Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 3

“César Moreno”

Eu fui atrás da Sabrina em Londres para ela finalmente cumprir sua parte no acordo que fizemos, eu achei mesmo que ela pudesse me ajudar, mas ela é tão incompetente que não conseguiu a única coisa que eu pedi pra ela, reconquistar o Flávio e trazê-lo de volta. Começo a pensar que ela só conseguiu se casar com ele porque, na época, a mãe dele e eu ainda tínhamos alguma influência sobre esse garoto. Mas agora, ele nem suporta a Sabrina.

Só pra ficar um pouquinho mais difícil, aquela idiota fez um servicinho de quinta quando eu mandei resolver o problema do divórcio e o Flávio descobriu logo que as assinaturas não eram dele, ela nem tinha inventado uma história pra justificar as assinaturas, podia ter feito ele ficar bêbado e depois dito que ele assinou, era simples, mas nem isso ela fez.

E ainda por cima, meu filho contratou justamente aquele cretino do Romeu Castelo para advogar pra ele. Aquele advogado era uma pedra no meu sapato e o Flávio sabia muito bem, era o único que eu não podia subornar para fazer as coisas do meu jeito.

Mas como nada é tão ruim que não possa piorar, a Sabrina me ligou desesperada porque teve que ir à delegacia prestar esclarecimentos sobre os documentos falsos, não pensei que o Flávio iria tão longe e isso não poderia respingar em mim. Mandei alguém da minha confiança descobrir o que estava acontecendo e o problema das falsificações ficou bem grande, assim o divórcio seria inevitável. Era hora de deixar a Sabrina por conta própria, ela já não me servia pra nada.

Agora o Flávio estava divorciado e vivendo com aquela menina. Talvez o melhor fosse conhecer essa garota e ver se ela seria útil. Era isso que eu tinha que fazer. Descobrir a escala de plantão do Flávio foi fácil, eu tinha que pegar a garota sozinha, o único problema seria ela não me receber, mas a mocinha era educada, não colocou nenhuma resistência e me recebeu até muito bem.

É claro que ela avisou ao Flávio que eu estava ali, então eu tinha que ser rápido e sair antes dele chegar, não estava disposto a ter mais uma discussão com aquele teimoso. Um dia ele ainda reconheceria que tudo o que eu fazia era para o seu próprio bem.

Contudo, a coisa não seria tão simples quanto eu esperava. Apesar de ser muito jovem, infelizmente a menina não era tão boba quanto eu imaginei, ela foi inteligente e deixou claro que não vai fazer nada pela minha causa, ao contrário, apóia o Flávio. Uma tola, eu poderia fazer muito por ela se ela se unisse a mim. Talvez eu devesse insistir, quem sabe procurar o ponto fraco dela.

Eu estava justamente pensando em como descobrir o calcanhar de Aquiles da garota, quando a resposta caiu no meu colo. Saindo do prédio acabei esbarrando em uma mulher, acompanhada de um rapaz, certamente filho dela, me desculpei, mas acabei ouvindo que ela insistia com o porteiro que a deixasse entrar, pois era mãe da Manuela. E pelo que entendi do pouco que a garota falou, ela e a mãe têm problemas. Talvez esse fosse o caminho para mim.

- Ah, por favor, eu sou a mãe dela e esse aqui é o irmão. Nós queremos fazer uma surpresa pra ela. Deixa a gente subir. – A mulher esbanjava simpatia com o porteiro e insistia muito em subir sem ser anunciada, o que eu achei estranho, mas resolvi prestar atenção na cena.

- Olha, minha senhora, eu não posso, isso pode dar um problemão. – O porteiro estava reticente em permitir a entrada daquelas pessoas.

- Problema por que, o senhor não gostaria de receber uma visita surpresa da sua mãe? – A mulher não parecia que desistiria. O porteiro pensou por um momento e então se deu por vencido.

- Tá bom, minha senhora. Me passa as identidades, eu vou conferir e se a senhora for mesmo a mãe dela eu a deixo entrar. – O porteiro se convenceu, pegou os documentos, conferiu e abriu o portão, deixando a mulher e o rapaz entrarem sem serem anunciados.

Ela era bem persuasiva. Saí do prédio e entrei no carro, eu ficaria ali esperando aquela mulher sair. Quem sabe ela não se interessava em fazer um acordo comigo? Estava estacionado do outro lado da rua de olho no prédio e vi o exato momento em que o Flávio passou de carro e entrou na garagem. Ele não me viu, pois eu estava em um carro que aluguei no aeroporto.

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