Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 3

“Flávio”

Bati a porta, acabei de colocar as malas na viatura e saí dali rumo ao aeroporto. Bonfim ao meu lado achava graça de tudo. Eu estava a beira de colapso nervoso. Sabrina atrás bufava e resmungava.

- Flávio, isso é um ultraje. – Sabrina não parava de reclamar, se mexendo de um lado para o outro no banco, era irritante.

- Moça, não fica se esfregando muito nesse banco não. Ontem a noite essa viatura transportou um bandido que estava foragido escondido no mato e ainda não deu tempo de lavar. Ele estava numa situação desagradável. – Bonfim falou e eu o olhei sabendo que ele estava inventando história para provocar a Sabrina.

- Ah, foi nessa viatura que transportaram o Remela? – Perguntei inventando um nome qualquer e entrando na onda do Bonfim. Isso seria divertido.

- Foi sim. E ele estava sem tomar banho há um mês, se escondendo no mato, revirando lixeiras. Soube que tiveram que raspar a cabeça dele e obrigá-lo a raspas todos os pêlos do corpo. – Bonfim falou e eu vi pelo Retrovisor a Sabrina olhando assustada.

- Ué, mas por que isso? – Perguntei já sabendo o que o Bonfim inventaria.

- Piolhos! Ele estava cheio de piolhos! – Bonfim falou naturalmente e a Sabrina teve um chilique.

- Pelo, amor de deus, Flávio, me tira daqui, eu não quero pegar piolho, Flávio! Como você faz isso comigo? Para esse negócio e me tira daqui. – Sabrina entrou em desespero.

- Olha moça, desculpa eu tinha esquecido de avisar ao Moreno. Só me lembrei agora. Então não fica se mexendo, a senhora tem o cabelo comprido e dizem que piolhos adoram cabelos compridos. – Bonfim encontrou o caminho para a diversão e não pararia.

- Sabrina, fica calma, a gente já está chegando no aeroporto. Eu não sabia que a viatura tinha transportado alguém com piolhos. Me desculpe. – Eu estava fazendo um esforço enorme para não rir. Quem dera fosse verdade, a Sabrina aprenderia uma lição.

- Flávio, por favor. Me deixa descer, eu pego um taxi. – Sabrina estava apavorada.

- Calma, moça. Se você ficar quietinha vai ficar tudo bem. É só você não ficar se esfregando muito no banco. – Bonfim se mantinha sério e solícito. – Você precisava ter visto, Moreno. Ele tinha muitos piolhos e coçava tanto que tinha feridas pelo corpo. E me parece que ele está com sarna também, o que é esperado pela falta de higiene.

- Moço, pede pra ele parar e me tirar daqui, por favor. – Sabrina começou a chorar.

- Sabrina, calma, já estamos chegando. – Eu tentava não rir, mas o Bonfim não conhecia limites.

- É, calma, moça. Descer agora não vai fazer diferença, a senhora já pode ter sido contaminada. Se esfregou tanto nesse banco que acho que até limpou a viatura pra gente. – Bonfim comentou sem nenhum traço de humor, mas eu sabia que ele queria rir tanto quanto eu.

- Não fala isso, moço, por favor. O que eu vou fazer se eu pegar piolho? Eu nunca tive piolho! Que coisa horrível, moço.

- Calma, minha filha, se você pegar, e eu acho que vai, porque você não ficou quieta aí atrás, deve ter atiçado os bichinhos. Mas se você pegar, vai precisar ir ao hospital e tomar remédios e vai ter que raspar a cabeça. – Bonfim balançou a cabeça como se lamentasse. – Um cabelo tão bonito, dá até pena, vai demorar pra crescer de novo.

Eu queria parar a viatura e começar a rir, mas não podia. Mantive a mentira do Bonfim e o deixei fazer o número dele. Foi muito divertido. Quando chegamos ao aeroporto e eu abri a porta, a Sabrina pulou da viatura passando a mão pelo corpo todo como se fosse conseguir enxotar os piolhos que nem existiam. A cena era muito engraçada. Tirei as malas e coloquei num carrinho pra ela. Mas o Bonfim não estava contente.

CASAL 3 - Capítulo 54: Piolhos, sarna e pulgas 1

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