Contos Eróticos: O Ponto I romance Capítulo 67

—Então, pretende mesmo ir embora? – era uma pergunta retórica, uma vez que a mulata tinha acabado de dizer o que pretendia fazer em breve.

—É necessário. Não posso ficar aqui se quiser ampliar meus conhecimentos. Tenho que explorar novas oportunidades e possibilidades. Me entende?

A loira entendia, embora não aplaudisse a ideia.

—Entendo… vou sentir sua falta o tempo todo.

—Também irei sentir a sua. Mas sempre teremos as férias.

Katherine e Isadora estavam sentadas conversando em uma das mesas do refeitório do Delphine’s. Leonard havia se atrasado, pois tivera de jantar com os pais e a nerd viera de carona com a amiga.

Enquanto tomavam suco e esperavam o amigo chegar, a mulata relevara à loira que tinha tomado uma grande decisão, qual afetaria completamente a vida que levava e seu futuro dentro de alguns meses. A nerd pretendia se mudar para Cambridge, em Massachusetts a fim de estudar em Harvard. O pai mandaria um curriculum dela para a universidade e era claro que seria aceita.

A ninfomaníaca loira arqueara as sobrancelhas, fechando a boca e fazendo um biquinho em formato de coração com os lábios. Então enchera as bochechas de ar imitando crianças quando queriam parecer frustradas com alguma coisa.

—Queria conseguir ficar irritada com você – dissera soltando o ar – Mas sei que é o melhor a ser feito. Se alguém pode se dar bem lá, é você, amor. Admito que mal posso esperar para ver a cara de Leon quando souber que me contou primeiro – sorrira debochada.

—Pretendia contar ao dois, não é minha culpa ele ter ficado ocupado…

—Quem estava ocupado?

As palavras tinham vindo de trás da nerd. Isa já ia repetir o que havia falado para Katie quando o sinal para a primeira aula tocara. Enquanto as garotas se levantavam com os copos de suco descartáveis para os jogar no lixo, o olhar da nerd se cruzara com o de Phoebe, na mesa logo atrás das duas.

A morena de olhos verdes sorrira e acenara para Isadora. Embora fosse uma tiete oficial de Trixie, seguindo a loira para onde ela ia no colégio, Phoebe nunca se mostrara hostil. Isa e a garota já haviam feito pesquisas juntas em sala de aula e a nerd tinha a garota adicionada aos amigos do facebook.

Phoebe estava com Sharon, mas a loira venenosa parecia não ter chegado ainda. Certamente entraria pelo portão no último minuto. Enquanto seguiam para a sala, Isadora pensava se a morena tinha ouvido sua conversa com Katie. Não tinha de manter segredo sobre aquilo, mas se Trixie soubesse de seus planos, em pouco tempo o colégio todo saberia suas ambições.

—Depende do contrato para considerarmos a interoperabilidade do projeto – respondera. Sua voz era suave e macia, naturalmente feminina – Se assinasse um contrato com a Sony para desenvolver um jogo para o Playstation 4, deveria ser um programa com compatibilidade única com o console. Deveria ainda usar diversas chaves de segurança para que não pudesse ser acessado por outros programas a fim de evitar pirataria ou que pudesse rodar em outros sistemas. O oposto deve ser considerado se eu estiver desenvolvendo um jogo online para computadores. Nesse caso, como viso alcançar o máximo de jogadores, preciso programar para que ele funcione no Windows, Linux e Macintosh, além de fazer com que ele funcione em versões mais antigas desses SO’s.

—Ótimo – comentara o professor – É exatamente isso.

Phoebe também erguera uma caneta e o professor apontada o dedo para a morena, permitindo que falasse. Ninguém naquela aula falava sem permissão.

—Na maioria dos casos, jogos para computador costumam ser compatíveis apenas com Windows por causa do alcance do Sistema Operacional, visando o custo benefício. Investir em sistemas com menos usuários gamers como Linux e Macintosh não é viável no mercado capitalista. O uso da interoperabilidade não apenas requer conhecimento do programador, como uma pesquisa abrangente dos usuários finais do produto.

—Exatamente, senhorita Dawn. Só porque sabemos fazer algo, não significa que devemos o fazer. Como disse o senhor David, depende do contrato ou das condições onde queremos aplicar nosso programa. Alguém pode me dizer um programa com interoperabilidade e sucesso?

Fora a vez de Isadora erguer a mão.

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