“Manuela”
Cheguei ao escritório cantando e sorrindo, achando que todas as cores estavam mais bonitas, o dia mais brilhante e que a vida era boa demais. Mas não seria de outra forma, depois da noite de amor que tive com o meu grandão que, finalmente, se declarou para mim.
- Gente, mas esse delegado é mesmo um espetáculo! – Rick apareceu em frente a minha mesa sorrindo.
- O amor é um espetáculo, Rick! – Sorri pra ele.
- Explica, lindinha! – Ele sorriu e se sentou.
- Ele me ama, Rick, ele me ama! – Falei toda empolgada.
- E qual a novidade, Chaveirinho? – Patrício apareceu nesse momento. – Todo mundo já sabe disso.
- Como assim, gente? – Olhei intrigada.
- Só você e o Flávio que estavam com essa dúvida, porque todos nós já sabíamos que vocês se amam. – Patrício falou e eu olhei para o Rick.
- Eu não disse nada. – Rick colocou as mãos abertas na frente do corpo como que para enfatizar que realmente não havia dito.
- E precisava? É só ver como esses dois andam. – Patrício se sentou na outra cadeira a minha frente. – E aí, o Moreno se declarou?
- Olha o fofoqueiro de plantão! – Rick brincou, me fazendo rir.
- Sim, ele se declarou e eu também e nada pode nos separar. – Eu estava muito feliz e certa de que viveria o meu felizes para sempre. – Agora vão arrumar algo pra fazer, vão.
- Eu vou, vou ligar para o Flávio para dar os parabéns! – Patrício levantou rindo e foi em direção a sua sala. Eu olhei para o Rick e só então notei as olheiras sob seus olhos.
- O que foi, Rick? Não dormiu bem? – Perguntei.
- Não dormi, Chaveirinho. – Ele suspirou. – Você tem falado com a Taís?
Pensei por um momento e me dei conta de que praticamente não estava vendo ou falando com a Taís nos últimos tempos. Aliás, ela andava se encontrando muito era com a Virgínia, as duas andavam escapando da reunião das garotas.
- Tem um tempo que eu não falo com ela, Rick. Por quê?
- Porque nós brigamos e ela não fala comigo mais do que o necessário há três dias. – Rick suspirou.
- Quer que eu fale com ela? – Perguntei, me preocupando com os meus amigos.
- Não, não quero colocar você no meio disso. Pelo menos não por enquanto. – Ele riu, mas era um sorriso fraco e triste.
- Me deixe saber se eu puder fazer algo. – Falei e o vi se levantar apenas fazendo um aceno com a cabeça.
Rick voltou para a sua sala e eu fiquei pensando se poderia ajudá-lo de alguma forma. Mas meus pensamentos foram evaporados quando a porta do elevador se abriu e um rapaz se aproximou da minha mesa com um arranjo de flores enviadas pelo meu delegado. Ai, ele era tão fofo!
O dia estava bem tranquilo no escritório e eu estava muito feliz, até que o celular tocou e era a minha mãe. Eu não falava com ela há uns dias e sentia sua falta. Peguei o telefone e atendi.
- Oi, mãe... – Mas ela não me deu tempo de falar mais nada.
- Você pode me explicar onde você está morando, Manuela? – Senti o chão se abrindo sob os meus pés.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque