- Querida, esta é Bárbara Novaes. – disse Allan Casanova, enquanto a mulher se posicionava ao lado dele. – Ela encontrou minha carteira e veio entregar.
- Boa noite, Bárbara. Sou Celine Casanova. – Apresentou-se, me entregando a mão como se fosse para eu beijar.
Segurei a ponta dos dedos dela e levei para cima e para baixo, incerta se era assim que se cumprimentava uma mulher rica.
Ele ficou observando minha mão movendo a dela e quando soltei, olhou para os próprios dedos, parecendo ficar com nojo. Meu Deus, como ela era diferente do marido. Mas certamente agora eu sabia de onde Heitor Casanova tinha herdado o jeito esnobe de ser. Mamãe Casanova não fazia questão de ser simpática.
- Ela disse isso? – Heitor riu, sarcasticamente. – E você acreditou nela, pai? – ele me olhou.
- Não estou entendendo... – olhei diretamente nos olhos dele.
- Pai, certamente esta mulher roubou a sua carteira.
- Eu não acredito que está me acusando. Está querendo o que? Me botar na cadeia de novo?
- Como assim “botá-la na cadeia de novo”? – Allan encarou o filho e depois a mim.
- Lembra a louca que falei que riscou meu carro? Foi ela.
- Explicou o que você disse antes para mim? – olhei para o Casanova pai. – Seu filho é um esnobe, metido, tarado, safado, miserável e desprezível.
- Como ousa falar isso de Heitor na nossa casa? – Celine defendeu o filho imediatamente.
- Eu... Não quero confusão. – Levantei as mãos, em sinal de paz. – Só vim devolver a carteira do senhor. – Olhei diretamente para Allan.
- Não duvido que só tenha vindo mesmo trazer a carteira, Bárbara. Mas confesso que fiquei muito curioso para saber o que realmente houve entre você e meu filho.
Olhei para Heitor, que ficou esperando minha resposta. Eu poderia dar mil explicações. Mas preferi a verdade:
- Me senti ofendida pela forma como ele me tratou na entrevista na North B. no sábado e risquei o Maserati. – Abaixei os olhos. – Ele me mandou para delegacia. Então eu paguei o prejuízo com algumas joias que eu tinha. Achei que era o suficiente. Mas não... Ele pichou a fachada do meu prédio.
- Eu? Eu não fiz isso. – Ele se defendeu.
- Certamente não fez mesmo. Mas mandou fazer.
- Querido... Você... Fez isso? – a mulher agarrada a ele estreitou os olhos, encarando-o, confusa.
- O que exatamente foi pichado da fachada, Bárbara? – Allan perguntou.
- “Louca Desclassificada”.
- Alguém além de mim deve achar você uma “louca desclassificada” e decidiu que todo mundo deveria saber. – Ele se justificou. – Mas não fui eu, senhorita Novaes. – Mentiu descaradamente.
- Heitor não faria isso. – A namorada dele garantiu, me olhando.
- Vamos parar com este assunto um tanto quanto... Ridículo. – disse Celine. – Obrigada pela carteira, Bárbara. E está liberada. Saia pela porta dos empregados, por favor.
Olhei para ela, perplexa. Eu havia entregue a carteira com todos os cartões do homem e ela me mandava sair pela porta dos fundos? E eu era louca de arrumar mais confusão ainda com os Casanova? Não.
Virei as costas quando Allan Casanova disse:
- Bárbara, não vá. Fique para apreciar a festa. Você é minha convidada.
Parei e fiquei um tempo tentando absorver as palavras dele. Então virei-me novamente e disse:
- Não, obrigada, senhor Casanova.
- Allan, por favor. – ele pediu.
- Pai... Eu... Acho que deve recompensar a senhorita Novaes pelo nobre gesto. – Heitor disse.
Olhei-o, certa de que estava com medo de eu contar que outra mulher estava com ele na Babilônia. Logo a namorada e a mãe dele se juntaram a nós novamente, fechando a porta de vidro detrás delas.
- Heitor, o que deu em você? Vai descer ao nível dela agora? Não sabe o seu lugar? Você é um Casanova e deve se portar como tal. – A mãe dele estava furiosa e percebi os olhos de raiva e desdém que me encararam.
- Eu não quero confusão. Desculpem qualquer coisa. Preciso ir.
- Bárbara, venha comigo, por favor. – pediu Allan.
- Preciso ir... – continuei tentando ir embora dali.
Se um Casanova era ruim de enfrentar, imagine uma manada. Não... Eu não tinha psicológico para aquilo.
E nem explicações plausíveis. Odiei Heitor Casanova e a forma como ele se portou e me tratou desde o momento que o vi pela primeira vez. E isso nunca mudaria.
- Faço questão, Bárbara. – Allan insistiu.
Fiquei incerta. Meu coração dizia que eu deveria ir. Gostei de Allan Casanova desde o primeiro momento que o vi. Mas minha mente dizia para eu ir embora de vez, porque meu sentimento pelo filho dele era exatamente o oposto.
- Se for rápido, eu fico. – falei, decidida, olhando provocantemente para Heitor.
- Garanto que não tomarei muito do seu tempo.
- Acabe logo com isso, querido! – Celine saiu, me encarando de forma que me amedrontou um pouco. – Preciso voltar para festa.
A outra garota saiu e eu estava seguindo atrás de Allan quando Heitor novamente pegou meu braço.
Olhei para os dedos quentes dele, tocando minha pele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Decidi terminar de ler o livro.....
Decidi terminar o livro.......
Estava amando este livro envolvente,cativante que realmente prende atenção do leitor por ser bem escrito,mais infelizmente desisti de ler "dropei" quando Daniel começou a chantagear a Barbará,to indignada!...
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...