“Manuela”
Eu fiquei muito aborrecida com o Flávio pela forma como ele falou com a Sam, mas no fim das contas eu até entendia ele estar preocupado com a minha segurança. Eu também não conseguiria ficar muito tempo brava com ele. Eu estava com saudade, dormi uma noite longe dele e já estava com saudade.
Abri a porta do apartamento decidida a resolver esse situação, não ficaria brigada com ele. Ele já tinha até se desculpado com a Sam. Quando olhei em volta o apartamento estava todo escuro, achei estranho, pois já era para o Flávio estar em casa. Olhei ao redor e não vi nada, fui até a cozinha e estava tudo escuro. Fui até o quarto e o Flávio não estava lá.
- Que estranho! Será que ele ainda não chegou? – Perguntei pra mim mesma.
Deixei a bolsa no closet e tirei os sapatos os deixando por lá. Fui até o banheiro, tomei um banho e vesti uma das camisas dele, eu estava com tanta saudade que queria sentir o cheiro dele, então vesti a camisa. Já tinha passado da hora dele chegar. Eu ia ligar pra ele. Peguei o celular e apertei o número.
- Oi, Baixinha! – Ele atendeu no quarto toque com uma voz sonolenta.
- Grandão, você está bem? – Fiquei preocupada, sua voz parecia estranha.
- Sim. Acho que peguei no sono. Onde você está?
- Em casa. E você? – Ouvi pelo telefone um barulho, um farfalhar, como se ele se levantasse, mas ele não me respondeu. – Flávio? – Ele ficou alguns segundos em silêncio e a ligação caiu.
- Eu estou aqui, Baixinha. – Senti sua mão em minha cintura e me virei para observá-lo. – Eu cheguei mais cedo em casa, estava com saudade de você, me deitei no quarto que você dormiu e peguei no sono sentindo seu cheiro no travesseiro.
- Flávio...
- Eu estava esperando você. Eu não posso, Baixinha, não dá pra ficar assim, com você dormindo no outro quarto, chateada comigo. Eu não posso ficar sem você, Baixinha. – Flávio me ergueu para ficar na altura dos seus olhos. Sua voz parecia uma súplica desesperada. – Me perdoa, Baixinha! Por favor, me perdoa! Eu fui um idiota com a Sam, mas eu estou irritado e preocupado com essas ameaças, eu tenho medo de que algo aconteça com você. Eu te amo, Manu, eu não posso te perder. Eu te amo, de uma forma que eu nem sabia que fosse possível amar.
- O que você disse? – Perguntei atônita e ele olhou no fundo dos meus olhos.
- Eu disse que eu te amo, Manuela! Meu coração b**e por você, eu esperei toda a minha vida por você, eu fui feito pra você. Não posso te perder, minha baixinha. Eu te amo!
As lágrimas corriam pelo meu rosto e eu nem notei. Me agarrei ao pescoço dele e o beijei, flutuando com aquelas palavras que eu esperava ouvir há tempos já. Eu sentia uma alegria que mal cabia em mim. Ele me apertou em seus braços, simplesmente me entregando seu coração em um beijo.
- Você me perdoa, amor? – Ele pediu mais uma vez. Eu estava repleta de uma sensação de felicidade que parecia que eu não conseguiria articular nenhuma palavra por causa do sorriso enorme que eu tinha no rosto. – Manu, fala comigo. – Ele me olhou confuso.
- Meu amor! Você tem idéia do quanto eu esperei para ouvir isso? Eu te amo tanto, Flávio, que às vezes sinto que vai transbordar de mim. Você não vai me perder, nunca vai me perder, porque eu também te amo e eu não posso existir sem você. – Finalmente eu podia declarar todo o meu amor por ele.
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