Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 268

“Cassandra Nomikos”

Eu já estava há dias sem sair de casa, o Maurice ainda estava foragido e eu estava começando a ficar com medo do que aquele louco poderia fazer. Eu estava nervosa e assustada, coisa que geralmente eu não ficava, mas eu conheci o monstro que o Maurice era.

- Querida, você precisa sair de casa um pouco. – Meu pai me falava mais uma vez.

- Estou com medo, papai. Aqui eu me sinto segura. – Eu respondi e ele balançou a cabeça.

- Mesmo com o segurança, Cassandra? – Meu pai perguntou e eu olhei para ele como se fosse óbvio.

- Papai, o Maurice pode ter uma arma, por melhor que o segurança seja, ele pode me acertar. – Sim eu era oficialmente a mais nova neurótica da cidade.

- Você quer um colete a prova de balas, querida. – Meu pai perguntou, mas eu sabia que ele estava sendo sarcástico, embora eu quisesse responder que sim, um colete seria um bom começo.

- Papai! Você não entende o horror que eu vivi? Quando eu fui até a Abigail e fiz a denúncia eu estava cheia de adrenalina no corpo. Ainda bem que eu já estou divorciada ou nem isso eu conseguiria. – Eu estava implorando e ele passou a mão na minha cabeça.

- Eu entendo, minha filha! Mas eu não vou deixar que você se afunde nesse medo, isso vai te deixar doente. Olha, porque você não fala com a Abigail de novo? Ela te ajudou duas vezes, talvez te ajude uma terceira. – Meu pai sugeriu e talvez fosse uma boa idéia.

- Será que ela me atenderia de novo, papai? Ela parece ser tão ocupada. – Eu olhei para o meu pai um pouco mais animada.

- Vamos até lá e descobrimos. Eu vou com você. Vamos? – Meu pai chamou e eu senti medo de sair, mas eu sentia que falar com a Abigail ajudaria.

- Tá, vamos. Eu vou me arrumar.

Eu dei um passo e parei, olhei para o jeans surrado e a camiseta de malha comum que eu estava usando e depois olhei para o meu pai, eu já estava começando a sentir um tremor, só de pensar em sair. Eu estava de sapatilhas, sem maquiagem e com o cabelo preso em um coque desarrumado, que eu achei melhor soltar. Não estava nem de longe apresentável, mas eu sabia que se tivesse tempo para pensar eu não iria.

- Quer saber, papai, eu vou assim mesmo, vamos depressa antes que eu fique nervosa demais. – Eu peguei a mão do meu pai e o puxei para fora de casa.

Durante o trajeto eu olhava as pessoas na rua pela janela fechada do carro, como se procurasse o rosto daquele homem detestável que foi meu marido. Eu estava tremendo, tentando engolir o bolo que se formou em minha garganta e a cada minuto a minha respiração ficava mais difícil. Somente quando o carro parou dentro do estacionamento da construtora e eu entrei no imóvel eu me senti um pouco menos aterrorizada.

A Abigail apareceu na recepção com um sorriso confiante, tão bonita que era impossível não admirá-la.

- Cassandra! Que bom te ver. – A Abigail se aproximou e me deu um abraço reconfortante. – Sr. Nikos, como vai?

Capítulo 268: O medo 1

Capítulo 268: O medo 2

Capítulo 268: O medo 3

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