Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 3

“Flávio”

Eu havia tirado o peso do mundo das costas. Já haviam se passado alguns dias desde que a Sabrina armou aquele circo no meu apartamento, depois disso ela parou de me ligar. Manu e eu estávamos mais unidos e até o meu pai havia parado de exigir a minha presença em Campanário toda semana.

- Finalmente chegou o dia! – Manu me olhou dar o nó na gravata através do espelho.

- Hum! E você parece estar muito animada com isso. – Olhei de soslaio pra ela, que deu uma pequena risadinha e se enfiou entre o balcão da pia do banheiro e eu.

- Ah, sim, eu estou muito ansiosa para ver o meu namorado lindo falar por uma hora sobre as maravilhas de ser um delegado de polícia e depois ficar mais uma hora respondendo as perguntas de um bando de estudante ansioso. – Ela passou as mãos pelo meu peito e deu beijo no meu queixo.

- Pensei que você estivesse ansiosa para ser fodida pelo seu namorado lindo e bem dotado. – A abracei pela cintura a provocando com um beijo atrás da orelha.

- Meu namorado é um convencido, mas sim, eu sempre estou ansiosa por isso. – Ela respondeu de olhos fechados, ficando mole em meus braços e eu ri.

- Você é que me deixa convencido, está sempre exaltando as minhas qualidades. – A provoquei mais um pouco e suspirei. – Por mais que eu queira continuar beijando você, temos que ir. Vou deixar você no escritório e passo no fim do dia para te pegar e irmos juntos para esse tal evento jurídico.

Manu riu. Ela passou a semana inteira me provocando sobre essa terrível palestra que o Bonfim estava me obrigando a dar. Mas eu não tinha como fugir disso. No fim do dia, quando cheguei ao campus da universidade com a Manu, me despedi dela no estacionamento, ela iria à biblioteca e eu tinha que me apresentar na coordenação do curso antes da palestra.

Fui recebido com muito entusiasmo pelo coordenador que havia organizado o evento, eu nem esperava tanto, mas ele aparentemente estava muito grato por eu ter incluído em meus compromissos essa palestra. Fui apresentado a vários outros membros da universidade e depois das gentilezas trocadas, finalmente era hora de falar para aquele bando de universitário.

Entrei no auditório e antes de subir ao palco vi a Manu sentada em uma cadeira na ponta da fileira do meio, ao lado estava um rapaz mais ou menos da sua idade, talvez um pouco mais velho, ele falou algo próximo ao ouvido dela que a fez rir e passou o braço pelos seus ombros. Já não gostei daquilo.

Fui apresentado ao jovem público e então comecei a falar. Foi a hora mais interminável da minha vida. Durante toda a hora seguinte eu falei para um bando de alunos que me olhava como se estivessem interessados, mas provavelmente com as cabeças em outro lugar. Contudo, o que realmente me deixava cada vez mais incomodado era o amiguinho da minha namorada. Aquele garoto insistia em passar bilhetinhos para a Manu e falar coisas muito próximo ao ouvido dela e vez ou outra insistia em colocar o braço sobre o ombro dela. Minha vontade era descer do palco e ir até lá, jogar a Manu nos ombros e não deixá-la nunca mais pisar nessa universidade. Mas eu não podia, afinal eu não era um homem das cavernas.

Quando finalmente terminei de falar, recebi os aplausos e o coordenador do evento subiu ao palco e anunciou que eu responderia perguntas pela próxima hora e como funcionaria. Eu queria revirar os olhos, bufar e dar as costas pra ele. Nunca fiz nada mais chato em toda a minha vida. E ainda por cima sendo o tempo inteiro provocado por um garoto cobiçando a minha namorada.

As perguntas começaram e eu tentava prestar atenção a cada uma e responder o melhor possível, mas eu já estava perdendo a paciência com aquele garoto que só prestava atenção à minha namorada. Num dado momento eu já estava cansado e ainda faltava pelo menos meia hora para aquela tortura acabar. Comecei a caminhar pelos corredores entre as cadeiras do teatro enquanto respondia às perguntas, parei exatamente ao lado da Manu e olhei para ela que me deu um sorriso.

Me mantive ali enquanto respondia a uma pergunta e vi o momento em que o garoto colocou um bilhete sobre as anotações dela. Eu já estava a ponto de dar uma surra naquele moleque atrevido e não tinha nem um pingo de humor em minha expressão. Ele precisava saber que ela era minha. Num gesto rápido, peguei o bilhete e coloquei no bolso do paletó. O garoto me olhou como se eu tivesse duas cabeças e eu sorri para a Manu, que pareceu entender que eu estava puto com aquele moleque. Pelo resto do tempo fiquei ali ao lado dela.

Quando aquela chatice finalmente acabou eu voltei ao palco e recebi os cumprimentos do coordenador. Alguns alunos vieram falar comigo, o que eu não esperava e era mais do que eu podia suportar, porém falei com cada um de modo polido, mas sem humor. Logo vi a Manu se aproximar com o moleque em seu encalço, eles estavam próximos a mim, tanto que foi possível ouvir aquele moleque.

- Manu, vamos pro bar, todos vão, a gente bebe alguma coisa, conversa e depois eu te levo em casa. – Ele falou e tocou o braço dela.

- Não, PH, eu estou cansada, já falei. – Manu respondeu toda educadinha.

- Então porque você não aceita jantar comigo? A gente vai num lugar mais tranquilo, conversa um pouco. Está cedo ainda. Vai, Manu, vamos sair. – Aquele filhote carente estava descaradamente dando em cima da minha namorada e minha paciência já tinha se esgotado há muito tempo.

CASAL 3 - Capítulo 81: A palestra 1

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