- Eu entendo, Nic. Não precisa se desculpar. Eu faria a mesma coisa se fosse o meu filho. Hoje entendo o amor materno como algo inexplicável.
- Eu sei do que está falando, Bárbara.
- Pode me chamar de Babi. Eu gosto que só ele me chame de Bárbara. – Sorri.
- Ok – ela riu – Sem rodeios, não é mesmo? Gosto disso.
- Então, se quer ajudar, é o seguinte: de água são 75 ml, por 30 segundos no micro-ondas. Duas colheres do leite. Ela não toma até o fim. Deixa sempre uma provinha para o anjo protetor dela, creio eu. Então, não insista. Ela precisa arrotar... Eu acho que isso é uma superstição, mas se não a levantar depois da mamada, ela vomita um pouco.
- Não, não é superstição. – Nicolete enrugou a testa.
- Não?
- Não.
- Eu achei que era. Enfim, você prepara o leite enquanto eu observo se você consegue fazer.
Ela gargalhou:
- Babi, eu sei fazer mamadeira. Não se preocupe.
Embora ela tenha dito aquilo, acompanhei-a até a cozinha e a vi preparando o leite e depois dando para Maria Lua. Ok, ela tinha jeito. No final, o bico emborrachado foi empurrado com a ponta da língua pequenina, sendo recusado. Sorri, orgulhosa da minha sabedoria com relação à minha filha:
- Eu disse.
Peguei-a dos braços de Nicolete e disse:
- Vamos conhecer o quarto de Maria Lua?
Subimos as escadas e ela me encaminhou até a última porta do corredor, próxima da porta de vidro que dava para o local da piscina.
- Aqui não é perigoso? – Perguntei.
- Por hora, não. Mas vamos ter que fazer algumas adaptações, para segurança da bebê.
Ela abriu a porta, mostrando-me o enorme quarto, com o sol batendo de frente, iluminando naturalmente, a visão da cidade do alto era magnífica.
- Isso é... Perfeito. – Abri a cortina, vendo tudo dali.
- Certamente Heitor já deve ter chamado uma decoradora para providenciar a mudança do quarto. Quer participar da escolha dos detalhes ou posso fazer isso?
- Eu... – olhei para ela, os olhos brilhando de tanta empolgação – Acho que podemos fazer isso juntas. O que acha?
- Eu acho perfeito! – Ela concordou.
A cama de casal não me agradou:
- Acha que conseguimos um berço em breve?
- Claro, ainda hoje. Por aqui tudo é muito rápido... Mais do que você possa imaginar.
- Imagino sim.
Continuei com Maria Lua no colo e ela abriu outra porta:
- Que acha de seu amigo ficar com este quarto?
Era um outro dormitório gigantesco de casal, quase de frente ao quarto de Maria Lua. Porra, Ben ficaria enlouquecido com o ambiente.
- Sim, acho que ele não irá se opor a este quarto. – Tentei fingir não estar completamente maravilhada.
Antes de sairmos, ela disse:
- Acho que você deveria dormir num quarto de hóspedes também.
- Eu? Mas achei que...
Fiquei um pouco decepcionada. Achei que Heitor quereria que eu dormisse no quarto dele. Creio que a insatisfação no meu semblante foi tão clara que ela disse:
- Não foi ideia de Thor. É minha. Se dormir com ele todos os dias, por que ele quereria casar com você?
- Por que... Me ama? – Perguntei, apreensiva.
Ela sorriu:
- Eu... Acho que não.
- Eu sei tudo que você passou, Babi. Mas dias de paz estão chegando para vocês duas. Thor é um bom garoto, ou melhor, um bom homem, como você mesma me corrigiu naquele dia. Ele é especial e você deve saber disto.
- Sim, eu sei.
Ela mostrou o quarto que seria o meu, de frente para o de Heitor. Uma suíte enorme, como as outras. Ao mesmo tempo que eu estava feliz por estar ali, sob a proteção de Heitor, mudar de casa não era fácil.
Meu apartamento era no quarto andar, pequeno, não tinha elevador, mas eu amava aquele lugar e ele me trazia lembranças tão boas.
Mas talvez fosse hora de criar novas lembranças.
Eu descobri que Nicolete contrataria uma cozinheira especialmente para preparar as refeições minhas e de Maria Lua. Heitor raramente comia em casa e Nic se virava com pedidos de comida à domicílio ou indo à restaurantes.
Saber que haveria alguém ali especialmente para cuidar das refeições da minha pequena deixou-me muito feliz.
Nicolete pediu comida e preparou a mesa, na sala de jantar. Estávamos almoçando quando o interfone tocou. Ela foi até a porta e voltou, avisando:
- Eu acho que temos visitas. É Milena... E está acompanhada.
Senti meu coração bater mais forte. Corri até a porta e vi na tela Milena e Sebastian.
- É meu irmão. – Falei, afoita.
Heitor levantou e veio na minha direção. Ficamos nós três nos olhando. Eu sabia da relação péssima que havia entre os dois. E agora Sebastian estava batendo à porta de Heitor. E era por mim.
Heitor me encarou e disse para Nicolete, sem olhar na direção dela:
- Mande-os entrar, Nic.
Sorri e dei alguns pulinhos de alegria. Fiquei esperando na porta, com o coração apertado, ansiosa.
Senti os braços de Heitor me envolverem e seu corpo encostar atrás do meu:
- Só pra deixar claro que você é só minha. – Ele disse no meu ouvido, baixinho, fazendo eu me arrepiar.
- Está com ciúme do meu irmão, desclassificado? – Virei na direção dele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Decidi terminar de ler o livro.....
Decidi terminar o livro.......
Estava amando este livro envolvente,cativante que realmente prende atenção do leitor por ser bem escrito,mais infelizmente desisti de ler "dropei" quando Daniel começou a chantagear a Barbará,to indignada!...
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...