“Flávio”
Fiquei um tempinho parado na porta da cozinha observando minha baixinha cantar e dançar. Ela estava tão distraída que não reparou que eu estava ali. Eu senti o coração aquecer e bater mais forte, ela era perfeita pra mim.
- Viu o passarinho verde, Baixinha? – Provoquei e ela tomou um susto.
- Grandão, que susto! – Ela colocou a mão no peito, mas logo sorriu. – Eu vi um passarinho, mas ele não era verde.
- Baixinha, você é cheia de graça. – A abracei e a puxei para cima para beijá-la, ela enlaçou as pernas na minha cintura, me surpreendendo mais uma vez. – Isso ainda é efeito do whisky?
- Eu não posso mentir para um delegado, gostaria de dizer que sim e manter minha reputação de boa moça, mas o efeito do whisky já passou. Isso sou só eu ficando mais confiante e tentando deixar a Manu insegura e reprimida pra trás. – Havia uma sinceridade cortante no que ela disse.
- Hum, estou gostando! – Incentivei, porque eu queria muito que essa Manu confiante saísse de vez, ela era deslumbrante, sexy e cheia de surpresinhas que eu estava adorando. – Como você está? Se lembra de alguma coisa do que aconteceu ontem?
- E por que eu não me lembraria?
- Você tomou um copo de whisky. – Ela sorriu.
- Bem, eu estou um pouco dolorida, mas com certeza isso não é efeito do whisky, acho que isso é efeito de um bonitão que me chamou de gostosa, o que eu adorei, e que me fodeu como se fosse me virar do avesso. – Ela colocou a mão na boca e abriu bem os olhos me fazendo rir e depois continuou. – Mas talvez você possa refrescar a minha memória sobre ontem à noite.
- Baixinha, não me provoque se você está dolorida, eu posso não conseguir me controlar e pegar pesado com você.
- Não se controle. Eu gosto de estar dolorida porque você me deixou assim, porque você e só você esteve em todos os lugares do meu corpo e me marcou como sua. E eu adorei você me pegando assim, como você diz, bruto e rústico. – Eu gostei muito de ouvir isso.
- Meu deus, onde você escondeu essa mulher devassa e insaciável por tanto tempo conseguindo ficar virgem até o início dessa semana? – Perguntei me divertindo com o seu comportamento atrevido.
- Ah, ela ficava trancada, estava esperando um delegado lindo, bruto, rústico e gostoso demais aparecer e arrancá-la da cela.
- Está dizendo que é culpa minha por você estar se tornando uma safada gostosa e louca por sexo?
- Totalmente culpa sua.
A beijei encantado com a transformação que eu via se operando nela. Ela estava mais solta, mais atrevida, e eu gostava muito disso. Mas não era só isso, nós nos dávamos bem na cama e fora dela. Manu era uma pessoa tranquila e leve, deixava as coisas fluírem e valorizava cada pequeno instante.
Depois do café tomamos um banho e saímos de casa abraçadinhos. No caminho até o escritório minha baixinha se lembrou de me contar uma novidade.
- Ah, grandão, quase esqueci. – Eu achava divertido o jeito que ela me chamava de grandão.
- Tá. Vamos depois do trabalho. Obrigada!
- Mas, Baixinha, seu carro vai ficar na garagem do meu prédio. Por enquanto eu continuo te levando e te buscando.
- Tudo bem. – Pensei que ela faria um estardalhaço por eu insistir em continuar a levando e buscando, mas ela simplesmente aceitou.
- Simples assim? – Perguntei meio sem acreditar.
- O quê? – Ela me olhou confusa.
- Você não vai questionar ou tentar me convencer de que pode andar sozinha por aí no seu carro?
- Não vou. Eu sei que você está preocupado por causa das ameaças que a Catarina anda sofrendo e sei que você já tem muito estresse no seu trabalho e eu não vou ser mais uma fonte de preocupação para você. Além do mais, eu gosto que você venha me trazer e me busque, assim ficamos um pouco mais juntos e eu gosto disso. – Ela explicou calmamente como se não fosse nada demais, mas ela gostar de ficar mais tempo comigo significava muito e eu adorava isso, eu adorava tudo nela. – Além do mais, eu já aprendi que a gente deve escolher as batalhas que quer lutar e não ficar perdendo tempo com coisas pequenas.
- Porra, mulher! Por que você é tão perfeita? – Falei com uma alegria enorme por ela não ser do tipo que cria caso com tudo e ela deu um sorriso de bochechas coradas.
Nos despedimos na porta da empresa e ela me deu um beijo tão doce que eu me perderia facilmente nesse beijo. Minha vontade era voltar pra casa com ela e nos trancar sozinhos por um mês.
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