“Camila Fernandes”
Mas eu vou matar essa fedelha intrometida! Ah, Emiliano você vai se arrepender muito do que está fazendo! Assim que você se casar comigo eu vou cortar as asinhas dessa menina e te colocar na coleira! Mas eu precisava fazer alguma coisa, não poderia continuar perdendo território assim.
Maldito dia em que essa fedelha foi trabalhar na construtora. Eu estava inconformada. Que crise era essa do Emiliano para estar interessado nessa menina? Essa garota abusada, eu ia colocá-la no lugarzinho dela, lá no berçário!
Eu peguei o celular e tentei ligar novamente, mas caiu direto na caixa postal. Ele desligou o celular! Ah, mas isso era demais, era a primeira vez que ele desligava o celular, nesse tempo todo em que estávamos juntos, era a primeira vez! Mas ia ligar para o Martim, porque um sempre sabe do outro. O Martim me atendeu no sexto toque.
- Martim, onde está o Emiliano? – Eu perguntei agitada.
- Não sei. Liga pra ele. – O Martim era um grosso, encerrou a chamada. Mas ele não ia se livrar de mim, então eu liguei de novo.
- Ai, Camila, como você é chata! – O Martim atendeu exibindo todo o seu descontentamento.
- Se eu estou te ligando é porque eu não estou conseguindo falar com o Emiliano. – Eu falei bem devagar para ver se aquela anta entendia.
- Talvez ele não queira falar com você! – O Martim respondeu e eu fiquei ainda mais irritada.
- Martim, só me diz onde está o Emiliano, por favor. – Eu coloquei a mão na testa. Eu já estava cansada, irritada, com raiva. Eu estava a ponto de cometer um homicídio e seria contra aquela ninfeta oferecida da Pilar.
- Quando eu saí do escritório ele estava lá. Satisfeita? – Martim respondeu.
- E a sua irmã? – Eu exigi.
- O quê, está namorando a minha irmã também? – O Martim debochou.
- Não abusa da minha paciência, Martim! – Eu respondi irritada.
- Minha irmã deve estar na faculdade, Camila. Agora, vai atormentar a vida de outro. – O Martim simplesmente desligou de novo e quando eu tentei ligar outra vez caiu na caixa de mensagens.
O que eu podia fazer? Eu andei de um lado para o outro na sala pensando. Talvez o Emiliano estivesse na empresa com aquela fedelha ou talvez eles tenham ido para o apartamento dele. Ah, mas eu não ia ficar parada enquanto aquela ninfeta oferecida agarrava o meu homem não. Eu me troquei e saí às pressas.
Eu fui direto para a construtora, mas estava fechado e o segurança me garantiu que não tinha mais ninguém ali. Então eu fui para o apartamento do Emiliano, ele tinha me tomado as chaves, mas eu ia até lá mesmo assim. E dei com a cara na porta de novo. O porteiro me garantiu que ele não estava em casa, até me mostrou as imagens das câmeras da garagem e o carro do Emiliano realmente não estava lá.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...