Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 220

“Camila Fernandes”

Eu estava cansada, nunca pensei que a vida num convento fosse tão agitada. Pra começar que essas freiras quase não dormem, até vão cedo para a cama, mas acordam com as galinhas, e depois tem tantas tarefas, e ainda tem as orações obrigatórias.

- Noviça Maria Santa! Maria Santa! – Eu estava sendo sacudida pela Irmã Rosa.

A Irmã Rosa havia sido designada para ser minha “irmã formadora”, como disse a Madre, que ainda explicou que a Irmã Rosa auxiliaria na minha adaptação e formação, afinal, todas ali achavam que eu realmente era a Noviça Maria Santa. Maria Santa... que nome era esse que a Madre me deu? Ah, mas nem me importava, as freiras eram boas, mas a Irmã Rosa era tão agitada e era ela quem me acordava todos os dias as quatro da manhã, isso não era vida.

- Por favor, Irmã Rosa, se você me sacudir mais um pouco eu vou ter uma concussão cerebral. – Eu gemi.

- Você é tão engraçada! Acorda, Maria Santa! Já são quatro e dez! – Ela continuava pulando em minha frente. Essa freira era agitada demais para uma freira.

- Pelo amor de deus, ainda é de madrugada. – Eu reclamei.

- É por amor a deus mesmo, Maria Santa! Anda, se levanta, nós temos que ajudar a preparar o café.

A Irmã Rosa, uma mulher com seus quase quarenta anos, baixinha e magrinha, era sempre agitada, otimista, feliz demais as quatro e dez da manhã. Quem poderia ser feliz tendo acordado as quatro e dez da manhã? Eu só queria virar para o canto e dormir, mas aquela praga que eles chamavam de Irmã arrancou os meus cobertores e começou a cantar.

- Vamos, Maria Santa, canta comigo, “segura na mão de deus, seguraaaa na mão de deus, que ela, ela te levantará”... – Ela riu, um risinho contente e de quem se divertia muito. – Você viu, Maria Santa, adaptei a música para você, segura na mão de deus e levanta, menina!

- Irmã Rosa, é melhor pedir pra deus me segurar, porque se ele me levantar eu esgano você! – Eu me sentei na cama, esfregando os olhos e querendo chorar.

O que custava pra essa Madre Superiora me deixar quieta no meu canto? Ela nem notaria que eu estava aqui. Era só deixar as refeições pra mim na porta da cela e eu ficaria trancadinha aqui na minha cela. Aliás, vê bem, cela, eu achava que cela era coisa de cadeia, mas aí vim parar aqui e elas chamam o quarto de cela. Achei estranho, mas quem sou eu pra discutir.

- Maria Santa, se anima vai. Hoje é um dia muito especial! – A Irmã Rosa juntou as mãos sobre o coração.

Capítulo 220: Enquanto isso no convento... 1

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