Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 48

- Eu? Mais uma vez meu cofrinho em seu benefício? Aproveitadora...

- Por que não dança na caixa de vidro? – Daniel me olhou seriamente.

- Eu? Eu...

“Babi, veeeeem”, Ben gritou do quarto.

Dei um beijo no rosto dele e disse:

- Preciso ir. Ben está querendo me contar da noite dele. E...

- Tudo bem. Boa noite, Babi.

- Salma, pode pagá-lo, por favor?

- Claro... Aproveitadora de amigas.

- Não vou aceitar, Salma, de jeito algum.

Saí dali e voltei para o quarto, ouvindo a discussão dos dois. Claro que foi planejado, embora eu realmente não tivesse dinheiro. Mas venderia o casaco do CEO e pagaria cada centavo para ela. A corrida dele, o aluguel. Enfim, tinha que ver quanto valia um blazer de marca no mercado negro.

- Vai contar para Salma? – Ben perguntou. – Afinal, é o chefe dela.

- Não sei nem se ela já falou com ele, na real.

- Claro que deve ter falado. É o dono da Babilônia.

Salma abriu a porta e colocou só a cabeça para dentro do quarto:

- Vou dormir.

- Está tudo bem? – perguntei.

- Sim... Eu estava sem sono porque não tinha nada para fazer e vocês não estavam aqui. Mas agora o sono bateu forte. É da gravidez.

- Quando vai ser a ecografia? Estou vendo uma barriguinha aí... – Ben disse.

- Vou fazer o exame de sangue de sexagem fetal.

- Existe isso? – perguntei.

- Sim. Então saberemos enfim o que nosso bebezinho será.

- Quando? – Ben perguntou, ansioso.

- Esta semana, talvez amanhã. Prometo abrir aqui, junto de vocês.

- Boa noite. Amo você, amiga. – falei, jogando um beijo para ela.

- Amo vocês. – Ela disse, fechando a porta.

Ben tirou a blusa e a calça e deitou, cobrindo-se.

- Vai dormir nu comigo? – arqueei a sobrancelha.

- Claro, linda. Ouvindo sua noite de amor com Heitor Casanova. Alias, posso começar a chamá-lo de Thor?

- Claro que não, seu idiota. E não foi uma noite de amor. Antes de mim, conte a sua história com Tony ou eu vou morrer de ansiedade. Aliás, nem tomei meus remédios hoje.

- Ai, eu vou ficar com medo assim. Devo desistir de dormir com você?

Deitei ao lado dele, que cheirou meu pescoço.

- Não tomei banho... – expliquei.

- Está com o cheiro dele, Babi.

- Jura? Deve ser do casaco do desclassificado.

- Desclassificado?

- Não quero falar de Casanova.

- Então vamos falar de Tony, Babi.

- Como foi? Enfim, rolou?

- Amiga, é visível que Heitor Casanova vai vir atrás de você... Terminar o que vocês começaram. Nem que seja por orgulho... Provar o que acha que não pode ter. A questão é que você é Babi... E ele vai se apaixonar.

Comecei a rir:

- Ben, você é hilário.

- A minha melhor amiga é diferente de todas as mulheres que ele já teve. Então já prevejo... Sexo louco e perfeito, paixão, amor... E sofrimento também. Riu.

- Não acha que eu já sofri o bastante? Ou oito anos não é suficiente?

- Ah, Babi... Eu penso em dizer: se joga... Ele é lindo e perfeito e você merece este homem rico e dono de meio mundo. Mas ao mesmo tempo minha mente diz: Amiga, não se envolve. Foge... É furada. Não tenho colheres suficientes para juntá-la.

- Estou segura. Não gosto de Casanova. Foi só um momento de claustrofobia no elevador. Fui levada pelo carinho na minha tatuagem... Que ele desdenhou e ao mesmo tempo parece que viveu para tocá-la. – Senti um arrepio percorrendo minha espinha ao lembrar do momento.

- Babi, Tony tem medo. Ele pediu um tempo... Quer resolver a situação com a namorada antes. Então... Vamos fingir ser amigos e só isso.

- Não vejo nada diferente do que já aconteceu até agora.

- Eu gosto dele, porra.

- E gostava dos outros, Ben. Não pode aceitar isso.

- A gente nem se tocou, Babi.

- E vão esperar até ele acabar o relacionamento atual? Não quero que você sofra. E sabe disso.

- Eu vou continuar, Babi. Se quebrar a cara, não terá sido diferente do que já aconteceu 573 vezes. – Riu.

- Amo você, Ben. – falei.

Ele me abraçou e virei para o lado oposto.

- Não imaginei dormir de conchinha com você depois de ter passado tanto tempo com Tony, Babi. – Ele riu.

- E eu nunca dormi de conchinha com alguém a não ser com você... Mesmo tendo estado na cama com Jardel por tantos anos. Às vezes me pergunto como fui capaz de me iludir tanto... E aceitar tão pouco.

- Quem nunca, amiga? Não somos os primeiros, nem seremos os últimos. O amor é assim... A gente mira e nem sempre acerta o tiro.

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