“Ignácio Monterrey”
Eu estava ansioso para ver a Cassandra, tão ansioso que não poderia esperar até o jantar, então a levaria ao cinema primeiro e eu encontrei o filme perfeito em cartaz em um desses cinemas conhecidos por exibir filmes clássicos e Cult e o horário se encaixava perfeitamente. Eu também consegui uma reserva em um restaurante famoso por seu ambiente romântico. E o que mais eu poderia fazer? Eu não queria levá-la para casa tão cedo como fiz na noite anterior. Bom, eu teria tempo pra pensar.
Pontualmente às dezoito horas eu estava na porta da casa dela, praticamente cantando de alegria. Desta vez quem abriu a porta para mim foi uma das funcionárias, uma senhora sorridente e que me disse que a Cassandra não demoraria a descer. E não demorou mesmo, foi o exato tempo em que a senhora me deixou na sala e a Cassandra apareceu no alto da escada, linda em um vestido branco justo, de comprimento até o meio da coxa, com alças mais largas e um decote em transpassado, era simples e elegante e permitia que o sapato de salto rosa se destacasse em seus pés.
Eu precisei de um minuto para que meus neurônios voltassem a se conectar e eu só consegui voltar a respirar quando ela chegou no último degrau da escada.
- Nossa, você está tão linda que me deixou sem ar! – Eu estava completamente arrebatado pela visão daquela mulher linda em minha frente, mas ela ficou ainda mais linda quando abriu o sorriso completamente.
- Oi, Ignácio. – Ela me cumprimentou cabisbaixa, meio sem saber o que fazer ou o que dizer. Uma coisa eu percebi, ela não sabia receber elogios, o que significava que ela não era elogiada com frequência, o que era um absurdo.
- Oi, Cassandra. – Eu dei um passo em sua direção, parando bem a sua frente, segurei sua mão com uma das minhas e com a outra eu ergui o seu queixo com cuidado, para que ela me olhasse. – Você é muito linda, Cassandra.
- Você é muito gentil. – Ela sorriu encabulada, seus olhos nos meus.
- Não, estou sendo sincero. – Eu dei um beijo no seu rosto, pegando no canto da sua boca, mas eu não a beijaria ali na sala dos pais dela, não o nosso primeiro beijo. – Eu vou te beijar hoje. – Eu sussurrei para ela e beijei a sua mão. – Podemos ir?
- Sim, podemos. – Ela estava tímida e eu achei uma reação tão cativante que a observei atentamente para guardar aquele momento na memória.
Nós entramos no carro e, enquanto eu dirigia, eu comecei a falar sobre os planos que tinha feito.
- Você gosta de cinema? – Eu perguntei, antes de revelar.
- Eu adoro, mas não vou há muito tempo. – Os olhos dela brilharam.
- Eu escolhi um filme, um romântico, mas é antigo, se você não gostar da idéia nós podemos mudar os planos. – Eu dei uma olhada rápida para ela.
- Eu adoro a idéia! – Ela estava com aquele sorriso aberto no rosto, aquele que me deixava preso nela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
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