“Manuela”
Quando meu pai e meu irmão chegaram as reações deles foram muito parecidas com a da minha cunhada. Eles me olharam perplexos e meu pai tinha lágrimas nos olhos.
- Ninguém vai me dar um abraço não? – Coloquei as mãos na cintura e reclamei, pois os dois estavam estacados em minha frente me olhando.
- Manu, o que aconteceu com você? – Meu irmão perguntou e finalmente me abraçou, muito apertado.
- Uma amiga me ajudou a repaginar o visual. O que você achou? Fiquei bem? – Falei toda animada e dei um giro em torno do corpo.
- Você está linda minha irmã! – Meu irmão tinha a voz embargada. – Esses olhos... – Meu irmão estava emocionado até demais o que me deixou confusa olhando pra ele. – Cadê as tranças, a franja que escondia seus olhos e aquelas bochechas rosadas?
- Sua irmã já não é uma menina, minha vida. – Olívia respondeu por mim com um sorriso.
- Não é mesmo. – Meu pai limpou a garganta e me puxou para um abraço. – Minha filhinha, você está linda!
- Ela se parece tanto com a-ai... – Ouvi meu irmão dizer, mas ele não falou com quem, pois minha cunhada olhava feio pra ele.
- Para de ficar comparando as pessoas, Camilo. Ela está parecendo uma atriz de cinema de tão linda. – Olívia repreendeu o marido e sorriu de volta pra mim.
- Mas, Oli, ela... – Meu irmão tentou falar mais alguma coisa, mas minha cunhada quase rosnou pra ele. Achei tão curioso
Meu pai limpou os olhos e me puxou para sentar ao seu lado no sofá. Ele me olhava de um jeito que nunca tinha me olhado antes. Puxa, quanta saudade ele sentia de mim!
- Primeiro eu quero saber sobre o seu namorado. Ele te trata bem? – Meu pai perguntou abraçado a mim.
- Melhor impossível. – Respondi feliz.
- E por que ele não veio com você? – Meu pai quis saber. – Quero conhecê-lo, Manu.
- Ele queria vir, mas ele é delegado de polícia e está de plantão hoje e eu tinha pressa em resolver um assunto com o senhor. – Expliquei.
- Delegado? – Meu irmão perguntou impressionado. – Você sai daqui uma menininha e volta toda linda, crescida e com um namorado delegado? Você é mesmo a Manuela?
- Não seja bobo! Claro que sou eu. Se vocês fossem me visitar nem pensariam que mudei tanto assim. – Ri do quanto eles estavam impressionados com a minha mudança.
- É, mas eu vou te fazer uma visita. Quero conhecer seu namorado. Ele me pareceu ser uma boa pessoa e pareceu gostar muito de você, mas quero conhecê-lo. – Meu pai falou. – Filha, você disse que precisava resolver um assunto comigo, o que seria?
- Pai, uma amiga me convidou para morar com ela e eu decidi aceitar, por isso quero entregar o apartamento que você alugou. – Falei de uma vez.
- Ué, não foi o namorado quem te convidou pra morar com ele, Manu? – Minha cunhada brincou e eu senti as bochechas queimarem.
- Filha, não precisa ficar tímida, você sabe que eu não compartilho das opiniões da sua mãe e sei que nos dias de hoje é natural namorados morarem juntos. Pode me falar a verdade. – Meu pai falou pensando que eu estava contando meias verdades e até que era.
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