Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 26

- Você já me ajuda tanto... Sendo Mandy Novaes, minha avó que tanto amo.

Ela levantou e me abraçou, mesmo à mesa.

- Amo você, Babi.

- E não estou falando isso porque você fez macarrão para mim. – Comecei a rir.

- Macarrão e pizza... É só isso que você come, menina. Carboidrato em cima de carboidrato. Vai ficar doente.

- Vou nada...

Ela saiu e voltou com um pacote, me entregando.

- O que é?

- Abra.

- Vó...

- Um presente. Não vai rejeitar, não é mesmo? Ficarei extremamente ofendida se fizer isso.

Retirei da sacola a caixa, rasguei a embalagem e abri. Era um celular de última geração.

Olhei para minha avó, sem saber o que dizer.

- Diga só obrigada. – Ela sorriu. – Sei que conseguir um emprego sem ter no mínimo um celular é bem difícil. Além do mais, não quero ter que incomodar Ben ou Salma cada vez que tiver que falar com você.

- Obrigada, vó. – falei, levantando da cadeira e abraçando-a.

Eu poderia negar, mas viver sem celular era simplesmente a pior coisa do mundo.

- Eu sei que Bon Jovi vai estar em Noriah Norte. – Ela disse, como quem não quer nada.

Bem que ela poderia me oferecer um ingresso. Confesso que aceitaria de bom grado, sem fazer drama.

No entanto, ela disse:

- Que loucura os preços dos ingressos. Pesquisei, pensando em lhe fazer um agrado. Mas não teria coragem de pagar o que querem para ver um homem gritando num microfone por uma hora. É quase o preço de um bezerro.

- Sim... Um bezerro. – Arqueei a sobrancelha, confusa com a comparação dela.

Ok, o ingresso do Bon Jovi não ia rolar. Vó, posso trocar meu celular por um ingresso? Não, eu não teria coragem de falar aquilo.

- Além do mais, lembrei que você não é mais aquela adolescente louca pelo homem do pôster da parede. – Ela sorriu. – Já tem 27 anos...

- Sim... – sorri, fingindo concordar.

Vó, é o Bon Jovi. Eu vou amar ele quando eu tiver 60 anos da mesma forma de quando eu tinha 15. Sabe que pensei em vender meu rim por um ingresso? O que acha disso, vó? Ah, sei... Acha que eu cresci. Sim, mas quando se trata deste homem aí, que você comparou com o bezerro, eu continuo adolescente.

Passei um final de semana agradável com Mandy. Ela era tranquila e passava sua serenidade para mim, que estava sempre a mil por hora. Então sair do tumulto da capital de Noriah Norte e ir para o interior me trazia uma certa paz que eu não conseguia explicar muito bem.

Na tarde de domingo, eu estava sentada na rede da varanda, quando ela veio com uma caixa.

- O que é isso? – perguntei, curiosa, vendo o caixote antigo, em madeira nobre.

Mandy sorriu, com a mente tão longe quanto a distância que nos separava.

- Faça o que achar melhor, Babi. Mas saiba que tem muito dinheiro aí... Só não use nada disso para ir ao Hazard. – Ela me preveniu.

- Não se preocupe. Deixarei bem guardado. Prometo. E quanto eu sentir saudades, daquelas que não consigo controlar, vou olhar para cada peça... E imaginá-la usando.

Cheguei no apartamento já passava das 23 horas do domingo. Assim que abri a porta e liguei a luz, Salma e Ben estavam no sofá.

- O que estão fazendo aí... No escuro? – perguntei, confusa.

Eles estavam com cara de sono.

- Dormimos, Ben? – Salma perguntou, esfregando os olhos.

- Acho que sim, cherry. – Ben levantou e ela fez o mesmo.

- Temos uma surpresa para você. – Salma botou as mãos para trás.

Enruguei a testa:

- Domingo de muitas surpresas. – falei, até me sentindo como uma pessoa normal.

Vai que Deus percebeu que o fardo era muito pesado para eu carregar e tirou aquela nuvem chata que não me deixava em paz.

Eles me entregaram um envelope. Abri, sentindo meus dedos tremerem, imaginando o que seria, para eles me esperarem até aquela hora.

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