― Primeiro, devemos enxugar suas lágrimas ― Declan disse, enquanto pegava um lenço feito de seda e entregava a ela. ― Ajudar você é meu trabalho, querida. Não só pela promessa que fiz a meu amigo, mas porque você merece isso. Eu devo cuidar de você, enquanto Kyran não estiver por perto para fazer isso. Além disso, nada do que aconteceu é sua culpa. Então não se culpe, promete? ―
Declan continuou hesitante, franzindo a testa:
― Embora eu tenha que avisá-la de que os mais abutres da mídia provavelmente vão estar em cima de você, nesses dois dias. Eles farão o possível para extrair o máximo de notícias que puderem, antes que consigamos tirar completamente as notícias do ar, para que possam espremer o máximo de dinheiro possível e alimentar vidas miseráveis. Fique dentro do quarto, sempre que possível. Por favor, não saia do seu andar.
Deirdre assentiu com a cabeça, que, cada vez mais pesada, parecia ameaçar cair a cada aceno. Ela estava prestes a chegar ao final do corredor quando ouviu uma grande comoção:
― Este hospital está protegendo uma assassina! Brendan Brighthall salvou uma assassina da prisão! Ele deveria se explicar! ―
― Queremos que Charlene McKinney fique diante de nós e fale conosco! Essa é a única maneira de chegar à verdade! ―
― Exatamente! Como o CEO de uma empresa tão grande quanto o Grupo Brighthall pode passar por cima da lei e pagar propina, só porque a quer? Como é essa justiça para as vítimas!? ―
Uma debandada de repórteres tentava invadir o 11º andar e era a enfermeira quem os bloqueava, na entrada do elevador.
O rosto de Deirdre ficou branco e, alarmada, ela gritou:
― Eles estão aqui? ―
― Não tenha medo, Dee! ― Declan disse, franzindo a testa.
Kyran mal havia entrado na sala de operações e a situação já havia se transformado em caos.
― Aqueles repórteres estão tentando obter seu primeiro furo, com as desculpas mais hipócritas! Eu cuido disso. Volte para seu quarto e feche a porta. Não abra para ninguém, exceto para mim! ―
― E quanto a Kyran? ― Ela protestou, mordendo os lábios. Ela havia prometido a ele que esperaria por ele do lado de fora da sala de cirurgia.
― M-Madame Brighthall? ―
A mulher mais velha respirou fundo, fechou os olhos e tornou a abri-los.
― Você pode me explicar isso? ― ela exigiu. ― A notícia sobre você ser ‘Charlene McKinney’, como chegou à mídia? E por que eles estão aqui, neste hospital? ―
Deirdre cerrou os punhos, instintivamente. Ela estava confusa e não podia explicar.
― Madame Brighthall, sei que pensa que estou mentindo, mas juro que não faço ideia. Não sei por que alguém tiraria uma foto minha e escreveria aquele artigo... ―
― Os únicos que conhecem sua verdadeira identidade somos você e eu! Se não foi você... então quem mais poderia ter trazido repórteres aqui, no mesmo dia em que meu filho está passando por uma cirurgia crítica!? ― Madame Brighthall estalou, sua voz quase lamentando. Ela estava perdendo o juízo. ― Eu nem vou falar sobre quanto dano isso está causando à minha família. Bren está no meio de sua operação! O que vai acontecer quando o circo da mídia chegar até ele? E o que ele fará quando souber que você está aqui, no mesmo hospital em que ele está!? Você pode imaginar as consequências? ―
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ciclo de Rancor
triste não ter o final 🫠...
Cadê o restante?...
😣...
Terá mais capítulos?...
Gostaria de ler o restante do livro...