O rosto de Deirdre estava branco como papel. Jamais esperava que Declan fizesse uma pergunta como aquela, perguntando que tipo de relação havia entre ela e Brendan.
Felizmente para a jovem, Declan sabia que não devia insistir no assunto:
― Não, não importa. Deve ter sido algo profundamente angustiante pelo que parece, então não vou mais insistir nisso. ―
― Obrigada ― Deirdre murmurou baixinho.
― Deus, eu disse à senhora Charlene McKinney o quarto do senhor Reed por engano, agora há pouco. Isso não é bom ― a primeira enfermeira murmurou, para a enfermeira-chefe ― eu deveria ir até lá e informá-la sobre a mudança. ―
― Não precisa ― respondeu a enfermeira-chefe. ― Eu vou pessoalmente informar as enfermeiras daquele andar. ―
― Nossa, obrigada. ―
A conversa morreu.
Deirdre mordeu os lábios, quando uma nova pergunta tomou conta de sua mente. Ela deveria subir para o décimo primeiro andar? Afinal, Charlene estava lá agora.
― Você quer descansar um pouco, senhorita. McQuenny? Vou te arranjar um quarto num hotel próximo. Você pode voltar à noite. Como isso soa? ―
Deirdre endureceu por um momento e respondeu apressadamente:
― Isso é ótimo. ―
Ela se sentiu sortuda por ter encontrado Declan, mas assim que ela entrou no carro, um pensamento surgiu em sua mente, levando-a a perguntar:
― Senhor King, você é de Eastgene? ―
Declan virou o volante de forma evasiva.
― Sim. ―
― Por que pensar em transformar Alnwick em um ponto turístico? Nosso bairro é bem remoto, não é? Faria mais sentido para um empreendedor de Neve, e mesmo assim, nunca aconteceu. ―
― Alnwick é remoto, mas não sou exatamente o único herdeiro da minha família. Inferno, eu nem sou a criança favorita! A maioria dos empreendimentos em Eastgene são comandados pela minha família e estão sob controle de meu irmão, então eu meio que preciso abrir um novo caminho para mim, entende o que quero dizer? Um negócio para chamar de meu. ―
Deirdre baixou ligeiramente a cabeça. O caso todo parecia complicado. Separando os lábios, ela perguntou:
― E Kyran? ―
Isso pareceu comandar a atenção real de Declan. Ele riu.
Em um mundo de smartphones velhos como o de Deirdre eram raros o suficiente para serem considerados novidades. o funcionário pegou o aparelho, examinou e respondeu:
― Desculpe. Nós não temos esse tipo de cabo. ―
A decepção de Deirdre era visível.
O homem continuou.
― Mas posso ajudá-la a comprar um em um nas lojas próximas. Acho que o cabo ainda deve ser vendido lá. ―
― Poxa vida! Sério? ― Deirdre gritou, seus olhos brilhando. Então ela levou a mão ao bolso e se afastou freneticamente. Ela havia se esquecido de trazer seu dinheiro enquanto corria para chegar lá.
O funcionário pareceu ter notado o desconforto e sorriu para ela.
― Não se preocupe, senhorita. Todos os nossos serviços estão incluídos em suas taxas. Agora, vamos conhecer o seu quarto. ―
Deirdre deitou-se depois de conectar o cabo em seu telefone, mas o sono a iludiu. A pontada em seu peito, o pânico que a consumia, permaneceu teimosamente em sua mente. Foi apenas um mal-entendido no final, e ainda assim.
Depois de alguns segundos, a jovem ligou o telefone e uma enxurrada de mensagens lembrando-a de chamadas não atendidas ecoou. Ela decidiu ligar para Eilis para informar a mulher mais velha sobre sua segurança e dizer que teria de ficar por ali por mais alguns dias.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ciclo de Rancor
triste não ter o final 🫠...
Cadê o restante?...
😣...
Terá mais capítulos?...
Gostaria de ler o restante do livro...