Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 3

“Flávio”

Eu estava no meio de um flagrante na delegacia quando recebi a mensagem da Manu avisando que o meu pai estava no apartamento. Meu pai sozinho com ela não era algo que eu queria, ele poderia ser muito cruel quando queria. Mas eu tinha que terminar aquele flagrante antes de sair e demorou mais do que eu queria. Assim que terminou, chamei o escrivão que estava no plantão e pedi que me desse cobertura, pois eu precisava sair em razão de uma emergência pessoal, mas voltaria o quanto antes. Era só o tempo de colocar o meu pai pra fora e me assegurar de que a Manu estava bem.

Porém, quando cheguei em casa, a cena que eu vi não era o que eu esperava. Um rapaz em cima da Manuela a puxando pelos cabelos. Mas quem era aquele delinquente? Eu queria esmurrar a cara daquele moleque até ela virar do avesso. Como ele se atreveu a encostar na Manu?

Assim que eu vi a mulher se aproximar para defender o filho, eu entendi a situação. Reconheci imediatamente a tal de Rita, mãe da Manu, tinha só uma semana que eu tinha visto uma foto dela. Mas como ela tinha chegado aqui? A Manu me disse que não daria o endereço para a mãe, pois estava com medo de ser arrastada de volta pra casa, e pelo visto era exatamente o que aconteceria se eu não tivesse chegado.

Eu queria matar aqueles dois, os arrastei pra fora do meu apartamento, não me importando nem um pouco com os gritos daquela mulher. Joguei mãe e filho na rua e voltei para o prédio, mas antes de subir ouvi o porteiro murmurar algo, parecendo nervoso.

- O que disse? – Perguntei a ele.

- Senhor, eu verifiquei os documentos, eu juro. Não pensei que teria algum mal permitir a entrada da mãe e do irmão da senhorita. – O porteiro parecia tremer de medo.

- Como assim? Você não interfonou para o apartamento? – Me aproximei mais.

- Não, senhor. A mulher disse que queria fazer uma surpresa para a filha. Eu conferi os documentos e conferi o nome da mãe no documento da senhorita Manuela... – Ele falava apressado.

- Você os deixou entrar sem avisar. Mas que merda! Vocês não aprendem? – Dei um soco no balcão. – Olha aqui, à partir de agora, ninguém entra sem ser anunciado, sem autorização minha e da Manuela, não interessa se é pai, mãe, o caralho, mas não entra sem autorização. Entendeu? – O porteiro me olhava assustado. – E definitivamente, aquela mulher e aquele moleque não entram aqui de jeito nenhum!

- S-s-sim, senhor. Vou incluí-los na lista de pessoas proibidas. – O porteiro engoliu em seco e eu me afastei já enviando uma mensagem ao síndico. Era necessário dar instruções precisas a esses porteiros.

Parei diante a porta do apartamento e respirei fundo. Estava trancada, como eu disse pra ela fazer. Toquei a campainha e em seguida falei:

- Manu, sou eu. Já coloquei aqueles dois pra fora. Abre pra mim, baixinha.

Escutei um soluço e a porta foi aberta. Ela estava com os olhos vermelhos, chorando, havia a marca de uma mão em um lado do seu rosto e um pequeno corte no lábio inferior. Eu queria matar aqueles dois por terem se atrevido a tocar nela. Entrei, fechei a porta e a peguei no colo, a levei para o nosso quarto e a coloquei na cama. Ela só chorava, não dizia nada. Peguei gelo e um copo de água na cozinha, e uma toalha e o kit de primeiros socorros no banheiro, me sentei na beirada da cama, coloquei o gelo na toalha e apliquei em seu rosto, onde estava vermelho.

- Segura isso aqui, amor. Deixa eu limpar esse machucado. Tem mais algum? – Perguntei, sentindo meu coração afundar no peito por vê-la naquele estado. Ela apenas balançou a cabeça.

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