Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 3

“Flávio”

Foi como se o brilho da Manu tivesse se transformado numa escuridão tão logo o celular dela começou a tocar. Ela ficou trêmula, seu sorriso se fechou e seus olhos ficaram tensos, assim como seu corpo ficou rígido.

- Droga! É a minha mãe de novo. – Manu falou com um tom de apreensão e um toque de tristeza.

- Amor, atende. Ela não vai parar de ligar, eu tenho certeza.

- Vou atender no apartamento. – Manu suspirou. – Eu não vou pra faculdade. O professor que daria aula hoje precisou faltar e mandou uma mensagem no grupo avisando. Eu liguei o celular pra conferir as mensagens e esqueci de desligar de novo.

- Bom pra mim, vou ficar agarrado com a minha baixinha a noite inteira. – Abri a porta do apartamento e ela entrou com o celular tocando de novo e dessa vez ela atendeu, colocou no viva voz e o deixou sobre a mesinha de centro se sentando no sofá com uma carinha triste, sua alegria de minutos antes tinha se esvaído.

- Manuela, quem você está achando que é, sua pirralha? – A voz feminina soou belicosa do outro lado da linha.

- O que foi agora, mãe? – Manu respondeu desanimada.

- E você ainda pergunta? Deixou esse celular desligado o dia todo, encerrou a conta no banco e ainda fez a Janaína ser demitida. Você é uma criaturinha muito mal criada e mesquinha!

- Mãe, por favor, chega! – Manu estava segurando o choro.

- Chega não, Manuela. Você está passando dos limites. Não era pra você tocar no dinheiro que aquele velho deixou, não sei porque não o tirei da sua conta antes.

- Não tirou porque não podia, mãe. O dinheiro é meu, meu avô deixou pra mim e não pra você.

- Aquele velho maldito! Se não estivesse morto eu o mataria. A única coisa que ele sempre fez foi mimar você e o Camilo. O coitado do Juliano não ganhou nada daquele velho. Esse dinheiro deveria ser do Juliano, ele é homem, ele sim precisa do dinheiro, você não. Onde já se viu, uma mulher com um dinheiro desses.

- Mãe, chega! O dinheiro é meu. Se o vovô não deixou nada para o Juliano a culpa não é minha. Agora, por favor, me deixa viver a minha vida.

- Sua vida? Você vai largar essa faculdade e voltar pra casa, já estou conversando com o senhor Cândido e vou casar você com o filho mais novo dele.

Eu estava só ouvindo, mas quando aquela mulher disse isso eu me irritei profundamente, mas ela não ia tirar a baixinha de mim, não ia mesmo. Eu não consegui mais ficar calado.

- A senhora está muito enganada se acha que pode obrigar a Manuela a se casar com quem quer que seja. Aliás, a senhora não pode obrigá-la a nada. – Olhei para a Manu que estava pálida, o sangue foi totalmente drenado do seu rosto. Apertei a sua mão tentando lhe transmitir confiança e segurança, mas o aperto que recebi de volta era quase um pedido de socorro.

- Quem está falando? – A mulher perguntou do outro lado da linha.

- Me chamo Flávio Moreno, sou o namorado da Manuela. E também sou delegado de polícia, então nem pense em continuar ameaçando a Manuela, o fato de ser a mãe não lhe dá o direito de abusar dela. – Falei sentindo uma raiva me dominar.

- Agradeço por ter interferido. A Rita extrapola todos os limites, Flávio. Imagino que a Manu já tenha lhe contado.

- Na verdade ela não falou muito, mas depois disso eu já imagino. Senhor, lhe serei franco, a Manu é maior de idade, ela tem total capacidade de gerir a própria vida, mas eu não vou permitir que ela seja tratada dessa forma, nem mesmo pela família.

- Fico feliz em saber que minha filha está com alguém que a proteja, inclusive da própria mãe, que eu sei bem que exagera. Eu sinceramente não compreendo a minha mulher. Você sabe o que teria causado essa confusão hoje?

- Pai... – Manu se manifestou com a voz chorosa.

- Filhinha, não chora! Você sabe que não deve dar ouvidos para os desatinos da sua mãe! – O pai tinha um tom de voz muito amoroso para a filha e isso chegava a ser comovente.

- Pai, eu usei uma parte do dinheiro que o vovô me deixou e comprei um carro.

- Filha, que ótima notícia! Tenho certeza que seu avô ficaria feliz com isso.

- Mas a minha mãe não. Ela ficou sabendo... – Manu contou tudo o que aconteceu para o pai e eu estava ouvindo atentamente, pois também não sabia exatamente o que tinha acontecido e nem que a mãe ameaçou tomar todo o dinheiro dela.

- Filha, você agiu corretamente, eu estou orgulhoso. O Camilo também vai gostar de saber disso. Você está se tornando uma mulher forte e determinada que sabe se cuidar. – Mas quem diabos era Camilo? – Agora me conta sobre o seu namorado. Ele te defendeu e eu já gostei dele. – Sorri sabendo que já tinha conquistado o sogro, mas eu tinha certeza que a sogra já era um problema

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