Jamais imaginei que me depararia com Alonzo saindo do banho.
Era aquela cena em que ele estava envolto apenas por uma toalha na cintura, expondo o torso e deixando pouco à imaginação.
Alonzo também parecia surpreso, como se não esperasse minha entrada repentina, e eu podia ver sua pele morena adquirir um tom avermelhado.
Por um momento, ficamos ali parados, um diante do outro, sem que nenhum de nós falasse ou se movesse, como se o tempo tivesse parado.
Foi então que Alonzo se recuperou primeiro e entrou no quarto, enquanto eu, ainda rígida, consegui me mexer e engolir em seco duas vezes.
Só então percebi que minhas bochechas estavam ardendo...
Observando a porta do quarto de Alonzo fechar, sabia que ele certamente estava se vestindo. Pensando nas roupas que havia comprado para ele, disse: "Alonzo, não se vista ainda, espere um momento."
Assim que terminei de falar, me virei, mas no mesmo instante senti que algo estava errado.
O que eu havia acabado de dizer?
Pedi para ele não se vestir e ainda esperar por mim...
Não havia nada de errado com essas palavras, mas, dadas as circunstâncias, o que eu tinha dito era... completamente inapropriado?
Se houvesse um buraco, eu desejaria poder me esconder nele.
Mas não havia, e já era tarde demais para arrependimentos.
Assim, apressei-me de volta ao meu quarto, peguei as roupas e voltei ao quarto de Alonzo.
Ao chegar à porta, bati duas vezes, dizendo: "Alonzo, comprei algumas roupas para você. Deixei-as aqui fora. Acho que estas vão ficar melhor em você."
Não expliquei diretamente o que havia dito antes, para evitar mais constrangimento.
Quando estava prestes a deixar a sacola, a porta do quarto se abriu de repente, e Alonzo apareceu vestido impecavelmente diante de mim.
Uma camisa branca, calças de terno pretas, sem gravata, com dois botões do colarinho abertos, formal, mas não rígido.
Era a primeira vez que o via vestido assim.
Como sua pele não era clara, eu tinha pensado que esse tipo de roupa não combinaria com ele, por isso escolhi algo mais casual quando fui comprar as roupas.
Mas, naquele momento, Alonzo fez-me questionar meu senso de estética.
"É um hábito" - ele respondeu de forma sucinta.
"Eu acho que isso é TOC" - discordava, embora saiba que os hábitos mais persistentes são aqueles simples e fáceis de seguir.
A insistência de Alonzo em dobrar a colcha dessa maneira todos os dias até me cansava, despertando uma vontade de bagunçar tudo.
Ele não negou: "Talvez seja."
Então, olhando para o presente que eu havia comprado para Dante, ele estendeu a mão: "Deixe-me ajudar."
Dei um sorriso leve: "Não precisa, eu consigo."
"Mas eu não tenho o costume de deixar minha namorada carregar coisas" - insistiu Alonzo, pegando a caixa de presente.
Seus dedos tocaram os meus mais uma vez.
Senti um arrepio e acabei soltando a caixa.
Na hora de sair, lembrei-me do constrangimento de tê-lo visto saindo do banho e perguntei: "Por que não trancou a porta ao entrar em casa?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido
Bom dia estou gostando muito da história,mas demora a ver os próximos capítulos estamos curiosas,por favor libere 🙏...
estou gostando dessa história, entretanto acho meio enrolado os laços deles, por exemplo o laço dela com lúcio e ele ficou quase 200 caps para entender oque ela disse umas 20 vezes. mas a escrita te prende e é bom de ler...
Por favor a continuação 😭...
Gente cadê a continuação do livro, por favor liberem mais capitulos...