“Abigail Zapata Monterrey”
Sabe quando dizem “só acredito vendo”? Pois é, mas tem coisa que “eu vendo não acredito”! Eu estava chocada, eu nunca tinha visto a Magda tratar o Enrico daquela maneira, nunca a vi ficar tão irritada com o pintinho amarelinho, bater nele então, isso foi a novidade das novidades pra mim e a mulher estava transtornada.
- Mamãe, nada, seu ingrato! Eu posso até ser uma golpista, como a Abigail adora dizer, posso ter me casado com o Zapata pelo dinheiro, posso ter feito da vida da Abigail um inferno, mas eu nunca fui uma prostituta de bordel! Eu nunca, Enrico, nunca traí o Zapata! E nunca, Enrico, escuta bem, nunca encostei um dedo em você ou na Abigail! Até agora pelo menos.
- Mamãe! – O Enrico choramingou com a mão no rosto.
- Não, Enrico, escuta bem, eu suporto a sua preguiça, o seu desinteresse pelo trabalho, sustento a sua vidinha de playboy, mas se você acha que porque é meu filho eu vou justificar que você agrida uma mulher, você está muito enganado! Mas eu não vou mesmo!
- Mamãe, mas ela agrediu a minha gatinha primeiro! – O idiota ainda tentava se justificar.
- E você se achou no direito de levantar a mão pra ela? Se você acha que está com a razão, Enrico, então eu falhei como mãe, de nada adiantou eu tirar você de perto do seu pai, porque pelo visto, ser um canalha que agride mulheres está no DNA! – A Magda berrou na cara do filho e agora eu já estava me perguntando se ela já tinha apanhado de homem. E assim como eu o Enrico estava de olhos arregalados.
- O que você disse, mamãe? – Ele olhava para a Magda, confuso, como todos ali naquela sala.
A Magda finalmente soltou a orelha do Enrico e ela fez isso com tanta força que ele quase afundou no sofá. A Magda se virou de costas para todos nós, com a mão na testa, parecia mesmo estar no limite.
- Magda... – Eu chamei, mas ela não se virou.
- Eu já sei, Abigail, vou arrumar as malas. – Ela respirou fundo e se virou de novo para o Enrico. – Sobe agora e faça a sua mala, Enrico, sem dar um pio. E enquanto isso, decida se você vai atrás daquela piranha ou se vai continuar ao meu lado, mas fique sabendo, as coisas vão mudar.
O Enrico se levantou e encarou a mãe, a raiva estava nos olhos dele.
- Sim, Magda, as coisas vão mudar. Eu vou atrás da Letícia, vou cuidar da minha vida, vou me casar com uma mulher que tem dinheiro, mas antes, você vai me explicar direitinho que história é essa de você ter me tirado de perto do meu pai. Um pai que a senhora sempre disse que estava morto. – O Enrico exigiu da mãe.
- Sobe, Enrico, e faz a sua mala. – A Magda o encarou, mas não se deixou intimidar. – Abigail, espero que você não se importe que eu tome um banho antes de ir.
- Não, Magda, não me importo. – Eu respondi e ela saiu em direção a escada.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...