Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 53

- Este chove não molha entre você e Tony está me dando nos nervos. – falei, enquanto colocava a chave na porta. – Quero ver um beijo, daqueles de cinema.

- E eu então? Quero beijá-lo como no cinema, Babi.

Assim que a porta se abriu, Salma e Daniel se afastaram rapidamente. Ficamos nós quatro nos olhando, confusos.

- Daniel me deu uma carona. – Salma disse, rapidamente.

- Legal! – sorri, já imaginando que aquilo poderia acontecer.

- Hoje nem é dia de foda, baby. – Ben falou, fechando a porta.

- Ben... Não tem nada a ver. Não é o que vocês estão pensando. – Daniel disse.

- Não? – Salma olhou para ele. – Achei que era. – Ela levantou do sofá, ainda com a roupa que havia saído de casa.

Salma saiu, reclamando. Ben deu de ombros, pegou um suco na geladeira e sumiu no corredor.

Fiquei olhando para Daniel.

- Tudo certo? – ele levantou, botando as mãos no bolso e não pude deixar de notar a ereção sob sua calça.

Os olhos dele seguiram os meus:

- Me... Desculpe. – Colocou a almofada no sofá na frente.

- Tudo bem, somos adultos, Daniel.

- Onde você estava? – perguntou.

- Fui ao Hazard.

- Ficou lá até esta hora? Não costuma fechar tão tarde.

- Realmente fechou... Mas eu, Ben, Tony e Sebastian ficamos depois.

- Sebastian?

- Sim.

- O que você quer, Babi?

Arqueei a sobrancelha:

- Do que exatamente você está falando, Daniel?

- Que... Eu sou pobre para você, é isso? Por este motivo me ignora.

- Cara, você está de pau duro por causa da minha amiga e vem me cobrar alguma coisa? Eu nunca disse que queria algo com você. – Alterei a voz. – Sebastian é meu amigo.

- Seus amiguinhos precisam de posição social, não é mesmo?

- Eu bebi e você que ficou bêbado? É isso?

Fui até a porta e abri-a completamente:

- Fora da minha casa.

Ele ficou me olhando, surpreso.

- Sujeitos como você não pisam aqui... E não tem possibilidade de fazerem parte da minha vida. Nem da vida dos meus amigos.

Ele largou a almofada e foi andando, enquanto em encarava, confuso. Assim que chegou do lado de fora, disse:

- Eu gosto de você, Babi.

- Daniel, eu já disse que não gosto de você da maneira como quer. O que acha que vai ganhar se envolvendo com a minha amiga? Se fizer ela sofrer, eu nunca mais vou olhar na sua cara, entendeu?

- Salma fica com todo mundo.

- Ela nunca trouxe alguém para dentro de casa. Então você significa algo pra ela.

- Estou. – Ela se cobriu até a cabeça. – Já vai amanhecer. Estou cansada e quero dormir. Bom dia.

- Bom dia...

Fechei a porta e fui para o banheiro. Tirei a roupa e esperei o chuveiro esquentar bem, virando uma sauna. Então entrei.

Estava lavando meus cabelos quando Ben entrou.

- Não se tem mais privacidade neste lugar?

- Estou fazendo xixi na calça, amiga.

Ele tirou a roupa e sentou no vaso. Comecei a gargalhar.

- Ei, qual a graça?

- Imaginei... Heitor Casanova... Fazendo xixi sentado.

- Jura? – ele levantou do vaso e me encarou no box. – Não acha que está dispensando tempo demais para ele?

- Eu... Foi só uma lembrança... Engraçada.

- Engraçado é você cheia de chupões, dando em cima de um CEO e começando a gostar de outro.

Peguei meu dedo indicador e escrevi letra por letra no vidro embaçado: “V-á-s-e-f-o-d-e-r”

- É tudo que quero, linda. – Ele disse, piscando um olho e fechando a porta enquanto saía.

Acordei oito horas da manhã com o celular tocando. Não conhecia o número.

- Alô... – falei com voz sonolenta. Nem sei se dormi duas horas.

- Gostaria de falar com Bárbara Novaes. – disse a voz feminina do outro lado da linha.

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