Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 210

Assim que entramos pela porta principal do Hospital, não precisamos sequer nos dirigirmos a recepção para sabermos sobre Allan. O segurança encaminhou o senhor Casanova, que parecia ser conhecido em todos os lugares que pisava os pés, diretamente para a recepcionista, que nos guiou até o elevador, que nos levaria até o segundo andar, onde o pai dele estava.

Assim que entramos no elevador, junto da recepcionista, Heitor pegou minha mão. Entrelacei meus dedos aos dele e não pude evitar de ficar olhando aquilo.

- Tudo certo? – Ele levantou meu queixo com a mão livre, fazendo-me encará-lo.

Respirei fundo:

- Sim... Só não quero acordar. E não quero que você esqueça... Nada.

- Eu já disse que não vou. Estou bem. Pode fazer qualquer pergunta, desde a parte depois dos analgésicos – sorriu – Antes disso só lembro de uma louca ameaçando jogar pessoas do alto da cobertura do prédio.

- Jura? Por que será que fiz isso, não é mesmo? Eu sou muito boazinha com você e sabe disso. Deveria ter virado as costas e ido embora.

Ele abaixou a cabeça e falou no meu ouvido, com a voz baixa:

- Tão boazinha que não me deixa funcionar com outras mulheres. Isso é feitiçaria?

Sorri, enquanto colocava meus cabelos para o lado, repousando-os sobre o ombro, posicionando o pescoço levemente para frente, deixando à mostra minha tatuagem:

- Sinto muito, mas o problema neste caso é você, caro CEO, e não eu.

A porta do elevador se abriu e Heitor apertou minha mão com força. A recepcionista saiu e virou na nossa direção, ainda imóveis ao fundo do elevador:

- O seu pai está neste andar, senhor Casanova. – Ela explicou gentilmente.

- Por que neste? Não poderia ser num andar mais alto? – ele olhou para o teto do elevador – Não tinha reparado câmeras nos elevadores daqui.

- Sim, sempre tivemos – ela pareceu orgulhosa e satisfeita. – Por isso somos referência de saúde e segurança em Noriah Norte. Em todos os sentidos, como o senhor mesmo percebeu.

Heitor saiu, levando-me pela mão:

- Vou mandar retirar todas.

Ela arqueou a sobrancelha, enquanto andava pelo corredor branco brilhante, do piso ao teto, com portas da mesma cor.

Até imaginei ter chegado ao céu, no paraíso, por assim dizer. Tudo branco e um anjo esperando por trás de cada porta, para dar boas-vindas. Bem, eu esperava que o céu fosse assim... Tão claro que chegava a arder os olhos. Olhei para o lado: “Porra, cheguei ao céu de mãos dadas com o próprio diabo em pessoa. O homem que exalava desejo pelo olhar, que me derretia com um meio sorriso, que acabava com minha sanidade quando falava ao meu ouvido e que quando me tocava com sua língua fazia-me ir ao inferno e voltar mil vezes.”

Paramos em frente a uma porta que tinha o nome Allan Casanova escrito numa placa branca, em papel plastificado, colado.

- Fiquem à vontade. – Ela sorriu e saiu, despedindo-se.

- Tem certeza de que devo entrar junto? – Perguntei.

- Absoluta. Mas antes de entrar, tenho uma coisa importante a fazer, ou posso parar numa cama ao lado do meu pai, no mesmo quarto de hospital.

Levantei os olhos em direção a ele, preocupada:

- O quê?

Heitor me virou de costas para ele, retirando os poucos fios de cabelos que ainda restavam entre minha nuca e pescoço e desceu os lábios até a tatuagem do meu ídolo, Bon Jovi.

Senti minha pele arrepiar-se ao toque dele, ao mesmo tempo que a calcinha que eu não usava umedecia. Não sei exatamente a paranoia que ele tinha com a tatuagem, mas sabia que ficava completamente louca quando ele me tocava naquela região, parecendo reforçar o desenho tingido na própria pele com a língua.

Fechei meus olhos e fiquei a imaginar se tinha alguém passando por ali, observando aquela cena louca, intensa e quente em frente à porta de um quarto de hospital.

Caralho, que relacionamento estranho pai e filho. Teria Heitor ciúme do pai? Talvez, afinal, Casavelha pegou meio mundo no passado, incluindo minha mãe.

- “Sua mulher”? – Allan nos olhou, confuso – Estão juntos, finalmente?

- Acho... Que sim. – Respondi, olhando para Heitor, que parecia não se importar em assumir nosso compromisso perante a família.

- Sim. – Ele confirmou.

Olhei imediatamente para Celine, que me encarava, sem desviar o olhar, tampouco tentando disfarçar.

- Que boa notícia! – Allan pareceu feliz com a confirmação.

- Mal saiu de um relacionamento e já está em outro? – Celine questionou – O que minha filha significou para você, Heitor? – Cobrou.

- O meu relacionamento com Milena acabou faz tempo, Celine. E você sabe muito bem como começou. Estou com Bárbara porque quero e não por obrigação.

Não consegui evitar um sorriso sarcástico no canto dos lábios.

- Isso quer dizer que Milena sempre foi uma “obrigação” para você?

- Uma obrigação para mim, ou para ela mesma... Pouco importa. Mas caso tenha qualquer dúvida, eu não vou assumir um compromisso com Cindy. Não fiz isso quando estava com sua filha... Agora muito menos. Então, por favor, evite falar coisas das quais não tem conhecimento para Bárbara.

- O que tem acontecido com vocês dois? – Allan levantou a mão, em forma de protesto. – Encerrou. Estamos num hospital.

- Deveria lembrar isso ao seu filho e sua namorada, querido. Levando-se em conta a forma como pararam aqui dentro do quarto.

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