vontades atendidas desde pequeno.
Ele não era de ceder a ninguém, mas com Lorena, ele estava claramente fazendo concessões.
Se não fosse por amor, ele não conseguiria agir assim.
Mas, se fosse amor, ele não deveria ter demonstrado ciúmes na frente de Lorena quando me viu com Alonzo.
A relação entre Lúcio e Lorena era realmente confusa para mim.
No entanto, eu não queria gastar minha energia pensando nisso.
Após eles saírem, virei-me para Alonzo: "Continue com seu tratamento tranquilamente."
Eu não queria que ele entrasse em conflito com Lúcio, pois, se chegassem a lutar, Lúcio certamente sairia perdendo.
Alonzo sentou-se, e eu permaneci ao seu lado, mas o clima de antes já não existia mais.
Logo ali, a enfermeira fazia perguntas a Lorena e preparava a infusão, e eu não tinha como evitar ouvir cada palavra.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido
Bom dia estou gostando muito da história,mas demora a ver os próximos capítulos estamos curiosas,por favor libere 🙏...
estou gostando dessa história, entretanto acho meio enrolado os laços deles, por exemplo o laço dela com lúcio e ele ficou quase 200 caps para entender oque ela disse umas 20 vezes. mas a escrita te prende e é bom de ler...
Por favor a continuação 😭...
Gente cadê a continuação do livro, por favor liberem mais capitulos...