Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 117

“Emiliano Quintana”

A Camila passou pela recepção sem sequer olhar para a Pilar, o que me deixou insatisfeito. E como a Camila estava com o carro dela, eu a segui no meu até o seu apartamento. Não era longe, um trajeto de cerca de quinze minutos apenas, mas que me deu um momento para pensar. A Camila estava se tornando uma complicação constante, arrumando encrenca, brigando com as pessoas que eu considerava família, porque a família do Martim era família pra mim, e ele e a Abi então eram irmãos. Isso tinha que parar.

Eu estacionei em frente ao prédio, logo atrás de um carro preto que fez até eu me lembrar que o Enrico havia alugado um igual, eu vi lá na casa da Abi e do Martim no domingo. Eu até sorri. Momento fora de hora para me lembrar daquele folgado!

Eu entrei e a Camila estava segurando o elevador a minha espera. Nós subimos os quinze andares em silêncio. Eu estava aborrecido e ela estava fazendo pirraça. Mas eu não esperava o que eu vi quando ela abriu a porta.

- Mas o que é isso aqui? – Eu olhei para o casal engalfinhado no sofá sem acreditar que eu estava vendo aquilo mesmo.

A Letícia se assustou com a minha voz e empurrou o Enrico que estava sobre ela e acabou caindo no chão.

- Ai, gatinha! – Ele reclamou antes de se levantar e ao me ver sorriu. – Ah, e aí, Emiliano?

Eu olhei para a Camila ao meu lado, ela estava com a cabeça baixa, apoiada na mão, como se acreditasse menos do que eu no que via.

- Me explica isso, Camila? Porque só tem um jeito da sua prima ter conhecido o Enrico. – Eu olhei furioso para a Camila.

Eu tinha visto a Camila conversar com o Enrico no dia em que jantamos na casa da Abi e do Martim, mas eu pedi a Camila para ficar longe dele e ela me prometeu que ficaria. Mas a cena e o contexto todo era um pesadelo, pois a Letícia e o Enrico juntos não daria boa coisa.

- É... prima... prima, desculpa, é que eu achei que você fosse demorar, mas eu vou lá para o meu quarto. Vem, Enriquinho! – A Letícia logo saiu da sala, seguida pelo Enrico e eu fiquei olhando para a Camila sem entender aquele absurdo.

- Ela vai para o quarto dela? – Eu perguntei. – Pensei que ela morasse com uma tia e que você tinha me jurado que ela não tinha acesso ao seu apartamento.

- Emiliano, ela é minha prima! – A Camila ia começar com o discurso de sempre.

- É, isso eu sei! E você nunca me deixa esquecer! – Eu passei a mão em meu cabelo nervoso.

- Emiliano, ela teve um problema com a tia e me pediu para passar só uns dias, eu não posso negar receber a minha prima. – A Camila sempre tinha uma desculpa.

- É mesmo, Camila? Então me explica outra coisa, eu não te pedi para ficar longe do Enrico? Não te dei todos os motivos pra isso? – Eu a encarei.

- Sim, Emiliano, você pediu, mas ele me ligou e eu fiquei com pena dele, novo na cidade e... – A Camila estava choramingando, mas nem tinha uma desculpa decente para me dar.

- Ah, claro que você ficou com pena! Coitadinho do pobre menino indefeso! Aí o que você fez? Colocou esse sujeitinho dentro da sua casa, Camila? Juntou esse canalha com a louca da sua prima? Você tem idéia do desastre que isso será? – Eu encarava a Camila cheio de raiva e frustração.

- Emiliano, como eu imaginaria que eles iam se entender tão bem?

- Como, Camila? Como? – Eu estava no limite. – Camila, eles nem deveriam ter se cruzado. Quer saber, eu estou me cansando, Camila, me cansando. Comece a rezar para que esses dois não atrapalhem a vida do Martim e da Abigail.

Capítulo 117: Última chance 1

Capítulo 117: Última chance 2

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