Ciclo de Rancor romance Capítulo 220

― É uma pena que você vá encontrá-la amanhã, porque temo que você não tenha tempo suficiente para fazer isso hoje. ―

Brendan sentiu que parava de respirar por um momento ao olhar para o rosto preocupado dela. Uma ideia lhe ocorreu e ele agarrou o pulso de Deirdre abruptamente.

― Por que não... ―

Deirdre ergueu o olhar confusa, enquanto Brendan concluiu a frase, com os dentes cerrados:

― Por que você não atrasa um pouco o reencontro? ―

O empresário desejava que Deirdre aceitasse a proposta, esperando ganhar mais tempo para continuar a reconquistar a jovem, afinal, ele notava que havia pequenos avanços. Se sua mentira fosse exposta, ele esperava que isso acontecesse mais tarde, mesmo que fosse apenas um dia depois.

― Adiar o reencontro? ― O olhar de Deirdre estava distraído. Ela reagiu à situação mordendo o lábio inferior e rejeitando a sugestão de Brendan. ― Não. ―

Então, respirou fundo e completou:

― Eu estive esperando por esse dia por muito tempo. Meu coração vai sangrar se eu tiver que esperar mais um dia. ―

― Eu entendo, mas pense na sua aparência. Eu disse a Ophelia que você está feliz. Você acha que ela vai confiar em mim depois de vê-la magra desse jeito? ― Brendan olhou atentamente para Deirdre como se estivesse tentando descobrir o que estava em sua mente. ― Você não gostaria de se recuperar um pouco mais? ―

— Não. Acho que posso explicar a ela que estive doente... ― Deirdre hesitou, mas balançou a cabeça. Mantendo-se firme

Brendan afrouxou o aperto, como se toda a sua força tivesse sido drenada instantaneamente. Ao mesmo tempo, fechou os olhos, respirando fundo.

― Então, toda a sua vida gira em torno de Ophelia e tudo o que seu coração deseja é reencontrá-la? ―

Deirdre não respondeu à pergunta. Ela queria dizer a ele que se não fosse assim, ela teria descido a montanha sem a menor hesitação, no momento em que percebeu que o ônibus não apareceria na estação.

Deirdre estava confusa, mas não tinha motivos para rejeitar a eloquente observação de Brendan.

― Claro. ― Ela assentiu e colocou o vestido rosa, perguntando:

― E aí? Ficou bom? ―

Talvez fosse pelo constrangimento de trocar de roupa na presença de um homem, mas seu rosto estava corado. E sua expressão coquete combinava com o vestido rosa. Mesmo magra, com o rosto repleto de cicatrizes intensas e com os olhos opacos, Deirdre parecia uma brisa fresca de primavera.

As pupilas de Brendan se contraíram e ele foi dominado por emoções intensas. No final, segurou a parte de trás da cabeça de Deirdre ferozmente e a beijou. Foi um beijo apaixonado e ansioso. Ele tinha certeza de que, tudo o que desejava, era conseguir reconquistar aquele coração.

Quando o beijo terminou, a mente de Deirdre estava em branco. Ela nunca tinha sentido um beijo como aquele.

Sempre que estava com Brendan, mesmo no passado, o beijo era sempre contaminado com ressentimento, raiva, despeito e outros sentimentos pesados. Parecia que ele a beijava para extravasar e para calá-la, mas apesar de tudo, eles nunca haviam compartilhado um beijo tão apaixonado.

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