“Flávio”
Manu e eu conversamos um pouco mais com o pai dela. Ele parecia ser um bom homem e parecia amar muito a filha, ao contrário da esposa. Quando desligamos o telefone ela estava calma, mas o seu rosto ainda estava marcado pelas lágrimas. A coloquei no meu colo e passei os dedos pelas suas bochechas.
- Agora, moça linda, me conta quem é Camilo. – Pedi e ela começou a rir.
- Qualquer um diria que você está com ciúmes.
- Mas eu estou mesmo. – Nem tentei negar, era a mais pura verdade. Ela me olhou como se analisasse a minha resposta.
- Camilo é o meu irmão mais velho. Ele é maravilhoso e sempre me protegeu da ira da minha mãe. Ele é filho do primeiro casamento do meu pai, a mãe dele morreu no parto do segundo filho que também morreu no parto. Logo depois meus pais se casaram e me tiveram. Juliano é o meu irmão mais novo e ele é o queridinho da minha mãe, nós não nos damos muito bem.
- Entendi. Pelo que seu pai disse, sua mãe sempre foi assim com você. – Pela forma como a mãe a tratava eu poderia jurar que era a madrasta e não a mãe.
- Sempre. É como se ela me odiasse. – Manu suspirou.
- E com o Camilo é assim também? – Perguntei curioso, já que maltratava a filha, como seria com o enteado.
- Com o Camilo ela não se mete. Sempre o desprezou, como se ele fosse um intruso na nossa casa. – Manu falou chateada. – Meu irmão é tão bom, sofreu tanto com a perda da mãe dele. Meu pai dizia que pensava que ela o receberia como um filho, mas não foi assim.
- E com o Juliano é diferente?
- O Juliano tem todo o amor e carinho dela. Ele é uma pessoa difícil, acha que é o dono do mundo, maltrata as pessoas. Ele e o Camilo se odeiam. E ele e eu também não nos damos bem. Ele vivia me batendo e depois se fingia de santo. O Camilo saiu de casa quando fez dezoito anos e eu fiz o mesmo, a faculdade foi o meu pretexto. – Manu falava com muita tristeza na voz.
- E o seu pai?
- Meu pai é amoroso, gentil, caridoso. Ele é um bom homem. Trata a todos com respeito e gentileza. Sempre tentou me dar o amor que minha mãe me negou, sempre que pôde me protegeu. Você vai gostar dele. E acho que ele gostou de você. – Ela me deu um sorriso fraco e eu sorri pra ela.
- Baixinha, você tem ao seu pai, seu irmão mais velho e agora tem a mim para cuidar de você e te proteger. – Garanti a ela, para que ela soubesse que não estava sozinha.
- Só seu, minha Baixinha. Todo seu! – Vi o sorriso em seus lábios e não resisti a beijá-la. – Antes que eu comece a tirar a sua roupa e esqueça o resto do mundo, tenho uma coisa pra você.
Ela me olhou desconfiada. Peguei a sacola da loja de celulares e coloquei no colo dela. Ela ficou me olhando sem dizer nada, então abriu a sacola e tirou a caixa com o celular.
- Um celular? – Perguntou sem entender.
- É, eu não quero ficar sem conseguir falar com você, não quero que fique incomunicável porque precisa evitar a sua mãe. – Expliquei a ela a idéia de ter um segundo aparelho e ela concordou.
- Obrigada. Foi uma boa idéia. – Era tudo tão simples com a Manu, tão fácil. Isso era confortável e me dava paz.
- Agora, eu vou tirar a sua roupa e esquecer o resto do mundo. – Ela me olhou como se tivessem acendido lâmpadas em seus olhos.
E foi o que fiz, me perdi no seu corpo até ficar exausto e deixá-la exausta dormindo em meu peito.
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