“Manuela”
Flávio passava as mãos delicadamente em minhas costas, como se estivesse com os pensamentos bem longe dali. Mas de repente ele soltou o ar de modo pesado, como se estivesse segurando a respiração por um longo tempo.
- Agora, nós vamos guardar o seu tesouro no cofre e vamos nos arrumar, nós temos um jantar de aniversário que eu prometo que será muito especial. – Flávio beijou os meus cabelos e falou com toda a calma.
- O melhor aniversário! Com o namorado mais lindo! Estou ansiosa. – Me levantei e coloquei um sorriso no rosto, porque esse homem merecia todos os meus sorrisos. – Você tem um cofre aqui?
- Sim, instalei logo que me mudei. Vem, vou te mostrar. – Ele me ajudou a pegar as caixas e fomos até o closet.
Havia um fundo falso atrás de um dos nichos do closet, ele tocou a madeira que se abriu, revelando um cofre de um tamanho até grande logo atrás. Ele digitou o segredo e abriu a porta. Ali haviam duas armas e uma boa quantia em dinheiro, além de alguns relógios e outras caixas de jóias.
- Olha Baixinha, esse relógio foi presente do meu avô. Ele dizia que eu tinha que controlar o tempo e não deixar que o tempo me controlasse, que eu deveria ser o senhor do meu destino. – Ele sorriu era um relógio caro, com certeza, eu conhecia a marca. – Os avôs são os melhores.
- Ele é lindo! – Olhei detidamente o relógio. Era um exemplar em ouro branco com certeza.
- Coloca seu tesouro lá. Segunda a gente leva ao banco de manhã. – Flávio falou e se afastou olhando o relógio. – Acho que vou usar esse relógio hoje. É um dia especial.
Sorri por ele achar o meu aniversário um dia especial o bastante para que ele usasse algo tão importante e caro. Depois que guardei tudo ele voltou a fechar o cofre e repetiu a senha pra mim.
Decidi não pensar mais na minha mãe, isso me deixava triste. Resolvi aproveitar o resto do meu aniversário feliz com o meu grandão. Ele me levaria pra jantar e nós teríamos uma noite daquelas com certeza.
Flávio foi se arrumar no outro quarto para me dar mais espaço, ele era atencioso em tudo. Quando fiquei pronta, quase não me reconheci no espelho. Eu havia colocado o vestido que ganhei do Flávio, era de um vermelho vivo brilhante, num tecido nobre e vestia muito bem. Era tomara que caia, com um laço no busto, justo até a cintura e a saia, que ia até acima dos joelhos, abria em A. Ficou perfeito e parecia sofisticado.
Parecia que ele, meu pai, meu irmão e minha cunhada haviam combinado os presentes. Pois a bolsa que ganhei era uma bolsa de mão preta e o sapato preto tinha aquele solado vermelho maravilhoso. Coloquei o bracelete de rubis que meu pai me deu e um anel de rubi que ele havia me dado um ano antes.
Encontrei o Flávio na sala, olhando pela janela, vestindo um terno preto perfeito. Ele era lindo e imponente. Eu o chamei e quando ele se virou pra mim abriu a boca para falar, mas simplesmente ficou me observando por um minuto com a boca aberta. Era como se ele tivesse esquecido as palavras.
- Minha nossa, Manu! Você está deslumbrante! A mulher mais linda que já vi. – Flávio falou finalmente.
- Eu amei esse vestido! – Virei de um lado para o outro. – Você tem muito bom gosto, grandão.
- Tenho mesmo, olha a namorada que eu escolhi como é linda! – Ele veio até mim e deu um beijo no meu rosto. – Mas ainda falta alguma coisa.
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