- Eu? Mais uma vez meu cofrinho em seu benefício? Aproveitadora...
- Por que não dança na caixa de vidro? – Daniel me olhou seriamente.
- Eu? Eu...
“Babi, veeeeem”, Ben gritou do quarto.
Dei um beijo no rosto dele e disse:
- Preciso ir. Ben está querendo me contar da noite dele. E...
- Tudo bem. Boa noite, Babi.
- Salma, pode pagá-lo, por favor?
- Claro... Aproveitadora de amigas.
- Não vou aceitar, Salma, de jeito algum.
Saí dali e voltei para o quarto, ouvindo a discussão dos dois. Claro que foi planejado, embora eu realmente não tivesse dinheiro. Mas venderia o casaco do CEO e pagaria cada centavo para ela. A corrida dele, o aluguel. Enfim, tinha que ver quanto valia um blazer de marca no mercado negro.
- Vai contar para Salma? – Ben perguntou. – Afinal, é o chefe dela.
- Não sei nem se ela já falou com ele, na real.
- Claro que deve ter falado. É o dono da Babilônia.
Salma abriu a porta e colocou só a cabeça para dentro do quarto:
- Vou dormir.
- Está tudo bem? – perguntei.
- Sim... Eu estava sem sono porque não tinha nada para fazer e vocês não estavam aqui. Mas agora o sono bateu forte. É da gravidez.
- Quando vai ser a ecografia? Estou vendo uma barriguinha aí... – Ben disse.
- Vou fazer o exame de sangue de sexagem fetal.
- Existe isso? – perguntei.
- Sim. Então saberemos enfim o que nosso bebezinho será.
- Quando? – Ben perguntou, ansioso.
- Esta semana, talvez amanhã. Prometo abrir aqui, junto de vocês.
- Boa noite. Amo você, amiga. – falei, jogando um beijo para ela.
- Amo vocês. – Ela disse, fechando a porta.
Ben tirou a blusa e a calça e deitou, cobrindo-se.
- Vai dormir nu comigo? – arqueei a sobrancelha.
- Claro, linda. Ouvindo sua noite de amor com Heitor Casanova. Alias, posso começar a chamá-lo de Thor?
- Claro que não, seu idiota. E não foi uma noite de amor. Antes de mim, conte a sua história com Tony ou eu vou morrer de ansiedade. Aliás, nem tomei meus remédios hoje.
- Ai, eu vou ficar com medo assim. Devo desistir de dormir com você?
Deitei ao lado dele, que cheirou meu pescoço.
- Não tomei banho... – expliquei.
- Está com o cheiro dele, Babi.
- Jura? Deve ser do casaco do desclassificado.
- Desclassificado?
- Não quero falar de Casanova.
- Então vamos falar de Tony, Babi.
- Como foi? Enfim, rolou?
- Amiga, é visível que Heitor Casanova vai vir atrás de você... Terminar o que vocês começaram. Nem que seja por orgulho... Provar o que acha que não pode ter. A questão é que você é Babi... E ele vai se apaixonar.
Comecei a rir:
- Ben, você é hilário.
- A minha melhor amiga é diferente de todas as mulheres que ele já teve. Então já prevejo... Sexo louco e perfeito, paixão, amor... E sofrimento também. Riu.
- Não acha que eu já sofri o bastante? Ou oito anos não é suficiente?
- Ah, Babi... Eu penso em dizer: se joga... Ele é lindo e perfeito e você merece este homem rico e dono de meio mundo. Mas ao mesmo tempo minha mente diz: Amiga, não se envolve. Foge... É furada. Não tenho colheres suficientes para juntá-la.
- Estou segura. Não gosto de Casanova. Foi só um momento de claustrofobia no elevador. Fui levada pelo carinho na minha tatuagem... Que ele desdenhou e ao mesmo tempo parece que viveu para tocá-la. – Senti um arrepio percorrendo minha espinha ao lembrar do momento.
- Babi, Tony tem medo. Ele pediu um tempo... Quer resolver a situação com a namorada antes. Então... Vamos fingir ser amigos e só isso.
- Não vejo nada diferente do que já aconteceu até agora.
- Eu gosto dele, porra.
- E gostava dos outros, Ben. Não pode aceitar isso.
- A gente nem se tocou, Babi.
- E vão esperar até ele acabar o relacionamento atual? Não quero que você sofra. E sabe disso.
- Eu vou continuar, Babi. Se quebrar a cara, não terá sido diferente do que já aconteceu 573 vezes. – Riu.
- Amo você, Ben. – falei.
Ele me abraçou e virei para o lado oposto.
- Não imaginei dormir de conchinha com você depois de ter passado tanto tempo com Tony, Babi. – Ele riu.
- E eu nunca dormi de conchinha com alguém a não ser com você... Mesmo tendo estado na cama com Jardel por tantos anos. Às vezes me pergunto como fui capaz de me iludir tanto... E aceitar tão pouco.
- Quem nunca, amiga? Não somos os primeiros, nem seremos os últimos. O amor é assim... A gente mira e nem sempre acerta o tiro.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Decidi terminar de ler o livro.....
Decidi terminar o livro.......
Estava amando este livro envolvente,cativante que realmente prende atenção do leitor por ser bem escrito,mais infelizmente desisti de ler "dropei" quando Daniel começou a chantagear a Barbará,to indignada!...
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...