A respiração de Deirdre ficou pesada quando ela colocou a coisa sobre a mesa, com uma expressão defensiva.
― Ryker, estou disposta a cooperar com você, mas isso não significa que sou estúpida. Você não vai me dizer o que é essa coisa e Brendan não vai notar que algo foi feito. Se ele beber e morrer, eu serei presa, mais uma vez. Para você, isso seria como matar dois coelhos com uma cajadada só, não é? ―
Ryker sorriu.
― Você acha que quero matar Brendan assim? Como poderia ser veneno? Lembre-se do que eu disse, eu quero algo que ele possui. Se fosse algo tão simples, eu poderia simplesmente hipnotizá-lo e fazê-lo acabar com a própria vida, assim como Cillian... ―
Deirdre franziu a testa. O propósito deles não parecia ser a morte de Brendan.
― Então por que você me pediu para drogá-lo? ―
Ryker respondeu:
― Eu não disse que isso é uma droga, apenas falei que é um teste para ver se você está disposta a me ouvir, ou se está apenas me usando para conseguir alguma informação. Se você estiver disposta a colocar isso na bebida de Brendan sem saber qual é a droga, então compartilharei meu plano com você. ―
Deirdre franziu os lábios e ficou em silêncio, seus lindos olhos refletiam uma mistura de emoções. Ryker pegou a droga da mesa e a colocou na mão de Deirdre, segurando-a.
― Não me decepcione. ―
Depois que Ryker saiu, Deirdre suava de nervoso, passando o pacote de uma mão para a outra e só voltando à realidade quando Frances a lembrou de que ela estava sentada há muito tempo e deveria dar um passeio.
― Ah, é verdade. ― Ela casualmente colocou o pequeno embrulho no bolso, sentindo uma confusão de emoções. Se ela não fizesse aquilo, não seria capaz de progredir mais e Ryker ficaria desconfiado, podendo, até mesmo, tomar medidas contra ela. Mesmo assim, sem saber o que continha o pacote, seria muito arriscado para Brendan.
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À tarde, Frances acompanhou Deirdre para um passeio e, ao retornarem, a moça notou um carro estacionado na entrada e comentou:
― Parece que o senhor Brighthall voltou. ―
Sozinha no quarto, Deirdre sentou-se na cama, segurando o pequeno pacote, com os nervos à flor da pele. Dividida entre duas opções, ela finalmente abriu a embalagem e esvaziou cuidadosamente o conteúdo no copo. Então, mordeu o lábio nervosamente, com medo de que Brendan notasse algo suspeito se Frances contasse que Deirdre tinha ficado ali sozinha.
Assim que guardou o embrulho, agora vazio, tinha a intenção de deixar o quarto, mas a maçaneta girou e a porta se abriu.
O magnata entrou no quarto e se deparou com Deirdre. Então franziu os olhos, sem entender o sentido daquilo, mas, fechou a porta atrás de si, antes de perguntar:
― O que você está fazendo no meu quarto? ―
Deirdre engoliu em seco.
― É que eu tenho algo para conversar com você. ―
― Algo para conversar comigo? ― Brendan olhou para a mesa de cabeceira e afrouxou a gravata. ― O que foi dessa vez? Se você está aqui para me dizer que está em algum relacionamento com Ryker e quer me deixar, pode tirar o cavalinho da chuva. Não permitirei. ―
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ciclo de Rancor
triste não ter o final 🫠...
Cadê o restante?...
😣...
Terá mais capítulos?...
Gostaria de ler o restante do livro...