Leonard dera de ombros.
—Meu apartamento está sempre disponível para ocasiões como essa.
—Para sua casa então – concordara a morena, pressionando o botão de um chaveiro e desativando o alarme de uma Renegade negra bem próxima deles – Não me parece que podem dirigir, então eu cuido disso.
—A bêbada é ela – provocara Leonard, apontando para Katie.
—Sou mesmo… – sorrira a loira com as bochechas avermelhadas.
—Mas realmente, sempre voltamos de táxi ou com alguma amigo.
Kimberly sorrira concordando com a forma como agiam. Katie ainda a olhava como se a devorasse com os olhos. Aquela noite seria definitivamente perfeita.
Vinte e cinco minutos depois Leon deslizava a porta do apartamento e o trio adentrava o Inferno de Dante. Contra todas as recomendações não ditas em voz alta, Katie seguira direto para a mesa de bebidas do rapaz, colocando pedras de gelo e Gim em um copo.
Leonard avançara até o player e colocara Real Quick Lovin para tocar.
—Eis onde a esperança é deixada lá fora e o pecado não mora ao lado, mas sim dentro de todos que adentram o recinto – dissera Kimberly.
O rapaz voltara o olhar na direção da morena, suspirando.
—Uma distorção das palavras, mas se encaixa no contexto – argumentara.
—Já conhecia o apartamento de Leon? – indagara a loira, bebendo.
—Estive aqui em outra ocasião, posando como modelo para nosso artista.
Fora a vez de Katherine encarar o amigo.
—Hum… uma noite de segredos revelados – cutucara ela.
—Não é um segredo – comentara Leon, seguindo para a mesa de bebidas onde a loira estava – Já retratei inúmeras e inúmeros modelos. Posso dizer com plena sinceridade que Kim é uma das mais belas que já me dera o prazer.
—Encantada – respondera a trans deitando a cabeça para o lado enquanto sorria, aquele sorriso capaz de derrubar homens, mulheres e deuses.
—Meninas, vou deixá-las por cinco minutinhos. Estou com o cheiro do suor no ar do Pink por todo o corpo. Necessito urgentemente de um banho antes que morra – dissera o anfitrião – Sintam-se à vontade. Mi casa es su casa.
Katie avançara na direção de Leonard, ameaçando o beijar.
—Ah, como amo quando fala assim, vejo um homem tão gostoso e sedutor… – dissera apenas o provocando.
Leon se desvencilhara do abraço, seguindo na direção do banheiro.
Agora, naquele distância, Katie realmente entendia o quanto aquela garota era linda. Os cílios negros e longos. Os olhos escuros e brilhantes, a pele lisa e sem nenhuma marca a não ser uma pequena pinta no lado direito acima dos lábios. O cabelo liso e curto caindo em uma pequena franja sobre sua testa.
—Preciso do seu pau – dissera a loira diretamente enquanto afundava a face no pescoço de Kimberly aos beijos ao mesmo tempo que levava a mão esquerda para o meio das pernas da morena, alisando sobre a calcinha – Quero muito a sentir em mim.
—Estou ofendida – respondera a morena, apertando a loira ainda mais em seu abraço, adorando os carinhos que ela fazia – Isso é tudo que vê em mim?
Katherine colara sua face à da moça, seus narizes se tocando, os lábios tão próximos que ambas dividiam o mesmo ar que respiravam.
—Claro que não – sussurrara a loira. Tudo que ela dizia parecia sair apenas em sussurros – Você é muito mais. Estou bêbada, não leve tudo que digo tão ao pé da letra. Procure as palavras em meus olhos.
De fato, a última parte dos argumentos era provocante. Se perder naqueles lindos olhos azuis era algo que Kimberly faria com prazer.
—Bêbada, é? Essa vai ser a sua desculpa para essa noite?
—Claro que não. Não preciso de uma desculpa para essa noite – sussurrara a loira em resposta – Tudo o que faço, sóbria ou… um pouquinho mais alegre – rira ela ao dizer – Sou mulher para assumir prontamente. Mas claramente é uma vantagem. Bêbada sinto muito mais tesão. E te quero muito.
—Quero você todinha – sussurrara a morena, puxando Katherine para mais perto, voltando a beijar o pescoço da loira e a morder sua orelha.
A garota embriagada apenas gemia sem se conter. Uma das coisas boas em assumir para si própria sobre sua sexualidade completamente era o fato de não precisar mais se segurar quando uma oportunidade surgia. Katie aceitava o fato de ser ninfomaníaca por escolha própria. Descobrira aquele fogo e aquele desejo ardente e quase infinito por sexo logo que perdera a virgindade.
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