“Sofia Almeida”
O Maximilian abriu a porta do carro para mim e até puxou a cadeira, estava se comportando como um cavalheiro, mas parecendo muito ridículo agindo assim, porque seus gestos eram exagerados e eu conhecia a sua essência, um cafajeste da pior qualidade.
- Sof, querida, quer fazer o pedido pra mim outra vez? Eu adorei ser surpreendido no almoço! – O Maximilian se virou para mim com aquele sorriso e eu quis esfolá-lo, arrancar a pele dele com uma lixa de unha enquanto jogava álcool!
- Claro, Maximilian, por que não?! – Eu respondi, tentando imaginar o que ele não gostava para pedir, mas era um restaurante tão bom que eu achei impossível que ele não gostasse de alguma coisa. Acabei pedindo o mesmo que pedi pra mim, uma massa com molho de alho e bastante cebola, assim o bafo o manteria distante o resto da noite.
- Parece que você lê os meus pensamentos! – Ele sorriu, mas do outro lado o irmão dele e a Cassandra nos observavam com curiosidade.
- Sof, me acompanha ao toilette? – A Cassandra me chamou.
Eu me levantei para acompanhá-la, mas antes que eu me levantasse o Maximilian já estava de pé puxando a cadeira e o Ignácio do outro lado fazendo o mesmo. Os movimentos deles pareciam sincronizados, era como se eu observasse o Maximilian em frente a um espelho.
- Sof, o que está acontecendo? – A Cassandra me perguntou assim que entramos no banheiro.
- É ele, Cas, o Maximilian é o cafajeste, aquele que eu te contei e que o seu pai acha que me apresentou. – Eu estava pirando com o que esse homem tinha em mente.
- Tá brincando? – Ela me olhou boquiaberta. – Sof, depois do que ele falou lá em casa, o meu pai vai bancar o cupido, porque ele está encantado com a família Monterrey e, sinceramente, se você não me contasse, eu acharia o Max perfeito, como todos os outros.
- Perfeito? Só se for perfeito cretino! E agora, aquele cafajeste disfarçado de cordeirinho está brincando comigo, Cas! Ele disse que quer ver como eu vou me explicar para o seu pai e disse que quanto mais eu tentar me livrar dele, mais ele vai grudar em mim. Cassandra, me ajuda, eu não sei o que fazer. – Eu estava em pleno desespero.
- É e ele vai grudar mesmo em você, porque o papai vai ajudá-lo com isso e agora você vai ter que aguentar, porque se o papai descobre que você mentiu pra ele, ele vai ficar magoado! – A Cassandra me alertou.
- Eu sei disso, Cas, e eu não quero o Sr. Nikos magoado comigo, mas eu não pensei que esse cafajeste fosse irmão do seu namorado. Eu não achei que eu fosse encontrá-lo em cada esquina. – Eu estava pressentindo que minha vida viraria uma bela confusão. – E agora, o que eu faço?
- Agora, minha amiga, você j**a o jogo dele. – A Cassandra olhou pra mim sorrindo.
- Como assim? – Eu olhei pra ela e sabia que ela estava tendo uma idéia genial.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...