'Deirdre, eu nunca vou te dar a chance de ficar intacta na frente de Brendan!'
Charlene pensou, enquanto saía do hospital.
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Deirdre abriu os olhos, mas ainda tinha uma forte expressão de sono. Ela não sabia quando tinha adormecido, nem por quanto tempo e por isso se sentia atrapalhada, enquanto as memórias voltavam.
― Kyran, você está aí? ―
Deirdre ouviu o som de fechamento de um livro. Depois de um tempo, uma voz soou do telefone.
― Que bom que você acordou. Dormiu bem? ―
― Sim. ― Deirdre ficou constrangida. ― Quanto tempo eu dormi? ―
― Não muito, foi apenas um cochilo. Cerca de dez minutos. ―
Pelo menos não tinha sido muito tempo. Deirdre deu um suspiro de alívio e se desculpou:
― Sinto muito. Vim aqui para cuidar de você e não esperava adormecer. ―
― Como não temos muita coisa para fazer aqui no quarto, entendo que o sono pode vir forte mesmo. Você aparentava estar bastante cansada, então deixei que dormisse um pouco. ―
Deirdre sorriu e se atrapalhou para calçar os sapatos.
― Espere um minuto. Vou perguntar à enfermeira quando as refeições serão entregues. ―
― Não precisa fazer isso. Já foram entregues. ― Kyran disse ― Tudo foi colocado na mesa, na sua frente, há três minutos. ―
Deirdre estendeu a mão e realmente tocou na mesa e em uma marmita que abriu com cuidado e perguntou:
― Kyran, não é bom que você coma, também? ―
Kyran estava acamado e seus movimentos tinham sido muito restritos pela cirurgia, permitindo que só tivesse uma mão utilizável.
― Vou comer alguns biscoitos, molhando no leite, mais tarde. Não é tão conveniente para mim comer mingau. ―
Deirdre perguntou cautelosamente:
― Você precisa de mim para alimentá-lo? ―
Kyran riu:
― Não, imagina! Você pode comer sossegada. Não se preocupe comigo. A enfermeira já trouxe alguns biscoitos lá. Vou comer mais tarde. ―
Assim que Deirdre ouviu a resposta, suas bochechas queimaram. Quando recuperou os sentidos, desejou que a terra se abrisse e a engolisse.
Porque Kyran estava acamado, era naturalmente inconveniente para ele ir ao banheiro. Além disso, ele tinha seu próprio orgulho, então bebia o mínimo possível.
― Ah sim, eu entendo. ― Deirdre sentiu-se tão envergonhada que seus olhos se desviaram para baixo. No entanto, como ela ainda podia sentir o olhar levemente provocador do homem, reuniu coragem e disse:
― Mas ainda é preciso se hidratar, todos os dias. Portanto, é melhor você tomar alguns goles se estiver com sede, mesmo que seja só para umedecer a garganta. ―
― Faz sentido. ― O homem realmente ouviu o conselho de Deirdre. ― Então traga o copo de água. Vou tomar alguns goles. ―
Deirdre procurou apressadamente um copo de água e depois de servir até a metade, usando a jarra, ela cobriu o copo com uma tampa e acrescentou um canudo. Então, tateou e tocou os lábios finos do homem.
Eles não eram macios, mas cheios de pele morta. Parecia que Kyran estava com sede, por um tempo.
Deirdre não pôde deixar de franzir a testa:
― Kyran, me diga sempre que estiver com sede. A água é mais importante para o corpo humano do que qualquer outra coisa, especialmente quando você acabou de passar por uma cirurgia. Você não se sente nada desconfortável, com sua boca tão seca? ―
Kyran parecia realmente desconfortável. Mesmo se contendo um pouco, ele bebeu meio copo de água. Depois que seus lábios estavam um pouco umedecidos, ele digitou:
― Agora estou bem. ―
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ciclo de Rancor
triste não ter o final 🫠...
Cadê o restante?...
😣...
Terá mais capítulos?...
Gostaria de ler o restante do livro...